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Profissão de designer de interiores é regulamentada pela Lei

No dia 13 de dezembro, foi sancionada a lei que regulariza e reconhece a profissão de Designer de Interiores

Por Alex Alcantara, Jéssica Michellin
Atualizado em 29 mar 2017, 18h18 - Publicado em 14 dez 2016, 17h09

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O dia 13 de dezembro foi uma vitória para os profissionais que exercem a função de Designer de Interiores. O Executivo Nacional e o Presidente Michel Temer sancionou ontem a Lei nº 13.369/2016 que reconhece e garante o exercício da profissão de Designer de Interiores. A medida já havia sido aprovada pelo Senado no dia 17 de novembro, o PLC 97/2015, que deu origem à nova lei. E aí vem a pergunta: e o que isso muda?

Isso assegura o exercício da profissão aportadores de diploma de curso superior nas áreas de Design de Interiores, Composição de Interior, Design de Ambientes na especialidadede Interiores, e em Arquitetura e Urbanismo. Os profissionais, finalmente, poderão assinar seus projetos!

O arquiteto e urbanista, coordenador dos cursos de Design e Professor dos cursos de graduação e pós-graduação do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Fernando Laterza, comemora a regulamentação, justamente por ela estabelecer vínculos jurídicos entre os profissionais e a sociedade. “Esta vinculação dá consistência ao conjunto jurídico das relações entre os diversos atores da sociedade, e isso tende a se refletir em melhores práticas, daí surge a importância da regulamentação”, explica o professor.

A lei confere competência para elaborar e executar obras nos espaços “internos e externos contíguos aos interiores”, abrangendo todo o escopo de trabalho do profissional: pisos, revestimentos, forros, luminotécnica, mobiliário fixo e etc.

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Além disso, é claro, o profissional de design de interiores passa a ser ainda mais valorizado, atuando com mais responsabilidade, dignidade e compromisso, buscando sempre o melhor para seus clientes e realizando sonhos em realidade!

“Agora é lei: somos capacitados para organizar o uso do espaço interno e a nossa qualificação vai além do aspecto estético da atividade, agregando também amplo conhecimento em desenho técnico, teorias, normas técnicas, ergonomia, iluminação, acústica, conforto térmico, segurança, acessibilidade, dentre outros”, comemora Noura van Dijk, Presidente da ABD.

Reconhecimento Internacional

Não e de hoje que o design brasileiro é admirado e reconhecido no exterior. Nomes como Lina Bo Bardi, Jader Almeida e Irmãos Campana trouxeram visibilidade e abriram caminho para os designers em formação ou recém graduados. Prova disso foi a escolha da luminária da estudante brasileira de design de interiores, Nathalia Nova, para exposição no Salão Internacional do Móvel de Milão, um dos eventos mais reconhecidos da área. O concurso foi promovido pela Universidade Belas Artes em parceria com a Marva Griffin, fundadora e curadora do renomado Salão Satélite de Milão, área especializada em criações de designers com menos de 35 anos, do evento.

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(Divulgação)

A estudante desenhou uma luminária que remete à mamona, planta cultivada nas áreas tropicais e subtropicais do Brasil.  “A minha luminária traz o conceito da brasilidade, no qual a forma remete à uma mamona, que faz relação com o povo Brasileiro. A planta se adapta a qualquer tipo de solo, como o brasileiro, que se ajusta a qualquer situação”, explica a estudante.

Neste sentido, os profissionais veem a regulamentação não só como uma maneira de garantir os direitos da profissão previstos na lei, mas incentivar a formação de futuros designers de interiores.

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