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Trend Talks: Ações em prol do próximo viram tendência social

Com o intuito de ter qualidade de vida e proporcionar isso a outras pessoas, artistas e pessoas comuns fazem a diferença com pequenas ações no dia a dia

Por Lucila Vigneron Villaça
Atualizado em 3 mar 2017, 16h07 - Publicado em 21 set 2016, 16h52

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VIDA COM PROPÓSITO

As mídias sociais, a televisão e a internet nos dão acesso às notícias do mundo todo, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Estamos cada vez mais informados sobre o que está acontecendo e nos chocamos com o excesso de notícias ruins. O mal-estar que elas nos causam faz com que busquemos fazer algo bom. “No mundo do design e da arte, é cada vez mais comum ver profissionais envolvidos com causas sociais e de caridade. O designer britânico Benjamin Hubert, por exemplo, desenhou recentemente um cofrinho para incentivar as doações a Maggie’s Cancer Care, instituição de apoio aos pacientes com câncer. Já o artista chinês Ai Weiwei está criando obras para aumentar a consciência sobre a condição dos refugiados”, conta Lisa White, especialista em tendências de WGSN/HBL.

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Mas essas iniciativas não são exclusivas dos artistas. Pessoas comuns também querem fazer a diferença. Querem que a vida seja mais gentil. E que tenha um propósito. “As novas gerações não estão mais interessadas em viver para ganhar dinheiro a qualquer custo. Estão em busca de mais qualidade de vida. Por isso, estão se voltando mais para a espiritualidade. A vida pessoal e profissional devem realmente ter um significado”, fala a especialista em tendências Sabina Deweik.

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“Tenho a sensação de que a humanidade já passou por todo tipo de experiência, seja na política, na economia, na sociedade… e agora estamos vivendo um momento de filtrar as energias e investir no que é bom: no bem-estar, na espiritualidade, em expandir nosso olhar para o mundo e para os outros”, fala a arquiteta Daniela Giovana Corso, do escritório Nowhere, especializado em projetos de arquitetura para eventos, e que manteve o projeto “When I walk” durante um período em que morou em Nova York: caminhando 14 horas por dia, ela fotografava os pontos bonitos e interessantes da cidade e os publicava no Instagram. “É uma forma de mostrar às pessoas que as cidades não são só feias ou violentas. Acredito que esse é um jeito do arquiteto se doar. E assim sinto que também faço diferença na vida das pessoas”, completa.

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Marcelo Rosenbaum é outro exemplo de profissional que também decidiu usar suas habilidades e conhecimento para fazer diferença na vida de outras pessoas. Com o projeto “A Gente Transforma” (AGT), iniciado em 2010, o designer e sua equipe se focam em comunidades específicas com o intuito de ajudá-las a crescer economica e socialmente através do artesanato que produzem. “Nosso objetivo é o desenvolvimento por meio do design, mas com um olhar muito atual, que conecta o local com o global”, diz Rosenbaum.

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Uma pesquisa recente entre os futuros CEOs das empresas, estudantes da London School of Economics percebeu que a maioria coloca o propósito (o que EU posso fazer pelo mundo) acima do lucro (o que o MUNDO pode fazer por mim). Por isso, entre as bandeiras dessa nova geração, chamada de Millennials, está também a redução do consumo. Depois de uma longa era de excessos, agora o foco é no que é significativo, belo e necessário.

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Nas grandes cidades, isso pode significar morar num contâiner de 28 m², ou ter apenas as coisas necessárias para viver, como é o caso do editor japonês Fumio Sasaki, que no guarda-roupa tem apenas três camisas, quatro calças e quatro pares de meia. O editor diz em seu vídeo do Facebook que segue o minimalismo, um movimento que nasceu no Japão e vem crescendo no mundo inteiro. Para seus adeptos, não se trata de gastar menos, mas focar-se no que realmente gostam, ter menos coisas para poder carrega-las pelo mundo, e ter mais tempo para os amigos, a família, passeios e viagens. “Eu vivia sempre pensando no que eu não tinha. Me libertei da frustração e da ansiedade”, diz ele em seu vídeo.

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