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As 7 casas mais bonitas (e sustentáveis!) da CASACOR

Neste Dia Mundial da Arquitetura, celebramos sete casas que, além da beleza estética, também trazem princípios fundamentais ao morar contemporâneo

Por Redação
Atualizado em 4 jul 2021, 22h47 - Publicado em 1 jul 2021, 11h00

Existe muita polêmica em volta do assunto: há quem acredite que o Dia Mundial da Arquitetura aconteça neste 1º de julho, já outros celebram a data na primeira segunda-feira do mês de outubro. Aqui na CASACOR nós decidimos comemorar nas duas. Afinal, não é todo dia que temos a oportunidade de homenagear uma profissão capaz de mudar o futuro das cidades com um morar inteligente, sustentável e, acima de tudo, humano.

Por isso, separamos sete casas inesquecíveis da CASACOR, que marcaram suas respectivas mostras não só pela beleza estética e arquitetônica, mas por princípios essenciais ao morar contemporâneo, como a sustentabilidade e a mobilidade.

Confira a seleção de 7 casas mais bonitas da CASACOR a seguir!

1. Casa Syshaus, Arthur Casas

 

casa syshaus arthur casas casacor sao paulo 2018
(Filippo Bamberghi/CASACOR)

O projeto mais inesquecível da CASACOR São Paulo 2018 é a Casa Syshaus, que apresentou o sistema modular SysHaus desenvolvida pelo escritório de Arthur Casas. A tecnologia tornou possível erguer uma casa de alto padrão em menos de um mês, com resíduos e consumo de água praticamente zero. Cada parte do projeto foi pensada exclusivamente com base em suas necessidades e especificações, de modo extremamente eficiente e funcional, sem entulho e com tempo de execução reduzido.

casa syshaus arthur casas casacor sao paulo 2018
(Filippo Bamberghi/CASACOR)

Com 200 m², a estrutura de pilares, vigas e parafusos de aço dispensa fundação e concretagem. Tudo é encaixado, do piso ao forro. Cerca de 90% dos componentes vêm da fábrica sob medida. Além disso, 100% dos materiais utilizados são recicláveis, e há um telhado verde que contribui naturalmente para o conforto térmico e acústico, dando o máximo respeito à natureza em todos os processos da construção.

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Generosas aberturas permitem que a casa seja atravessada pela ventilação e luz natural, reduzindo o consumo de energia com iluminação e ar condicionado. Os móveis foram projetados em módulos, ou seja, assim como a estrutura da casa, podem ser montados em outra localidade.

O método construtivo também inclui práticas sustentáveis do cotidiano, como o mecanismo de captação e reuso de água da chuva; um sistema de biodigestão, que transforma o lixo orgânico em gás para utilização na lareira e na cozinha, e em adubo para uso no jardim ou horta; e tomadas para veículos elétricos. Quando comercializado, o modelo da Casa Syshaus também pode incluir painéis fotovoltaicos, que, por meio de seu sistema inteligente de monitoramento, usam ao máximo a energia solar.

2. Casa Lite, Duda Porto

 

Casa Lite. Duda Porto - CASACOR São Paulo 2019
(Denilson Machado/CASACOR)

Duda Porto não deixou de mais uma vez surpreender em sua última participação na CASACOR São Paulo. A Casa Lite, com 190 m² de área total, foi executada em apenas 40 dias. Valorizando o essencial, o projeto é autossuficiente, modular e sustentável, de execução limpa e rápida.

Desenvolvido pelo profissional em 2013, o sistema Lite se baseia em uma arquitetura de planejamento e eficiência, em que cada detalhe é pensado para o melhor aproveitamento de material, transporte, integração entre o homem, a arquitetura e o espaço a seu redor. A ideia é buscar um equilíbrio perfeito entre natureza e habitante, usando de tecnologias e linhas essenciais da arquitetura para criar um lar aconchegante e contemporâneo, com o mínimo impacto ambiental.

Casa Lite. Duda Porto - CASACOR São Paulo 2019
(Denilson Machado/CASACOR)

Apresentada como uma representação dessa ideia, a casa Lite traz um sistema modular que a torna nômade, podendo ser desmontada, transportada e remontada em qualquer lugar. “A casa Lite nasceu da busca por menos excesso e mais essência. Acreditamos que a moradia é um ponto de encontro no movimento constante da vida. Um palco para as nossas relações com a natureza e com quem amamos”, afirma Duda.

