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Arquiteto japonês Arata Isozaki é o vencedor do Pritzker 2019

O júri do prêmio disse que Isozaki foi reconhecido internacionalmente com a maior honra da arquitetura devido à sua abordagem original e visionária

Por Fernanda Drumond
Atualizado em 17 fev 2020, 16h40 - Publicado em 6 mar 2019, 15h23
(Reprodução/CASACOR)

O arquiteto japonês Arata Isozaki é o vencedor do Prêmio Pritzker 2019, o “Nobel da Arquitetura”, anunciado ontem, terça-feira (05/03). O júri do prêmio disse que Isozaki, de 87 anos, foi reconhecido internacionalmente com a maior honra da arquitetura devido a sua abordagem original e visionária. “Possuindo um conhecimento profundo da história e da teoria da arquitetura, e abraçando a vanguarda, ele nunca simplesmente reproduziu o status quo”, foi a declaração do corpo de jurados.

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O lobby do Allianz Tower, Milão, Itália (Divulgação/CASACOR)

A carreira do arquiteto abrange mais de seis décadas e mais de 100 edifícios concluídos pela Ásia, Europa, América do Norte, Oriente Médio e Austrália. Seus principais trabalhos incluem o Ceramic Park Mino e o Art Tower Mito no Japão, o Pala Alpitour e o Allianz Tower na Itália, o Centro de Convenções Nacional do Qatar e o Shanghai Symphony Hall, na China.

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O Museu Domus, La Coruna, Galicia (Divulgação/CASACOR)

Entre seus projetos mais conhecidos está o ginásio esportivo Palau Sant Jordi, em Barcelona, na Espanha, que foi idealizado para os Jogos Olímpicos de 1992. O teto abobadado da arena para 17.000 pessoas faz referência às técnicas catalãs de construção de abóbadas, enquanto a sua forma inclinada foi inspirada nos templos budistas. Materiais locais, incluindo tijolos, azulejos, zinco e travertino, foram usados como acabamentos.

O Nara Centennial Hall foi concluído em 1999 como parte das celebrações do centenário da cidade de Nara. (Divulgação/CASACOR)

O Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, a primeira construção internacional do arquiteto, atraiu elogios específicos dos organizadores do Prêmio Pritzker. O prédio vermelho de arenito indiano segue a noção de escala de Isozaki através de uma montagem de volumes, ao mesmo tempo em que inclui a proporção áurea e a teoria yin yang, evocando a natureza complementar das relações ocidentais e orientais. Os primeiros sucessos arquitetônicos de Isozaki ocorreram na era seguinte à ocupação aliada do Japão, quando o país tentou se reconstruir das ruínas da Segunda Guerra Mundial.

O Ceramic Park Mino, projetado por Isozaki, um museu de cerâmica em Gifu, Japão. (Divulgação/CASACOR)

O Prêmio Pritzker 2019 consolida a Ásia na arquitetura internacional. Embora o Pritzker Prize tenha sido tradicionalmente visto como centrado no Ocidente, Isozaki é o sétimo arquiteto asiático a receber o prêmio nos últimos 10 anos. O Japão já produziu oito laureados, incluindo os recentes vencedores Tadao Ando e Shigeru Ban. A conquista de Isozaki coloca o Japão ao lado dos Estados Unidos, que – ao incluir o norte-americano canadense Frank Gehry – também produziu oito ganhadores do Pritzker.

Ginásio Esportivo Palau Sant Jordi, em Barcelona, na Espanha. (Reprodução/CASACOR)
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