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Retrospectiva de Ernesto Neto é a grande atração da Pinacoteca

Com cerca de 60 obras, a exposição “Ernesto Neto: Sopro” promete arrebatar os visitantes

Por Cristina Bava
Atualizado em 17 fev 2020, 16h39 - Publicado em 1 abr 2019, 11h30
(Divulgação/CASACOR)

A retrospectiva do artista-plástico carioca Ernesto Neto domina a Pinacoteca de São Paulo. Uma árvore majestosa de crochê reina no Octógono e outras obras diversas – criadas a partir do diálogo com o grupo indígena Huni Kuin, do Acre – ocupam mais sete salas do 1º andar e ainda outros espaços da Pina Luz.

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Com curadoria de Jochen Volz e Valéria Piccoli a instituição aproxima os paulistanos de um dos nomes mais proeminentes da escultura contemporânea brasileira. O conjunto de instalações exibidas não deve apenas ser admirado, o artista propõe uma imersão de corpo inteiro nas variadas tramas de crochê feitas com malha de algodão, que envolvem ora pedras ametistas ora outros materiais. Segundo Neto: “qualquer peça é uma obra de arte e todos somos artistas.”

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(Divulgação/CASACOR)

Foi a partir dos anos 1980, no inicio sua carreira, que o artista vem produzindo obras que discutem as relações entre o espaço expositivo e as diversas dimensões do espectador. Desde as suas esculturas iniciais, instalações de grandes dimensões elaboradas com malha de poliamida, esferas de isopor e especiarias, o artista propunha ao visitante um espaço de convívio, pausa e tomada de consciência.

(Divulgação/CASACOR)

Hoje, da mesma forma, Neto vai um pouco além, suas composições feitas com tramas de algodão continuam a ser lúdicas, mas agora acolhem também ações rituais com o objetivo de trazer ao público uma de suas questões centrais: a necessidade da presença do corpo como elemento indissociável da mente e da espiritualidade.

E para isso, a Pinacoteca promove uma série de atividades interativas concebidas pelo artista em conjunto com o grupo indígena Huni Kuin.

(Divulgação/CASACOR)

Segundo Ernesto Neto, é preciso entender o planeta como organismo interdependente, que tem sua fonte de conhecimento nos povos da floresta. “A convivência com os Huni Kuin me trouxe um entendimento profundo da espiritualidade, desta força de continuidade do ‘corpo-eu’ e do ‘corpo-ambiente’. Há muito para descobrir enquanto humanidade: quem somos? Onde estamos? Para onde vamos?”, pergunta o artista.

Serviço “Ernesto Neto: Sopro”

Onde?

Pinacoteca – Praça da Luz, 2

Quando?

Até 15 de julho

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Quanto?

Entrada inteira: R$10

Meia-entrada: R

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