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O sistema construtivo, baseado em estruturas metálicas, dispensa concretagem, tornando a obra limpa, com baixo consumo de água e redução de resíduos. A casa conta ainda com sistema para captação de água pluvial e painéis solares, que são capazes de suprir boa parte da demanda energética.

Na decoração, Duda optou por revestimentos amadeirados, que aquecem os ambientes. Na área íntima, uma parede de pedra natural aparece em contraste com a madeira. As grandes esquadrias e portas camarão com muxarabi permitem a entrada de luz natural e ventilação cruzada, diminuindo a necessidade de condicionadores de ar.

Em tempo: o projeto de Duda Porto além de conquistar o selo Casa Saudável, pelo Healthy Building Certificate, foi transportado para a região serrana do Rio de Janeiro e se transformou na casa de campo do casal Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank

3. Casa Ônix, Gabriel Bordin

 

casa onix obra do ano gabriel bordin archdaily premiação casacor
(Mariana Boro/CASACOR)

Em sua segunda participação na CASACOR Santa Catarina, Gabriel Bordin criou uma residência de luxo voltada para o descanso. No jardim ao lado da Casa Ônix by Karsten, as árvores de grande porte e folhagens mantiveram-se intactas e abraçaram a instalação horizontal de 75 m². Projetado como um lugar seguro e distante das agitações urbanas, a maior inspiração vem do equilíbrio, força e restauração proporcionados pela pedra ônix, que dá nome ao espaço.

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(Mariana Boro/CASACOR)

Através das aberturas criadas pelos grandes painéis de vidro combinadas às ripas de madeira, o jardim externo e a luz natural adentram o espaço, conectando a área interna com o verde. O conforto minimalista, marca registrada de Gabriel, reforça que a grande protagonista da casa é a natureza.

O ápice do relaxamento fica por conta da banheira com espelho d’água, convidando o visitante a se desligar temporariamente da vida externa e imergir em uma sessão de spa. No fundo, a varanda com jardim vertical exuberante capta o olhar.

Rodeada por um campo energético feito de carvão, o refúgio garante uma limpeza energética, como explica Gabriel: “como a casa tem conceito de transmutação, todos os seus elementos foram pensados a fim desta concepção, assim o carvão também carrega em si uma essência de limpeza energética”.

4. Casa das Sibipirunas, Otto Felix

 

casa das sibipirunas casacor sao paulo 2019
(Denilson Machado/CASACOR)

As vigas metálicas são o ponto de partida e de chegada da Casa das Sibipirunas, assinada por Otto Felix para a CASACOR São Paulo 2019. Elas formam uma estrutura aberta e permeável, fechada em vidro, que conduz a luz natural e desenha os espaços de diferentes formas ao longo do dia. Durante a noite, a iluminação entre os pilares cria uma atmosfera cênica. Um jogo visual delicado que eleva o minimalismo a outra potência.

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Esta releitura de casa do campo, que integra living com lareira, cozinha e uma suíte com closet em 250 m², foi um dos ambientes mais celebrados da mostra paulistana. Já foi citada, por exemplo, em sites como Archdaily e Designboom – para citar apenas alguns.

casacor são paulo; 2019; casa das arvores com terraço
(Denilson Machado/CASACOR)

A casa foi pensada para ser leve e de fácil execução. Vidro no fechamento, gesso e o travertino romano se revezam e reinventam o conceito de casa de campo, com uma visão minimalista. Logo na entrada, o visitante é guiado pela passarela em madeira e um jardim rico em verde, proporcionando uma recepção tropical. O paisagismo é perpetuado pelos interiores graças à arquitetura transparente desenhada por Otto.

Inspirado pelas soluções das décadas de 40 e 50, o profissional trouxe como referência os pisos de cerâmica encontrados em construções antigas da cidade de São Paulo. Ele recriou a paginação com cacos utilizando o mármore travertino romano, proveniente do reaproveitamento de sobras de uma marmoraria.

A mesma pedra é matéria-prima da bancada da cozinha minimalista, vista como uma espécie de ruína que se confunde com uma intervenção artística. Atrás das portas de serralheria, fica uma pequena e funcional cozinha. O banheiro segue o mesmo conceito, com as divisórias facetadas que emergem do chão de modo orgânico, emoldurando o box e a cuba DECA. A mesa de jantar tem desenho original do profissional, executada com pés de latão e tampo de granito no tom café imperial rústico.

