Continua após publicidade

Mostra no CCBB RJ traz piscina que não molha e fantasmas na sala de aula

“A tensão” de Leandro Erlich fica em cartaz até 7 de março; a exposição chega ao Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo em 13 de abril

Por Nádia Sayuri Kaku
Atualizado em 21 abr 2022, 17h34 - Publicado em 10 jan 2022, 15h00
A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba.
A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/CASACOR)

Exposição que agora está no CCBB São Paulo, a mostra “A tensão” do argentino Leandro Erlich iniciou sua temporada no Brasil no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro . São obras de obras de grandes proporções, como barco e elevador flutuantes, janelas para jardins imaginários e até uma piscina em que o visitante pode ficar submerso sem medo de se afogar – características do trabalho provocador do artista, que ganha cada vez mais destaque no cenário da arte contemporânea.

O nome “A tensão” é sonoramente ambíguo: quem não lê pode ouvir “atenção” e traduz um dos sentimentos que Leandro propõe ao retratar espaços que estamos acostumados a ver no dia a dia, mas deslocados da condição de normalidade. “A obra de Leandro Erlich é estruturada no mecanismo da dúvida. O que nossos olhos veem está em desacordo com o que nossa mente conhece”, sintetiza o curador Marcello Dantas.

Piscina que não molha

 

A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba.
A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/CASACOR)

Sucesso por diversas cidades que já foi exposta, a obra “Swimming Pool” (piscina, em português) ganha espaço na rotunda do CCBB Rio de Janeiro e promete provocar diversas sensações tanto para quem entra nela – sem se molhar – quanto para quem está do lado de fora: uma camada de água entre um lado e outro cria a ilusão de que as pessoas ao fundo estão de fato mergulhadas numa piscina.

Continua após a publicidade
"Classroom": versão produzida para o museu argentino Malba.
“Classroom”: versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/CASACOR)

Outra obra desconcertante é “Classroom”: nela, quando o público adentra a sala, sua imagem é refletida num vidro, como se ele fizesse parte de uma cena diferente. Os visitantes ficam parecidos com fantasmas, como se estivessem numa sala de aula abandonada – as memórias de infância se projetam para um cenário de crise e de abandono.

"Classroom": versão produzida para o museu argentino Malba.
“Classroom”: versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/CASACOR)

A ideia de recorte visual sugerida pelas janelas aparece no trabalho “Blind Window”: paisagens fixas, situações imaginárias e inusitadas aparecem em objetos arquitetônicos ou decorativos, como uma janela ou um falso espelho num elevador.

Obra
Obra “Hair Salon”. (Guyot/Ortiz/CASACOR)

Serviço – Exposição: “A tensão”

Quando: de 5 de janeiro a 7 de março. De segunda a quarta (exceto terça-feira), das 9h às 20h

Onde: Circuito Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro/

A entrada do público é permitida apenas com apresentação do comprovante de vacinação contra a COVID-19. O uso de máscara é obrigatório. O acesso ao prédio é livre, mas os ingressos para os eventos devem ser retirados na bilheteria ou previamente pelo site ou aplicativo Eventim. “A tensão” chega ao CCBB São Paulo em 13 de abril.

Continua após a publicidade
Publicidade