A 36ª edição da CASACOR São Paulo fica em cartaz até 6 de agosto e ocupa uma área de 11 mil m² no Conjunto Nacional
Atualizado em 1 de jun. de 2023, 17:33 - Publicado em 27 de mai. de 2023, 8:00
Alex Hanazaki - Origens Portinari por Alex Hanazaki. Projeto da CASACOR São Paulo 2023.(Yuri Serodio/)
01/75 - Adriana Valle e Patricia Carvalho - Casa que Abraça. Diretamente do Rio de Janeiro, a dupla à frente da MIGS Arquitetura traz um pouco de mar e floresta para seu primeiro projeto na CASACOR paulistana (após sete na mostra carioca). A referência à paisagem vem da tela bordada com miçangas pela artista Mucki Skowronski. Exuberante, a obra orientou a distribuição de pontos de cor sobre a base neutra do ambiente, no qual a madeira predomina. Outras texturas surgem com o uso de cobogós cerâmicos, desenhados pelas profissionais. O nome do espaço entrega o desejo de valorizar o convívio e o aconchego. (MCA Estudio)
02/75 - BC Arquitetos - Casa Magenta LG. Bruno Carvalho e Camila Avelar propõem, no espaço de 300 m², um olhar para a ancestralidade com o objetivo de expor soluções que promovem uma conexão profunda entre o ser humano e a casa. A dupla de arquitetos escolheu materiais naturais, como a terra, e a cor magenta como elementos de destaque para criar uma atmosfera afetiva e sensorial. Em contraponto, os produtos com tecnologia de ponta da LG equipam os ambientes ao lado de peças de arte e design brasileiras. (MCA Estudio)
03/75 - Bia Abreu Paisagismo - Jardim Reflexo da Alma. Aguçar as sensações de forma acolhedora: esse é um dos efeitos que o jardim criado por Bia Abreu desperta nos visitantes. Numa caminhada pelo ambiente, o barulho do vento sacudindo as espécies de folhas finas, o calor da lareira e o frescor da fonte de água estão entre os catalisadores de experiências. “Seremos sempre parte da natureza, independentemente de estarmos cercados de tecnologia”, afirma. No centro do espaço, um espelho de formato orgânico faz o convite à reflexão -- nos diversos sentidos possíveis. (Renato Navarro)
04/75 - Brunete Fraccaroli Arquitetura & Interiores - O Reverso do Metaverso. A maneira como os espaços são projetados para acomodar o corpo humano - tanto no mundo real quanto no digital - cai na rede da desbravadora Brunete Fraccaroli, que trata dos dois universos nesta edição da mostra. Ao longo dos 180 m² de seu ambiente, que abriga sala, cozinha, quarto, closet e banheiro, as intervenções artísticas merecem olhar atento, como os pássaros banhados a ouro de Pedro Yossef. No Metaverso, também contemplado, o estúdio tem um morador ilustre: o apresentador Amaury Jr. (Romulo Fialdini)
05/75 - Bruno Moraes - Cozinha Funcional. Em sua estreia na mostra, o arquiteto Bruno Moraes assina um espaço de 75 m² com atmosfera aconchegante e permeado por elementos rústicos. Logo na entrada, os visitantes podem interagir com a fachada de brises de madeira, que abrem e fecham para promover a renovação do ar e ajustar a temperatura e a luminosidade do ambiente. Formas orgânicas na arquitetura e no mobiliário reforçam a sensação de acolhimento, enquanto os elementos brasileiros, como as fotografias feitas por Rogério Fernandes em comunidades indígenas, trazem identidade à decoração. (Guilherme Pucci)
06/75 - Cacau Ribeiro Interiores - Minha morada, meu canto. Três áreas de bem-estar oferecem conforto para o corpo, a mente e a alma no living de 70 m² assinado pela designer de interiores Cacau Ribeiro: os cantos de spa, ioga e tecelagem (com peças de Juliana Maia). A profissional, estreante na mostra paulistana após três participações em Ribeirão Preto, cuidou pessoalmente da curadoria de obras de arte do ambiente, que inclui trabalhos de Laura Gorski e Will Sampaio. Móveis desenhados por Alfio Lisi, Fernando Prado e John Graz, entre outros, complementam a marcenaria exclusiva, projetada pelo escritório. (MCA Estudio)
