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Zaha Hadid Architects anuncia novo arranha-céu em Nova York

Um ano após a sua morte, o legado da arquiteta iraquiana continua ecoando mundo afora através das obras tocadas por seu escritório

Por Victor Lessa
Atualizado em 10 abr 2017, 15h47 - Publicado em 10 abr 2017, 15h45
Zaha Hadid (Steve Double/CASACOR)

Nascida em Bagdá (Iraque) no ano de 1950, a grande dama da arquitetura Zaha Hadid (1950-2016) permeou primeiro pelo caminho dos números, graduando-se em matemática na Universidade Americana de Beirute, no Líbano. Mudou-se em seguida para Londres, onde iniciou a jornada que a levaria a ser a primeira mulher a receber o prêmio Pritzker de arquitetura (considerado o Oscar do segmento).

Na terra da rainha, Hadid estudou na academia londrina Architectural Association, onde também lecionaria anos mais tarde. Foi lá, em meio ao ambiente acadêmico fervilhante da década de 1980, que a arquiteta teve os seus primeiros estopins para os projetos que a consagrariam no mundo todo. Entre eles o Centro Aquático de Londres, uma das estrelas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012, e a Ópera da Baía de Cardiff (1994), no país de Gales, projeto premiado mas que nunca chegaria a sair do papel.

Ilustração do arranha-céu projetado pelo Zaha Hadid Architects (Divulgação/CASACOR)

Em 31 de março de 2016, Zaha Hadid nos deixou. Vítima de um ataque cardíaco, a arquiteta estava internada em Miami, nos EUA, para tratar de uma bronquite. Seu legado, no entanto, continua ecoando através do escritório ZHA, fundado por ela e que, recentemente, ganhou destaque nos portais de design e arquitetura pelo anúncio de um novo empreendimento: um arranha-céu no coração de Nova York.

Com orçamento de 12 bilhões de dólares, a construção do edifício – que deverá ter cerca de 420 m de altura – ainda está em fase de negociação, mas ao que tudo indica, sairá em breve do papel. A ideia é reformar o prédio que já existe no local (666 Fifth Avenue, entre as 52nd e 53rs street) e transformá-lo em um espaço de uso misto, com unidades residenciais, comerciais e um hotel de 11 pavimentos. O projeto foi comissionado pela empresa Kushner Properties, ao lado da Vornado Realty Trust, que é co-proprietária do prédio existente no terreno. Se tudo der certo, o empreendimento começará a ser construído em 2019 com previsão de término para 2025. Agora, é cruzar os dedos.

Edifício que está no local, atualmente (Divulgação/CASACOR)
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