Continua após publicidade

Telhados verdes: a aposta de São Paulo para combater a poluição

Em meio à selva de pedra, instituições se preocupam em garantir um ar mais limpo para a maior capital brasileira

Por Evelyn Nogueira
Atualizado em 17 fev 2020, 16h49 - Publicado em 16 out 2018, 16h13
(Divulgação/CASACOR)

Na primeira semana de maio deste ano, a Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou dados sobre a poluição do Brasil. Coletados em 2016, eles apontam que cerca de 51.000 pessoas faleceram devido à exposição de materiais particulados, causados pela queima de combustíveis fósseis e atividades industriais. Somente em São Paulo, os índices de poluição são duas vezes superiores ao estabelecido pela OMS, para considerar a qualidade do ar aceitável.

Uma forma de reverter esse cenário é a construção de um telhado verde. Eles diminuem a poluição, ajudando a qualidade do ar das cidades, através da vegetação, que absorve as substâncias tóxicas e libera oxigênio na atmosfera. Além disso, os tetos verdes também ajudam a combater o efeito de ilhas de calor, melhoram os isolamentos térmico e acústico da edificação, ajudam na retenção de água das chuvas, reduzem o consumo de energia e embelezam as edificações.

Assim, cada vez mais, essas coberturas verdes têm surgido na cidade de São Paulo. Abaixo, selecionamos uma lista com alguns deles, abertas para o público conhecer e contribuir com uma vida mais eco friendly.

Colégio Renascença

Telhado verde do Colégio (Divulgação/CASACOR)

Localizado na Barra Funda, o Colégio Renascença promete mudar a relação dos alunos com o meio ambiente: em um mês, deixaram de enviar 6,1 kg de CO2 à atmosfera, a partir de um programa multidisciplinar que inclue a permacultura e a produção de biocombustíveis. O programa Rena Sustentável começou com um minhocário, para realizar compostagem de restos de alimentos, e implantou um teto verde produtivo.

Em um setor do 3º andar da rede, o teto verde ganhou vida de acordo com os princípios de permacultura. Contando com a ajuda de alunos do ensino fundamental ao ensino médio, cada segmento efetuará plantios e acompanhará um determinado grupo de plantar. Temperos, plantas medicinais e plantas alimentícias não-convencionais, as PANCS, estão na cobertura. Os alunos mais velhos serão responsáveis pelos trabalhos com grupos em estufa e plantas bioindicadoras, que ajudam a estudar o impacto da poluição.

Shopping Eldorado

(Divulgação/CASACOR)

Presente no shopping desde 2012, a cobertura verde tem uma área de 8 mil m² e é conhecida pelo maior centro de compostagem em Shopping Center no país. Diariamente, de 3 a 4 toneladas de resíduos orgânicos são reaproveitados pelo centro. Até o dia 21 de outubro, o projeto “Descendo o Telhado Verde” promove uma aproximação do público com o espaço, trazendo dados sobre o local, a fim de despertar a consciência do público.

Continua após a publicidade

A aproximação acontece nos três andares do Eldorado: na entrada, um lounge sensorial mostra os plantios legítimos do telhado e permite que as pessoas conheçam as plantas desenvolvidas no espaço; no 2º, totens informativos sobre o processo de compostagem estão expostos, indicando detalhes sobre o processo de montagem da composteira, tipos de alimentos indicados para despejar nela e como utilizar o chorume; por fim, no 3º piso, painéis com amostras de sementes plantadas no Telhado Verde permitem que as pessoas as conheçam e levem o composto orgânico gerado no local para suas casas.

Sesc Avenida Paulista

(Brenda Amaral/CASACOR)

A horta comunitária, reinaugurada no último mês, funciona também como um telhado verde. No 17º andar do prédio, a opção de ter uma horta no terraço está em sintonia com a ideia de ampliar e compartilhar áreas verdes e espaços de descompressão em grandes centro urbanos. Entre as mudas estão temperos, chás, legumes, verduras e artes frutíferas – estas que ainda não foram plantadas, mas podem ser no futuro. Confira a matéria completa aqui.

Publicidade