07/75 - Caio Bandeira e Tiago Martins - Futuro Urbano By Peugeot. A defesa do projeto dos profissionais à frente do escritório Architects + CO é filosófica. “A cidade é corpo e morada para nossas casas”, acreditam Caio e Tiago, que se dividem entre São Paulo e Bahia. Com a mostra situada num dos lugares mais ruidosos da capital paulista, o loft assinado por eles propõe um oásis de conforto sonoro, térmico e visual. Isso acontece graças ao sistema construtivo, que tira partido de painéis termodinâmicos, e ao intrincado trabalho de iluminação, responsável por destacar os jardins ao redor. Símbolo de silêncio e sustentabilidade, o carro elétrico e-2008, lançamento da Peugeot, se integra totalmente à proposta do ambiente. (Renato Navarro)
08/75 - Cardim Arquitetura Paisagística - Banho de Floresta. Folhas caídas pelo chão, ar fresco, cheiro de terra e uma vegetação rica em cores, aromas, texturas e formatos: o ambiente de 163 m² criado pela arquiteta Alessandra Caiado Cardim e pelo botânico Ricardo Cardim proporciona a sensação de adentrar a mata, densa e cheia de vida. Mais do que oferecer um respiro, porém, o projeto é o desfecho do manifesto iniciado no outro espaço da dupla na mostra deste ano, localizado na entrada da CASACOR — um chamado para conhecer e abraçar a diversidade da flora nativa brasileira. Os bancos de madeira de demolição são do designer Paulo Alves. (Denilson Machado, do MCA Estúdio)
09/75 - Carla Felippi - Casa em Mykonos. Com atmosfera mediterrânea, o espaço de 345 m² oferece uma experiência sensorial por meio de aromas, sabores e estímulos audiovisuais. A proposta é fazer com que o visitante se sinta em casa e escolha onde deseja apreciar a saborosa culinária grega do restaurante Myk — nas mesas de jantar, no home theater, na sala de estar ou no terraço. A arquiteta Carla Felippi apostou numa decoração com materiais naturais, como madeira e pedra, que evocam o visual da ilha de Mykonos, conhecida por ter uma paisagem repleta de casinhas brancas. (Favaro Jr)
10/75 - Carlos Navero Arquitetura e Interiores - Hall do colecionador. Concebido para um apaixonado por arte e design, o ambiente de 35 m² do arquiteto Carlos Navero ganha sofisticação graças a um cuidadoso garimpo de obras, que inclui o vaso de Gaetano Pesce, a escultura de Sônia Menna Barreto e a pintura de Luiz Martins. O acervo fica exposto num ambiente definido pelas composições marcantes: mix de texturas, mobiliário assinado e revestimentos com personalidade, em especial o piso de pastilha cerâmica hexagonal e o papel de parede geométrico aplicado ao teto. (Adriana Barbosa)
11/75 - Carlos Navero Arquitetura e Interiores - Hall do colecionador. Concebido para um apaixonado por arte e design, o ambiente de 35 m² do arquiteto Carlos Navero ganha sofisticação graças a um cuidadoso garimpo de obras, que inclui o vaso de Gaetano Pesce, a escultura de Sônia Menna Barreto e a pintura de Luiz Martins. O acervo fica exposto num ambiente definido pelas composições marcantes: mix de texturas, mobiliário assinado e revestimentos com personalidade, em especial o piso de pastilha cerâmica hexagonal e o papel de parede geométrico aplicado ao teto. (Adriana Barbosa)
12/75 - Caru Cunha, Nana Cunha e Silvia Camargo - Livraria Com Arte. Na livraria projetada pelas arquitetas Caru Cunha e Silvia Camargo junto com a artista plástica Nana Cunha, o fundo escuro das paredes foi pensado para destacar as publicações como se elas estivessem exibidas num palco. Telas coloridas distribuídas pelo ambientes enriquecem o cenário, assim como as muitas referências à brasilidade. O layout convida os visitantes a explorar esse espaço repleto de formas de arte - estejam elas publicadas ou emolduradas. (Carolina Mossin)
13/75 - Alessandra Caiado Cardim e Ricardo Cardim - Paisagismo Sustentável com Brasilidade. Ainda pouco conhecidas e exploradas em projetos de jardins ornamentais, espécies brasileiras atraem a atenção no ambiente criado pela Cardim Arquitetura Paisagística na entrada da mostra. Defensores da riqueza cultural e dos benefícios ambientais da nossa biodiversidade, a arquiteta e o paisagista e botânico selecionaram exclusivamente plantas nativas para compor a área verde de 194 m² e, desse modo, produziram um mix pensado para surpreender os visitantes. Distribuídos pelo espaço, bancos indígenas expressam a beleza da arte dos povos originários. (Evelyn Muller)
