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CASACOR RJ 2015 acontecerá em uma vila com nove casas

A 25ª edição da mostra carioca ocupará pela primeira vez uma vila, que possui nove casas

Por Alex Alcantara
Atualizado em 7 fev 2019, 13h04 - Publicado em 15 jul 2015, 15h32

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No dia 13 de julho, ocorreu a reunião operacional de lançamento da Casa Cor Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 150 pessoas, entre arquitetos, decoradores, fornecedores e patrocinadores. No evento, eles puderam conhecer melhor seus espaços e as novidades para a 25ª edição da mostra carioca. Dentre elas – e a mais importante – foi o local sede, uma vila que possui nove casas. Mas não se trata de qualquer vilarejo, ela ocupará a Villa Aymoré, na Glória, adquirida e restaurada pela Landmark Properties, com supervisão e acompanhamento do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade.

A Villa Aymoré faz parte da história da cidade. Tombada pelo município e incluída na Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac) da Glória e do Catete desde 2005, está localizada em uma alameda cujo nome remete aos índios tupinambás, os primeiros a ocuparem a região do morro da Glória. As casas (10 originalmente) foram construídas entre 1908 e 1910, formam um conjunto arquitetônico em estilo eclético – popular na Europa do século 19 – e são vizinhas do Outeiro da Glória. Com pé-direito mínimo de 3,80 m, cada uma recebeu um nome indígena (Guarany, Tamoyo, Tupy, Juruna, Goytacaz, Kiriri, Carijó, Moema e Iracema), o que era considerado moda na época. Neste local, bem antes da Villa Aymoré ser construída, morou a Baronesa de Sorocaba, irmã da Marquesa de Santos – e ambas amantes de D. Pedro I. Durante as obras de restauração, muitos artefatos da época foram descobertos, assim como um caminho de pedras originais que ligava a casa da Baronesa ao Outeiro, e que passou a ser chamado pelos arqueólogos que acompanharam o restauro de Caminho da Baronesa.

“Será uma Casa Cor bem diferente das que fizemos nos últimos anos. Se, como sempre, acompanhamos as tendências de moradia – e os prédios de uso misto são cada vez mais comuns em todo o mundo –, por outro lado nunca ocupamos dez imóveis ao mesmo tempo”, diz Patrícia Mayer, sócia de Patrícia Quentel na 3Plus, o escritório que organiza a mostra desde seu início.

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Todos os sobrados (com, em média, 230 m²) são interligados – pela frente, pela rua da vila; atrás, por um caminho redesenhado. Mas cada um é um: as plantas originais são diferentes e serão realçadas pela implantação da Casa Cor Rio.

A mostra ocorrerá do dia 1º de setembro a 4 de outubro, terá 40 ambientes com estilos supercontemporâneos que misturarão moradia e trabalho, desenvolvidos por arquitetos como Lia Siqueira, André Piva, Gisele Taranto, Jairo de Sender, Marina Linhares entre outros.

“No fundo, o que fizemos nesses 25 anos foi mostrar o estilo morar do Rio de Janeiro, que reflete nossa maneira de viver: chique, despojada e contemporânea. Isso é o que faz a edição carioca ser tão única”, completa Patrícia Quentel.

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