Apê traz soluções criativas para incluir os pets na arquitetura
O escritório MATÚ Arquitetura apostou em um décor acessível e funcional para essa família multiespécie: um casal, três gatos e dois cachorros
Assinado pelo escritório MATÚ Arquitetura, das arquitetas Gabrieli Azevedo, Fernanda Lins, Ana Pernambuco e Bruna Marchiori, o apartamento localizado na Zona Oeste de São Paulo é a moradia de uma família multiespécie: um casal, três gatos e dois cachorros, sendo um deles deficiente visual.
Com 250 m², o objetivo foi criar um projeto que mesclasse os interesses e personalidades do casal. Ela é das artes, literatura e romântica; e ele, da música, dos discos e do estilo industrial.
Uma área social foi criada com a proposta de atender as demandas de cada um: uma estante-playground para os gatos, um sofá baixo e modular para ajudar na acessibilidade dos cachorros, um escritório para o morador trabalhar e tocar guitarra, e um grande banco abaixo da janela para a moradora ter seus momentos de leitura e expor algumas peças de arte com valor afetivo.
No quarto do casal, um grande tablado não só amarra as demandas de armazenamento e acessibilidade, como também organiza o ambiente de dormir de maneira confortável para toda a família permanecer unida em uma só estrutura, mas cada um com o seu espaço.
Além disso, a peça foi desenhada a partir da preocupação dos clientes com o acesso dos animais por baixo da cama box que eles possuíam anteriormente, com vãos perigosos e de difícil alcance. O tablado foi o resultado do bloqueio deste acesso, somado a demais funções em relação a otimização do espaço.
Destaque para a estante de prateleiras em serralheria branca na sala de estar. A ideia era conciliar função e design a um equipamento que, normalmente, tem pouco apelo estético. As arquitetas também tiveram a liberdade para assumir este elemento como uma peça de destaque, com formas e dimensões compatíveis com a escala do apartamento.
A cozinha, por sua vez, foi projetada com uma marcenaria sob medida de cantos arredondados, pela tentativa de fugir do óbvio e minimizar as quinas, trazendo assim formas e funções mais diferenciadas.