14/75 - Catê Poli e João Jadão - Mirante Paulista. Plantas nativas exuberantes e muitas texturas compõem este jardim-miradouro de 150 m², no qual o tema Corpo & Morada aparece de modo sutil, nas formas orgânicas do mobiliário e nos diversos itens feitos a mão presentes no décor. Na quinta vez em que Catê Poli e João Jadão participam juntos da mostra, a dupla planejou uma grande varanda onde os visitantes podem descansar enquanto admiram o movimento da avenida mais amada pelos paulistanos. Belo modo de ressaltar o contraste entre o natural e o urbano. (Evelyn Muller)
15/75 - Cilene Lupi - Um lar para apertar o pause. Criado para uma jovem da geração Z, que precisa de um lugar para recarregar as energias e se divertir, o apartamento de 88 m² é dividido em sala, cozinha, quarto e espaço gamer — ponto alto do projeto de Cilene Lupi. O ambiente dedicado aos jogos eletrônicos foi concebido como um casulo, demarcado pela cor preta e preenchido com equipamentos potentes, mobiliário confortável, detalhes curvilíneos e iluminação especial. Personagens de desenhos animados também figuram no décor e representam a infância da moradora idealizada pela arquiteta. (Rafael Renzo)
16/75 - Clariça Lima - A Arte do Encontro. A função histórica das praças como locais de encontro e contemplação da natureza no traçado das cidades rege o projeto da arquiteta e paisagista Clariça Lima. Em 125 m², ela apresenta uma área verde que exalta a brasilidade, os momentos de convívio e a sensação de acolhimento gerada pelas plantas - uma defesa firme da importância da vegetação e da biodiversidade na regeneração do ambiente urbano e na promoção da saúde e do bem-estar dos habitantes. (Marco Antonio)
17/75 - Cristiane Pepe, Maria Clara Marback e Ecatherina Brasileiro - Ares da Terra. Um casal paulista apaixonado pelo nordeste: assim são os personagens imaginados pelas arquitetas Cristiane Pepe, Maria Clara Marback e Ecatherina Brasileiro para habitar o loft de 124 m². Inspiradas pela natureza, elas utilizaram madeiras, fibras e tons terrosos a fim de criar um visual despojado em todo o ambiente. Há também a influência da biofilia, representada por um pórtico coberto de musgo do deserto. A decoração valoriza os móveis assinados por designers brasileiros, as esculturas da artista baiana Nádia Taquary e as peças de macramê do artesanato regional. (André Mortatti)
18/75 - Da Hora Arquitetura - Loft Vastu. Após várias participações na CASACOR Rio de Janeiro, a arquiteta Bianca da Hora estreia na mostra paulistana com um loft de 120 m² inspirado na essência descontraída do carioca e na busca pela harmonia entre os elementos naturais e a arquitetura – uma referência à técnica milenar indiana do vastu shastra (ou “ciência da arquitetura”). Dividido em living, cozinha, varanda e lavabo, o espaço combina diferentes tons e texturas, ora da madeira, ora das pedras e seus acabamentos, além de acervo rico em arte, design e mobiliário brasileiro. (MCA Estúdio)
19/75 - Dani Vit Arquitetura - Rest Room. A área de descanso para os visitantes da mostra, com fraldário e banheiros unissex, soma 30 m². Segundo a arquiteta Dani Vit, o ambiente é um convite à pausa, iluminado de modo a garantir o clima intimista e a privacidade. No canto reservado a cuidar dos bebês, a profissional escolheu uma paleta clara e instalou um espelho no teto para os pequenos se olharem enquanto os pais os trocam. Protagonistas do ambiente, as cortinas de veludo bordô envolvem a bancada e criam uma atmosfera sensorial graças às ondulações suaves e ao toque macio. (Marco Antonio)
20/75 - Daniel Szego e Fredy Terzian - Banheiro da Família. Materiais resistentes, que toleram repetidos usos, dão forma ao ambiente de 54 m², projetado pelos arquitetos à frente do escritório Geração Arquitetura em sua primeira participação na CASACOR. Entre eles, estão as telas de aço pré-fabricadas, que serão reaproveitadas ao fim do evento, e o concreto modular, utilizado no balcão multifuncional, onde foi instalado um filtro de água. O tema central da mostra se revela no espaço acolhedor, com vista para o terrário, planejado para que as mães possam amamentar seus pequenos perto do verde. (Marco Antonio)
