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Instalação de Janet Echelman celebra os 400 anos de Madrid

A obra, composta por uma trama de fibras coloridas, representa a relação das pessoas com o tempo

Por Ana Carolina Harada
20 fev 2018, 19h37
(Reprodução João Ferrand/CASACOR)

A Plaza Mayor é o centro da parte velha de Madrid, na Espanha. Construída há 400 anos, ainda nos primórdios da cidade, nela estão importantes pontos históricos da cidade, como a Casa de la Panadería (erguida por volta de 1590), o Arco de Cuchilleros e a estátua de Felipe III, concebida por Giambologna e posicionada no espaço na metade do século XIX. Para comemorar aniversário de Madrid, a Plaza recebeu, até o dia 19 de fevereiro, uma instalação da artista-americana Janet Echelman.

(Reprodução João Ferrand/CASACOR)

A obra, chamada 1.78 Madrid, é feita com fibras coloridas, entrelaçadas para formar uma escultura, tridimensional mas leve o suficiente para oscilar com o vento. Durante a noite, luzes projetadas intensificam ainda mais os tons.

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(Reprodução João Ferrand/CASACOR)

O objetivo de Echelman é levantar questionamentos acerca da passagem e dos ciclos do tempo: o número “1.78” se refere ao intervalo de microssegundos que a duração do dia encurtou quando um forte terremoto atingiu o Japão em 2011. A mudança que um único evento sísmico causou mostra o quão complexa e delicada é a relação humana com o tempo, muito similar às tramas que compõe a escultura.

(Reprodução João Ferrand)

Quando montada na Plaza Mayor, a obra representa uma mudança ainda mais significativa, Segundo Echelman. “Nos últimos quatrocentos anos, as pessoas se reuniam na Plaza Mayor para testemunhar touradas e a inquisição espanhola. Hoje nós nos reunimos com arte que explora nosso conceito de tempo, para discutir ideias. Essa é uma trajetória esperançosa para a humanidade.”

(Reprodução João Ferrand/CASACOR)

 

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