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Obras de Di Cavalcanti são interpretadas pela by Kamy em arazzos únicos

Tecidas totalmente à mão, as peças são ricas em detalhes, criando até mesmo um efeito do degradê presente nas telas do artista

Por Redação
8 Maio 2023, 16h00

Para ampliar ainda mais o legado de um dos maiores artistas brasileiros, Emiliano Di Cavalcanti, a by Kamy vem transformando em arazzos algumas das principais obras do mestre, transcendendo o campo das artes plásticas em uma coleção de tapeçarias nobres para uso somente em paredes.

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Iniciada em 2018, a coleção formada por peças únicas vem ganhando novos horizontes nos últimos anos, a exemplo do novíssimo arazzo “Gente do Morro”, apresentado pela marca em primeira mão no Salão do Móvel de Milão 2023.

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Di Cavalcanti: “Mulheres à beira-rio
Arazzo Di Cavalcanti: “Mulheres à beira-rio”/ (Divulgação/CASACOR)

Tecidas totalmente à mão em uma produção que pode levar até cinco meses, os arazzos zelam pela riqueza dos detalhes, de forma a não se distanciar ou descaracterizar o conceito estabelecido pelos quadros originais.

Para criar o efeito do degradê da aquarela presente nas telas, por exemplo, é necessário um processo minucioso, posicionando fio a fio em diferentes pontos, transitando entre os tons e criando relevo na peça.

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ARAZZO DI CAVALCANTI
ARAZZO DI CAVALCANTI “MULATA E CASARIO” / (Divulgação/CASACOR)

Sobre Di Cavalcanti

 

Nascido no Rio de Janeiro e criado no subúrbio de São Cristóvão, o artista, ilustrador e desenhista Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) viveu de maneira intensa, em uma incansável busca pela valorização da brasilidade.

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Idealizador da Semana de Arte Moderna de 1922, ao lado de ilustres companheiros modernistas como Mario de Andrade, Anita Malfatti, Heitor Villa-Lobos, entre outros, apontou para o rompimento com os dogmas academicistas impostos pela elite da época e pautou uma identidade artística genuinamente brasileira.

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O vínculo do artista com a cultura nacional, no entanto, foi além: o povo e as pautas sociais ganharam protagonismo em suas obras, fazendo dele não somente um grande artista brasileiro, mas talvez o mais brasileiro dos artistas ao retratar, tão bem, cenas do cotidiano e da cultura de um Brasil do samba, da ginga e da periferia.

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