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Exposição na DW! reúne 20 artistas para recriar tradicional rede indígena

Com curadoria de Lilian Pacce, a mostra Brasil Tupi conta a origem e a evolução da rede de dormir na Design Weekend

Por Giovanna Jarandilha
Atualizado em 17 fev 2020, 16h33 - Publicado em 9 ago 2019, 23h38
Rede de João Pimenta (Divulgação/CASACOR)

Comum em residências litorâneas, a rede de dormir é produto da cultura indígena que foi incorporado como peça de design. Sua popularidade se deve à técnica manual que a concebe, em trabalho artesanal laborioso, ainda que simples. O design inteligente conquista protagonismo na exposição Brasil Tupi, que recebe curadoria da jornalista Lilian Pacce, e tomará conta da Design Weekend em São Paulo, entre os dias 18 e 25 de agosto.

O projeto pretende recontar a origem e a evolução da rede de dormir. Para isso, foram convidados 21 artistas e designers, que irão apresentar uma releitura original da peça que remonta às gerações que nos precedem. O grupo será composto pelos artistas Alê Jordão e David Lee; os estilistas Dudu Bertholini, João Pimenta e Patricia Bonaldi; o cantor Falcão; a chef Morena Leite; os arquitetos Sig Bergamin e Ugo di Pace; o florista e decorador Vic Meirelles; o cabelereiro Wanderley Nunes; a atriz Gloria Pires e os designers Henrique Steyer, Ines Schertel, Jader Almeida, Léo Capote, Paulo Alves, Ronald Sasson, Sergio Matos, Fernando Motta e o Estúdio Mula Preta.

Do cipó, passando pelo algodão, e finalmente chegando ao nylon, a peça nunca foi tão atual, como observa Pacce. “O tempo passou, mas a rede é parte do mobiliário de muitas casas no nordeste. E até no sul do país. Há quem ainda prefira dormir nela ao invés de se deitar na cama”. Os artistas encontram o desafio de homenagear as evoluções da peça, respeitando sua tradição, mas conferindo-lhe uma nova roupagem – é este, afinal, o objetivo da exposição.

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Produzidas no município de Mucambo, no Ceará, as redes que integram a mostra provêm das mãos de artesãos da Associação Carqueijo Artesanato. Crochê, ponto cruz e bordado a mão são algumas das técnicas aplicadas por eles na produção das peças.

A DW! acontece até 25 de agosto. As peças estarão expostas na Florense, Interbagno, Saccaro, Studio 689 – Ugo di Pacce, Tidelli e USE Gallery – Wanderley Nunes, todos localizados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Depois disso, seguirão para Milão, em abril de 2020, para o Salão do Móvel.

 

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