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Mapas expostos em Veneza serão leiloados e revertidos em apoio à organizações sociais

A venda online das obras de arte prevê arrecadar cerca de 60 mil dólares, que serão direcionados para organizações engajadas na proteção das populações mais vulneráveis durante a pandemia

Por Giovanna Jarandilha
Atualizado em 17 ago 2020, 15h04 - Publicado em 17 ago 2020, 14h51
(Divulgação/CASACOR)

Uma ação de venda online de obras de arte irá reverter o lucro de 10 mapas do Brasil, expostos durante a Bienal de Veneza, em apoio à organizações que agem para minimizar os efeitos da crise desenrolada com a pandemia, e também à ação Amazônia Sempre, que fornece suporte às populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas. A venda é ideia da Amanhã (de)Novo, uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que tem como objetivo refletir sobre o futuro coletivo e, assim, ajudar aqueles mais afetados pelo vírus.

A previsão é que se arrecade cerca de 60 mil dólares, 6 mil dólares por obra. Estas revelam as divisões visíveis e invisíveis que definem a identidade do país, discutindo temas como a fronteira em relação à demarcação das terras indígenas, o efeito da urbanização no meio ambiente, o impacto da movimentação de commodities na conformação do território brasileiro, entre outros. As vendas ocorrem por meio do site do Amanhã (de)Novo até o dia 1º de setembro.

(Divulgação/CASACOR)

“Apesar de todo o reconhecimento internacional que esses mapas tiveram em disseminar informações sobre o Brasil, eles nunca foram tão relevantes como agora. Essa é uma oportunidade de transferir todo o investimento intelectual de mais de 200 pessoas em apoio imediato para salvar vidas de brasileiros”, conta Gabriel Kozlowski, idealizador do projeto, arquiteto e professor no MIT, em Boston. As artes já foram exibidas na Bienal Internacional de Arquitetura em Veneza, em 2018, e na Americas Society, em Nova York, em 2019.

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Lançado em junho, o Amanhã (de)Novo convida todos a refletir sobre uma inquietação simples, porém crucial: “o que será diferente amanhã?”. As respostas estão sendo coletadas no site oficial da organização e serão transformadas em um livro, com lançamento previsto para o próximo ano. A ação já conta com 130 reflexões de diversos brasileiros renomados, entre eles Fernando Henrique Cardoso, Isaac Karabtchevsky, Zuenir Ventura, Rosiska Darcy de Oliveira, Anna Maria Moog Rodrigues, Carlos Saldanha, Dado Villa-Lobos, e muitos outros.

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