21/75 - Eduardo Baldelomar - UYUNI Lounge The - Bar. Inspirado na paisagem e na cultura do Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo, o projeto de Eduardo Baldelomar resgata traços da arte, da natureza e da arquitetura vernacular dessa região andina. Na loja conceito criada para a Diageo, o arquiteto boliviano – veterano da CASACOR em seu país e estreante na mostra paulistana – ocupou metade dos 60 m² do ambiente com um grande balcão, cujo revestimento remete à rusticidade das pedras de sal usadas nas construções locais. (Evelyn Muller)
22/75 - Érica Salguero Arquitetura - Espaço Solitude. A arquiteta e designer de interiores Érica Salguero convida os visitantes do seu loft de 66 m² a se desligarem do mundo, num exercício de introspecção e contemplação. Mármore, couro e madeira aparecem entre as muitas texturas do ambiente e ganham relevo devido ao rico projeto de luminotécnica. “O nome Solitude simboliza um período de autoconhecimento, reflexão e conexão com a natureza. É um estado mental em que o indivíduo está em paz consigo mesmo, inclusive quando está sozinho”, diz Érica, em sua sexta participação na mostra. (Renato Navarro)
23/75 - Ester Carro - Espaço Motirõ. Moradora e ativista da comunidade do Jardim Colombo, na Zona Oeste de São Paulo, a arquiteta Ester Carro enxergou a participação na mostra como uma possibilidade de expor essa realidade. Por isso, elaborou um projeto com alternativas para espaços pequenos que precisam acomodar famílias inteiras e muitas atividades. O ambiente de 34 m² contempla hall de trabalho, banheiro com lavanderia, sala integrada à cozinha e quarto. A cama de casal vem com beliche de solteiro. No mobiliário, destacam-se ainda peças desenhadas pelo escritório de Claudia Moreira Salles com intervenções do artista Waxamani Mehinako. (André Mortatti)
24/75 - Alex Hanazaki - Origens Portinari por Alex Hanazaki. O paisagista Alex Hanazaki se inspirou na fabricação dos porcelanatos da Portinari para criar um espaço de contemplação repleto de estímulos sensoriais em 290 m². Trata-se de um percurso narrativo baseado na combinação da tecnologia com os elementos naturais terra, água e fogo, que fazem parte do processo de produção. Durante a experiência, a ambientação criada com os revestimentos da marca, aliada ao paisagismo, desperta sensações prazerosas. Destaque para a instalação artística produzida com a aplicação de lastras - os porcelanatos de grande formato - logo na entrada do projeto. (Yuri Serodio)
25/75 - Estúdio Plantar Ideias - Entre:.nós. A área de convívio de 156 m², projetada por Felipe Stracci e Luciana Pitombo, retrata a transição entre a floresta e a beira do mar. Nesse espaço, os visitantes caminham sobre um piso monolítico, que lembra a areia da praia. Já as árvores são representadas de forma lúdica por uma grande estrutura de cordas. A intenção é proporcionar momentos de reflexão e a liberdade de sentar e relaxar durante o trajeto pela mostra. Todo o mobiliário foi desenhado pelo estúdio. Canteiros com alocasias, antúrios e bromélias completam o ambiente. (Salvador Cordaro)
26/75 - Felipe de Almeida - Casa Memórias Essenciais. Objetos de decoração, obras de arte e mobiliário do acervo pessoal e familiar do designer de interiores Felipe de Almeida ajudam a compor a história do ambiente de 125 m², no qual o profissional defende uma conectividade mais afetuosa. Revestimentos especiais - como a cerâmica fabricada com lama das barragens de Mariana, MG - ganham peso ao lado das texturas de madeira e tecidos. “No lar, compartilhamos os sonhos e a mesa. Os pertences têm vida própria e as paredes contam histórias”, diz o estreante na mostra. (Evelyn Muller)
27/75 - Felipe Fichberg e Eloy Fichberg - Pluralidade. Projetado para acolher a diversidade de gêneros com respeito e gentileza, o banheiro unissex de 35 m² marca a primeira participação na CASACOR dos arquitetos Felipe Fichberg e Eloy Fichberg (filho e pai). Revestido de madeira, o ambiente reúne bancada central com espelhos que descem do teto, permitindo o uso das cubas com privacidade, três cabines, um fraldário com área de amamentação e um banheiro PNE. Obras dos artistas Silvana Mendes, Carin Kulb e Felipe Fichberg arrematam o espaço. (Marco Antonio)
