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Palhinha: o material da vez em 11 ambientes da CASACOR SP

Em móveis e acabamentos, as tramas vazadas da palhinha são retomadas na CASACOR São Paulo e preservam seu inegável apelo afetivo

Por Luciana Andrade
Atualizado em 17 fev 2020, 16h33 - Publicado em 12 ago 2019, 12h23

De tão associada à brasilidade, muitos pensam que a palhinha é invenção nossa. O material, que já foi conhecido como palha de Viena, começou a ser popularizado no século 17, trazido da Ásia pelos europeus. Do Velho Continente aportou no Brasil, e descobriram que a palhinha tinha tudo a ver com o clima tropical, ao permitir a circulação de ar e combater a umidade. Se no princípio representava a tradição colonial, a partir dos anos 1940 foi apropriada pelos modernistas, interessados em elementos brasileiros.

O português Joaquim Tenreiro e os brasileiros Sergio Rodrigues, Geraldo de Barros e Oscar Niemeyer deram novo fôlego ao material. Tornaram a palhinha um clássico. Entre os designers contemporâneos, como Zanini de Zanine e Gustavo Bittencourt, a palhinha não para de conquistar espaços.

Na edição 2019 da CASACOR São Paulo, não foi diferente. A palhinha atualizada em diferentes usos e versões foi uma das tendências que conquistaram os visitantes. Cadeiras, bancos, biombos, cabeceiras e outras aplicações expandiram as possibilidades do material. Ao mesmo tempo que carrega memórias e afetos, a palhinha traz um quê artesanal e representa o desejo de trazer materiais mais naturais para a casa.

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