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5. Casa Grigio, Cris Passing e Giovane Marangoni

 

Casa Grigio
(Mariana Boro/CASACOR)

A Casa Grigio foi o espaço mais premiado da CASACOR Santa Catarina 2018 – e não à toa. O projeto, assinado pela arquiteta Cris Passing e Giovane Marangoni, trouxe para a mostra o que há de mais sofisticado em termos de técnicas construtivas. A profissional usou o wood frame canadense para que toda a casa pudesse ser erguida em apenas 40 dias e praticamente sem resíduos.

Como um “papel em branco” em um terreno livre e fácil de explorar, a casa mescla a estrutura arquitetônica ao projeto paisagístico, fazendo com que eles não só se complementem, mas também sirvam ao mesmo propósito. Os grandes fechamentos em vidro valorizam a luz natural e a vista do terreno logo à frente. Do conceito limpo, ambientes integrados e inspiração no design italiano em tons de cinza, surgiu o nome Casa Grigio – um projeto atemporal e elegante.

casa grigio cris passing casacor santa catarina
(Lio Simas/CASACOR)

O sistema sustentável de construção em wood frame permitiu que a casa fosse finalizada em tempo recorde, mas não só isso – ele também facilita sua realocação para outro lugarCom o término da mostra, a Casa Grigio foi encontrar seu novo lar no município de Rancho Queimado, a pouco menos de 70 km de Florianópolis. Ali, o projeto serve como a casa de campo de Cris Passing, em um terreno cheio de verde e com uma linda vista para as paisagens do interior.

 

Dar uma nova vida e um propósito funcional ao projeto faz parte do ideário sustentável que guiou a construção. Toda a madeira utilizada é proveniente de reflorestamento e o mobiliário foi selecionado de acordo com as certificações de sustentabilidade. O percurso ecológico se completa com o reaproveitamento do ambiente inteiro.

6. Casa Contêiner, Marília Pellegrini

 

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(Romulo Fialdini/CASACOR)

A Casa Contêiner Cosentino foi um dos maiores destaques da CASACOR São Paulo 2019. O projeto ressalta a verdade dos materiais e dos acabamentos excelentes que, sem excessos, trazem um ar acolhedor ao lar minimalista. Na construção, dois contêineres foram acoplados para formar a casa de 60 m². Ela conta com living, cozinha e lavanderia integrados, assim como um quarto com banheiro confortável. A escolha inusitada da estrutura teve a premissa de sustentabilidade: promove uma construção limpa, rápida, seca e com 100% reaproveitamento. Além disso, traz mobilidade e agilidade pois pode ser transportada sem grandes dificuldades.

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(Romulo Fialdini/CASACOR)

Os brises ao redor da caixa controlam a luminosidade, sem interromper a visão da paisagem nos espaços internos. O pátio complementa a área útil, acrescentando mais 40 m² ao projeto e aproximando arquitetura e natureza.

Quarto, estar e sala de banho se interligam de maneira orgânica pelo corredor. A faixa iluminada contínua colabora para conectar os espaços. Ao mesmo tempo, as texturas naturais da madeira clara e dos tecidos deixam o ambiente de descanso acolhedor – a delicadeza surpreende quando se está em um contêiner.

Na construção, o domínio é do branco. Ele se impõe de forma calma e impactante, expondo os poucos e bons elementos que pontuam com sutileza. Peças de designers como Oki Sato trazem sofisticação para o espaço, que tem como revestimento a superfície ultracompacta Dekton. O material tem a aparência nobre dos mármores, possui tecnologia que facilita a limpeza e pode ser aplicado tanto em áreas internas quanto externas.

7. Casa Up, UP3 Arquitetura

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(André Nazareth/CASACOR)

Um dos projetos mais memoráveis da CASACOR Rio de Janeiro 2021, a Casa Up por Metalmarco é uma construção contemporânea elaborada em uma estrutura metálica feita exclusivamente para a mostra. A casa quase não interfere na paisagem dos 12 mil m² de Mata Atlântica – na verdade, é do jardim que ela tira sua força. O projeto, assinado pelo trio Michelle Wilkinson, Thiago Morsh e Cadé Marino, articula o jeito de morar escandinavo com a bossa típica carioca.

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(André Nazareth/CASACOR)

Sustentável, a residência foi construída à seco, com poucos resíduos e tempo de obra reduzido. Na decoração, pedra, argila, madeira e algodão são usados na composição dos espaços abertos e multifuncionais, proporcionando a reconexão com a natureza através das grandes aberturas em vidro – aspecto que também é ainda mais reforçado pela paleta em tons terrosos e verde-mata. Do lado de fora, o destaque é dos cobogós, que dividem as áreas interna e externa, além de permear a luminosidade.

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