28/75 - Fernanda Rubatino Arquitetura - Savoir-faire Café. A pausa para o café ganhou sotaque mineiro e não é de estranhar, uma vez que a arquiteta Fernanda Rubatino se divide entre a capital paulista e a cidade de Juiz de Fora, MG. Quem fizer uma parada no local ao fim do percurso da CASACOR terá a oportunidade de provar os doces da chef Isabela Akkari, reconhecida por valorizar ingredientes saudáveis. Itens de mobiliário criados especialmente para o projeto fazem a conexão com o tema Corpo & Morada: as poltronas de couro se moldam às curvas de cada usuário. Paleta neutra e elegante, paisagismo com espécies nativas e perfume acolhedor completam o ambiente. (MCA Estúdio)
29/75 - Figueiredo Fischer Arquitetos - Casa Lider. Gustavo Figueiredo e Lívia Fischer projetaram um loft de 150 m² repleto de cores e texturas que remetem à natureza. Tudo pensado para criar uma atmosfera de bem-estar em torno do mobiliário da Lider Interiores, com destaque para a mesa de jantar Polimorfa e o sofá Curvo. Segundo os arquitetos, as peças de desenho orgânico dialogam com a decoração de caráter rústico proposta por eles. O espaço exibe, ainda, paredes com acabamento feito de terra, piso de cacos de granito, além de painéis e forro de madeira. Na entrada, brises verticais recebem os visitantes e dão um spoiler do clima aconchegante que está por vir. (Ricardo Bassetti)
30/75 - Flávia Burin e Bruna Moretti - Pó e Glória. Conectado ao tema do ano, o ateliê da ceramista projetado pelas arquitetas do Studio HA coloca a argila dos tijolos e das peças artesanais no papel de matéria-prima que conforta o corpo e a alma. Inspirado na versão bíblica da criação do ser humano a partir do pó da terra, o ambiente de 55 m², composto de estar, área de trabalho, copa e bar, evidencia a suavidade das cores claras e o aconchego do piso de madeira. O mobiliário foi produzido pelo escritório e as obras de arte levam a assinatura de Arthur Grangeia e Carlos Araújo. (Renato Navarro)
31/75 - Gabriel Ramires, José Carrari Filho e Stephanie Ribeiro - KU'YA. A palavra ""ku’ya"" vem do tupi-guarani e se aproxima do que nós, em português, chamamos de abrigo. “Criamos um ambiente acolhedor e inclusivo, que celebra a diversidade e a cultura brasileira”, resumem os arquitetos Gabriel Ramires, José Carrari Filho e Stephanie Ribeiro. No espaço de 53 m², o trio usou materiais como madeira, cerâmica e sisal e adotou uma paleta que remete a tons de pele. A curadoria de obras de arte valoriza a produção feminina, com trabalhos de Gretta Sarfaty e Georgia Gabry. (André Scarpa)
32/75 - GDL Arquitetetura - Galeria Origami CASACOR. Na Galeria Origami, criação de Gabriel de Lucca, a escada metálica - vem dela a inspiração para o nome do projeto - oferece um ponto de vista surpreendente do entorno e desponta como um dos chamarizes do ambiente de 192 m². O percurso pelo espaço expositivo, que tem Cézar Prestes como curador convidado, deixa o visitante mais próximo das obras de arte. “Exploramos a área de forma a provocar a percepção de caminhar dentro de um quadro”, explica o arquiteto. O acervo reúne nomes de peso, como Glauco Rodrigues, Irmãos Campana, Rubem Valentim e Tomie Ohtake. (MCA Estudio)
33/75 - Gleuse Ferreira Arquitetura - Pelos Caminhos do Sertão. Bisneta de Lampião e Maria Bonita, Gleuse Ferreira projetou um ambiente que enaltece a influência de seus antepassados em diversos setores da cultura brasileira, como arte, moda, cinema e arquitetura. Na área de circulação de 107 m², a profissional resgata com orgulho a história do casal de cangaceiros por meio de um papel de parede ilustrado pela designer Jade Marangolo. No piso, o tijolo cimentício terracota foi escolhido por lembrar o solo nordestino. O mobiliário é assinado por Jader Almeida. (MCA Estudio)
34/75 - Gustavo Martins Arquitetos - Odoiá. Em sua sexta participação na CASACOR, o arquiteto Gustavo Martins adotou tons claros e elementos que relacionam homem e natureza para saudar Iemanjá, a divindade que representa o feminino e simboliza as águas, a proteção e o equilíbrio entre força e calmaria. Os 72 m² do ambiente, distribuídos entre estar, cozinha, quarto e banheiro, ressaltam a casa como lugar de pertencimento e preenchimento emocional. Destaque para a luminária pendente de Juliana Nagle, desenvolvida especialmente para o projeto, e a cama Broa, lançamento de Roberta Banqueri. (Renato Navarro)
