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O ativismo feminista de Judy Chicago chega à Miami Art Basel 2018

As obras pirotécnicas e iluminadas de Judy são tema de exposição no ICA, revelando toda sua luta e quebra de esteriótipos e diferenças de gênero

Por Alex Alcantara
Atualizado em 17 fev 2020, 16h45 - Publicado em 22 nov 2018, 17h11
Judy Chicago, Smoke Bodies, 1972. (Judy Chicago/CASACOR)

Nos anos 1960, a narrativa da paisagem e da land art tinha sido dominada pelos homens. Judy Chicago, que neste momento, chamava-se Judy Gerowitz, teve o desejo de inserir uma perspectiva feminina no conceito e criou a série “Atmospheres”, suavizando e feminizando este ambiente.

Judy Chicago, Women and Smoke, California, 1971-72 (film still). (Judy Chicago/CASACOR)

A partir disso, a artista levantou a bandeira feminista e se declarou ativista com uma fala, que mudou para sempre o seu nome. “Judy Gerowitz aqui despoja-se de todos os nomes impostos sobre ela através da dominância social masculina e escolhe seu próprio nome, Judy Chicago”, feita para a Artforum, em outubro de 1970.

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Judy Chicago (Reprodução/CASACOR)

Na época, havia poucas regulamentações governamentais, então Chicago reunia suas amigas e íam para as paisagens naturais desérticas. Todas participavam com foguetes de luz e fumaça colorida, tiravam fotos nuas e levavam comida, já que costumavam ser longos dias. Judy realizou sua arte com fogos de artifício entre 1968 e 1974, onde as peças tornavam-se cada vez em maiores escala. 

A Butterfly for Brooklyn, 2014. (Judy Chicago/CASACOR)

Em 2012, a artista retoma o seu trabalho com o Getty Performance Festival, criando novas obras. As fotografias que documentam todas as peças de Judy estarão expostas no The Institute of Contemporary Art, em Miami, em uma exposição intitulada Judy Chicago: A Reckoning.

Immolation, California, 1972. (Judy Chicago)

Chicago explora narrativas importantes de história, forma e trabalho. A artista usa tanto a iconografia quanto os métodos de trabalho para problematizar os papéis de gênero, o domínio artístico e as habilidades tradicionalmente consideradas “femininas”, como bordados, além de habilidades estereotipadas “masculinas”, como pintura corporal e pirotecnia.

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No vídeo acima, está a Sublime Environments, uma instalação de arte pública realizada por Judy Chicago para a Pacific Standard Time. Ela foi criada em 1968 consistindo 25 toneladas de gelo seco em formações piramidais, envolvendo o ambiente com neblina e iluminado com sinalizadores de fumaça.

Serviço Judy Chicago: A Reckoning

Quando?

De 4 de dezembro de 2018 a 21 de abril de 2019

Onde?

ICA – 61 NE 41st Street – Miami, FL 33137

Quanto?

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