Continua após publicidade

CASACOR RJ 30 anos depois: confira depoimentos de profissionais

Chicô Gouvêa, Lia Siqueira, Luiz Fernando Grabowsky e Patricia Marinho compartilham histórias, memórias e aprendizados

Por Redação
Atualizado em 13 jan 2021, 12h45 - Publicado em 29 dez 2020, 10h00
Restaurante com estantes nas paredes. Mesas e arranjos de flores
(Arquivo pessoal do arquiteto/CASACOR)

Quem esteve na primeira edição da CASACOR Rio de Janeiro, em 1991, lembra bem. O restaurante da casa se tornou um dos points mais badalados do período, sempre com filas enormes na porta. O arquiteto responsável pelo espaço era, então, o mais novo do evento: Luiz Fernando Grabowsky, hoje um veterano conceituadíssimo no mercado. E um parceiro sempre presente nas mostras. A próxima será sua 22ª. participação.

“Já havia a CASACOR em São Paulo, mas aquela foi a primeira grande exposição no Rio. E foi uma delícia de fazer, todos superempolgados com aquela casa emblemática. Do ponto de vista, da carreira, foi muito importante ter feito CASACOR, que se tornou o maior evento da América Latina e alavancou a carreira de muita gente” diz Nando.

Restaurante com parede verde. Mesas e cadeiras
(André Nazareth/CASACOR)

Este ano, ele projeta a Sala do Piano. Mas, há 30 anos, seu restaurante entrou para a história do evento. O ambiente, que ficava na saída do circuito de visitação tinha até uma entrada própria, influência clara no art déco e um certo ar hollywoodiano, que ficava ainda mais evidente com as fotos de artistas usadas na estante existente no espaço que sofreu interferências do arquiteto.

Biblioteca com piso em madeira. Sofá, mesa, duas poltronas e cadeira
(Kitty Paranaguá/CASACOR)

Outro ambiente que fez sucesso naquele ano foi o Living. Criado por Chicô Gouvêa, que já havia participado de edições paulistas da mostra, o espaço foi uma homenagem ao artista plástico Frans Krajcberg.

Continua após a publicidade

CASACOR é muito legal de fazer. Sempre tive a proposta de não ser comercial. E fiz o que quis fazer. Em 1991, foi uma homenagem ao Krajcberg, um grande amigo e artista que sempre admirei muito. E, esse ano, vou novamente usar três peças dele” conta Chicô, dando um spoiler do que vem por aí em 2021.

Living com sofás e almofadas. Lustre em primeiro plano
(Divulgação/CASACOR)

Presente em 16 edições da CASACOR Rio de Janeiro e nome requisitado no mercado, Chicô acompanhou as mudanças na casa ao longo desses 30 anos e comemora especialmente a valorização do design brasileiro no período.

Continua após a publicidade

“Acho que hoje a gente dá mais valor para peças brasileiras. Houve uma redescoberta dos artistas dos anos 1950/ 60. Antigamente, eu usava peças indígenas e africanas e as pessoas criticavam por conta de preconceitos que eram uma bobagem, apenas reflexo da sua falta de conhecimento. Hoje, o artesanal e as coisas nacionais são muito procurados e valorizados” avalia o arquiteto, que projeta uma Sala de Almoço com Varanda para a próxima edição da CASACOR Rio de Janeiro.

Lia Siqueira e Patricia Marinho eram bem jovens quando participaram da CASACOR Rio de Janeiro em 1991. Lia criou para o evento uma saleta já repleta da marcenaria que marca todo o seu trabalho que chamou na época de Pequena Sala de Estudos. Nome que volta na próxima edição, mas de uma forma bem diferente. Já Patricia teve um desafio e tanto naquela primeira CASACOR. Um corredor!

“Foi realmente muito desafiador de fazer, especialmente no momento da montagem, porque tínhamos vários vizinhos que ficavam passando. Mas foi muito divertido também. E tenho amigos daquela época com quem convivo até hoje. Foi um trabalho bem atemporal. Era um corredor estreito que colori com prateleiras vermelhas, cores primárias e com muita obra de arte” relembra Patricia, que assinou o ambiente com Luiz Marinho.

Continua após a publicidade
Biblioteca com duas poltronas verdes e estantes vazadas de madeira
(Divulgação/CASACOR)

Para a arquiteta, que na próxima edição decora um terraço com bela vista para o jardim, uma boa mudança nesses 30 anos foi o intercâmbio com o mercado exterior, que naquela época simplesmente não existia.

“Muitas marcas bacanésimas vieram para cá, apostaram no Brasil e isso aqueceu nosso mercado. Acho que essa abertura está entre as coisas mais positivas que aconteceram nestes 30 anos. Vimos também uma consolidação dos designers brasileiros maravilhosos que nós temos. Isso é notável. O nosso design, que sempre foi de grande qualidade, ganhou visibilidade” avalia.

Continua após a publicidade

Serviço CASACOR Rio de Janeiro

Quando?
02 de março a 25 de abril de 2021

Onde?
Instituto Brando Barbosa (IBB)
Rua Lopes Quintas, 497. Jardim Botânico

*datas sujeitas à alterações

Continua após a publicidade
Publicidade