35/75 - Altera Arquitetura - Ninho & Aspargos. Galhos secos de jabuticabeira adornam a estrutura de madeira à entrada do restaurante Badebec e remetem ao conceito primordial de lar: o ninho. O trabalho do arquiteto Renan Altera causa impacto devido aos muitos cenários de luz, que ajudam também a delimitar o canto de espera, o bar e o salão principal. Olhos atentos para o inusitado forro do teto, feito de galhos de aspargos desidratados, a paleta viva e as muitas obras de arte que se espalham pelos 320 m² do ambiente. (Andre Mortatti)
36/75 - Hellen Pacheco Arquitetura e Design - Mediterrâneo em Mim. A procura por um lugar tranquilo, capaz de induzir ao recolhimento, fez a imaginação da designer de interiores Hellen Pacheco voar até as praias do Mar Mediterrâneo, inspiração para seu espaço de 47 m². Porém a referência ganhou uma interpretação cheia de brasilidade graças ao piso de porcelanato criado pela estilista carioca Isabela Capeto, que mistura diversos padrões geométricos. Louças e metais na cor ébano trazem o contraponto moderno. Nomes importantes do design nacional, como Roberta Banqueri e Zanini de Zanine, assinam o mobiliário. É a primeira participação da profissional na CASACOR. (André Mortatti)
37/75 - Isabella Nalon Arquitetura e Interiores - Refúgio Conexão. Com o propósito de ressaltar a textura dos materiais e a beleza dos objetos feitos a mão, a arquiteta Isabella Nalon imaginou uma caixa monocromática, no tom areia, projetada para estimular uma vida mais tranquila e saudável. O ambiente de 76 m² abriga um canto de leitura onde também é possível meditar, ouvir música e curtir os amigos. Essas atividades são cercadas de muito aconchego graças à composição do décor, que inclui painel de fibras naturais e sementes, de Monica Carvalho, e folhas tecidas com lã de ovelha por Inês Schertel. (Rafael Renzo)
38/75 - Juarez Cruz Interiores + - Casa Wenge. Árvore nobre, escura e rara, a wenge (ou wenguê) norteia o conceito do projeto do designer de interiores Juarez Cruz. A começar pelo armário com mais de 12 m de comprimento, no qual os nichos valorizam o tom forte dessa madeira. O material aparece ainda no painel de marcenaria localizado na entrada do ambiente e no mobiliário solto. Em contraste, o paisagismo composto de espécies nativas brasileiras traz o verde para perto, junto a obras de arte assinadas por Amilcar de Castro, Felipe Cohen, Mira Schendel e Túlio Pinto. (MCA Estúdio)
39/75 - Juliana Cascaes - Living Alma Brasileira Banco BRB. A brasilidade é exaltada de várias formas no ambiente de 126 m² criado por Juliana Cascaes. Está na cortina de organza translúcida do estilista Lino Villaventura, no teto retroiluminado, inspirado no desenho de Mirthes dos Santos Pinto para as calçadas paulistanas, no mobiliário de José Zanine Caldas e Ricardo Fasanello e na arte de Abraham Palatnik, Amélia Toledo e Amilcar de Castro. Para evocar o tema Corpo & Morada e trazer um tom afetuoso, a arquiteta incorporou ao projeto o piano que pertence à sua mãe. (Favaro Jr)
40/75 - Léo Shehtman - Memórias. Recordista de participações na CASACOR, o arquiteto Léo Shehtman celebra seus 35 anos de mostra com uma espécie de bunker de memórias. Trata-se de uma casa criada para reter experiências que, no futuro, serão retransmitidas por meio de diferentes símbolos. Na área de 140 m², composta de living integrado, cozinha, suíte, sala de banho, lounge-bar e jardim, os materiais estão alinhados com o conceito do projeto: foram escolhidos acabamentos capazes de sinalizar as marcas do tempo, a exemplo do aço corten. (Adriano Pacelli)
41/75 - Letícia Nannetti - Olhar Essencial. Formas arredondadas, executadas em marcenaria artesanal, dominam a cena no projeto de Leticia Nannetti para o espaço da ótica Gustavo Eyewear. Até os nichos, os puxadores e as molduras seguem essa proposta. Em 56 m², a arquiteta buscou traduzir o tema do ano no cuidado necessário à escolha dos itens que usamos para cobrir o corpo e expressar nossa personalidade. A combinação de cores claras e tons terrosos e a presença da vegetação reforçam a sensação de acolhimento na estreia da profissional na CASACOR. (Rafael Renzo)
