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Regeneração do bairro Giambellino é o maior projeto urbano do sul de Milão

À frente do projeto, a ALER pretende fazer a reabilitação do bairro com pontos sociais e áreas verdes para lazer dos moradores e visitantes

Por Yeska Coelho
10 ago 2021, 16h00
Projeto de reabilitação do bairro Giambellino-Lorenteggio
(Divulgação/CASACOR)

No primeiro semestre de 2021, a cidade de Milão ganhou um presente e também um desafio: a aprovação do plano de regeneração do bairro Giambellino-Lorenteggio. O projeto, que foi lançado em abril deste ano, é fruto da união entre Milão e a ALER (Azienda Lombarda di Edilizia Residenziale).

O projeto prevê a demolição e reconstrução de cinco dos 31 blocos habitacionais do bairro com o objetivo de criar espaços urbanos mais verdes. A expectativa é de fazer a plantação de árvores, criar novas calçadas com canteiros de flores e muitas áreas verdes, além de uma ciclovia que se conecta à San Cristoforo e outras vias importantes.

Projeto de reabilitação do bairro Giambellino-Lorenteggio
(Divulgação/CASACOR)

Diante da reabilitação, a ideia é criar áreas sociais para o bairro e fomentar a cultura na região. A Biblioteca Nova Lorenteggio, resultado de um concurso internacional vencido por Grau Magaña Urtzi irá dispor de espaços para leitura e estudo, exposições e espaços para palestras.

Outra obra importante que irá acontecer na região é um parque cultural no bairro Giambellino-Lorenteggio que será construído em uma área abandonada de 127.000 m².

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“O objetivo é criar opções de lazer no entorno por meio de novos pontos de atração como a biblioteca, o mercado, os negócios emergentes e as ciclovias, para garantir que Giambellino deixe para trás sua função original de bairro doméstico”, explica Pierfrancesco Maran, Vice-Prefeito de Urbanismo da Cidade de Milão.

Projeto de reabilitação do bairro Giambellino-Lorenteggio
(Divulgação/CASACOR)

Apesar da proposta ser inspiradora, o plano apresentado pela prefeitura não coincide com o plano diretor. O bairro Giambellino é considerado como periférico, cujo tecido social é marcado por 4.285 habitantes, onde 40,3% desse número são estrangeiros, 23,3% tem mais de 65 anos e 70% possuem renda Isee-Erp inferior a 14 mil euros.

O resultado foi uma certa desconfiança por parte dos moradores que se sentiram inseguros em relação a decisão de demolir os cinco edifícios (entre as vias Lorenteggio, Giambellino, Odazio e Inganni) ao invés de reconstruir todos eles, pelo menos parcialmente.

O momento agora está sendo de bastante experimento e discussão com a comunidade para entender quais mudanças podem ser aplicadas à reabilitação para não gerar descontentamento da população local.

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