42/75 - Luciana Bacheschi e Gabriela Pileggi - Jardim Sereno. Biribas de madeira, lascas de pedras brutas, fogo de chão e outras coisas que não se vê todo dia na cidade grande fazem parte do ambiente de 110 m² das paisagistas Luciana Bacheschi e Gabriela Pileggi. “É um espaço que preza a simplicidade, acolhe histórias e retorna às origens, honrando a passagem do tempo”, explicam. O desejo de despertar lembranças de outros jardins em cada visitante conecta as autoras ao tema Corpo & Morada enquanto as muitas espécies nativas eleitas criam uma ilha verde na maior cidade do Brasil. (Cacá Bratke)
43/75 - Luiz Otávio Debeus - Pied-à-Terre São Paulo. Projetado para um personagem que não vive em São Paulo, mas precisa de um recanto na cidade, o estúdio de 83 m² revela o estilo eclético do morador imaginário. O designer de interiores Luiz Otávio Debeus criou uma junção de estampas, cores e peças de mobiliário de diversas origens e escolas, além de misturar padrões no revestimento de pisos e paredes. Unidos, esses elementos reforçam a ligação entre corpo e morada ao delinear um espaço intimista e aconchegante - composto de living, jantar, cozinha, home office e banheiro. (Romulo Fialdini)
44/75 - Marcela Penteado Arquitetos - Loft 011. O estilo cosmopolita associado à cidade de São Paulo ganha foco no projeto assinado pela arquiteta Marcela Penteado, em sua primeira participação solo na CASACOR. A paleta combina tons de branco, cinza e rosa para criar uma linguagem ao mesmo tempo urbana e relaxante no loft de 88 m². Preste atenção no desenho da bancada utilitária do living e no mix de pedras naturais cuidadosamente selecionado, aplicado em diferentes pontos do ambiente. (Renato Navarro)
45/75 - Marcelo Salum - Morada do Samba. Embalado pela energia contagiante da música que povoa suas memórias de infância, o arquiteto Marcelo Salum homenageia a cultura africana neste projeto. “É um ritmo que mexe comigo”, diz. Do colorido das fantasias de carnaval à alegria das rodas de samba - retratadas numa pintura de Luiz Pasqualini - o ambiente de 200 m² incorpora diversas referências. Painéis de madeira reproduzem símbolos Adinkra, criados pelo povo Ashanti, da África Ocidental, e móveis desenhados por Marcelo e Frederico Cruz remetem aos emblemas presentes na obra do artista Rubem Valentim. (MCA Estudio)
46/75 - Andressa Danielli e Vanessa Pasqual - Bilheteria Elemento. Conforto, brasilidade e uma releitura da cúpula do Conjunto Nacional – em tela tensionada iluminada, de material sustentável – são os principais atrativos no ambiente criado pela dupla que comanda a AD|VP Arquitetura. Em sua estreia na CASACOR, as profissionais apresentam bilheteria, chapelaria e lounge de entrada, distribuídos numa área de 120 m². O mobiliário e o tapete de formas orgânicas, as obras da artista Gabriela Schattan e o paisagismo com espécies nativas, como jabuticabeira, pacová e filodentro-brasil, realçam o clima de acolhimento na chegada à mostra. (Rafael Renzo)
47/75 - Mauro Contesini - Circulação 41. Celebrar a arte autêntica do Nordeste e a simplicidade e resistência de seus artesãos é o mote do projeto do paisagista e engenheiro agrônomo Mauro Contesini, veterano de CASACOR. O ambiente de 30 m² – uma passagem no circuito da mostra – reúne obras de Derlon, Dheny Santos e Leslie Bassi Gaffuri num cenário que combina os estilos moderno e rústico. Pensado como espaço de descompressão, onde é possível apreciar música suave e o bem-estar gerado pela natureza, o local também acolhe uma poltrona do designer Pedro Mendes. (Adriana Barbosa)
48/75 - Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr. - O primeiro loft. Colecionadores de participações na CASACOR em diferentes estados - Santa Catarina, Paraná e São Paulo - os designers de interiores Moacir Schmitt Jr. e Salvio Moraes Jr. se debruçam desta vez sobre uma base pouco convencional. “Nosso ambiente segue o formato circular original do espaço no Conjunto Nacional. Essa configuração inspirou todo o projeto"", explicam. O clima modernista reverbera com muita luz natural e um imponente anteparo de vidro ao longo de 117 m², nos quais sala, cozinha, quarto e banheiro funcionam como áreas de bem-estar. (Marco Antonio)
49/75 - Mônica Costa Paisagismo - Horta Urbana. Além de compor uma área verde produtiva de 100 m² em plena Avenida Paulista, a horta criada pela paisagista Mônica Costa estimula os sentidos e convida a desacelerar. O mix de aromas orquestrado pela profissional, proveniente de ervas usadas em temperos e chás, foi pensado para ativar o olfato e despertar memórias agradáveis. Móveis de formas aconchegantes se mesclam à vegetação e dão origem a um lugar de descanso para observar as texturas e se conectar com a natureza. (MCA Estudio)
50/75 - Navarro Arquitetura - Casa Araxá. O conceito do projeto está ligado às origens do arquiteto José Navarro, em Araxá, Minas Gerais. Assim surgiu a versão contemporânea de uma casa mineira, com ambientes fluidos, distribuídos em 110 m², e clima aconchegante. No mobiliário, além das peças desenhadas pelo escritório, destacam-se a poltrona MP-131, criada pelo designer Percival Lafer nos anos 1970, e a cadeira de balanço, que integram o acervo do profissional. Entre as obras de arte, preste atenção nas esculturas de Franz Weissmann e Amilcar de Castro. (MCA Estudio)
51/75 - Paola Ribeiro - Casa Essência Duratex. O espaço assinado pela arquiteta Paola Ribeiro coloca em evidência grandes painéis de madeira Nogueira Flórida, lançamento da Duratex, apresentados em boiseries modernas, bem como em estantes e no teto vazado. Generoso, o ambiente é composto de living, cozinha, adega, sala de jantar, escritório, quarto, closet, banheiro e varanda. A escolha de cores e obras de arte, o uso de transparências e a presença do verde em plantas e na pintura ressaltam ainda mais o conforto e o aconchego. (MCA Estúdio)
52/75 - Paulo Azevedo - Speakeasy. Em clima de bar secreto, o ambiente do arquiteto e designer Paulo Azevedo aposta num tom de azul fora do comum: o ciano puro avança por piso, paredes e mobiliário no espaço de 60 m². “Desenhei um projeto com o conceito de clube privado, onde amigos se encontram para tomar um drinque e colocar a conversa em dia”, afirma. A cor realça a atmosfera de mistério, assim como os detalhes de aço inox que compõem o lounge e o balcão. Obras de arte de Fernando Burjato enriquecem a paleta. (Marco Antonio)
53/75 - Quintino Facci Arquitetos - Morada da Alma. Desenvolvida pelo arquiteto Quintino Facci e sua equipe, a tiny house de 49 m² explora a relação entre o corpo humano e a arquitetura em ambientes que buscam proporcionar equilíbrio físico e mental. Materiais com toque aconchegante, como madeira e tecido, e a iluminação indireta estrategicamente posicionada resultam em conforto para os sentidos. Minimalista, a decoração exibe paleta neutra e mobiliário autoral brasileiro — algumas peças foram desenhadas pelo escritório especialmente para a mostra. (Felipe Araújo)
54/75 - Rafa Zampini - Casa Almar. Fruto de anos de pesquisa, o bangalô de 36 m² de Rafa Zampini é uma solução de casa modular desmontável no estilo tiny house. Sustentável por princípio, o projeto abraça conceitos como wabi-sabi e minimalismo, traduzidos em texturas e cores neutras, para sugerir um jeito de viver leve e descomplicado, voltado ao bem-estar. A estrutura de alumínio revestida de madeira de reúso dá forma a suíte e estar integrados, copa e banheiro, além de varanda com banheira e chuveirão. É a estreia do arquiteto na CASACOR. (JP Image)
55/75 - Ricardo Abreu - Casa Coral. Rosa é a cor predominante no projeto criado por Ricardo Abreu. Idealizado para uma mulher de 64 anos, mesma idade da personagem Barbie, o espaço exibe uma arquitetura lúdica e futurista, que faz referência ao universo do plástico usado na fabricação da boneca. Uma composição de cinco paredes abraça o ambiente e serve de metáfora às diversas camadas da vida da moradora. O colorido dessas superfícies se espalha pelos demais elementos. "Móveis, tapetes e objetos exibem variações do tom", explica o profissional. (Renato Navarro)
56/75 - Ricardo Caminada e Tota Penteado - Cabana Ri.To. Descansar, recobrar as energias e renovar as conexões afetivas estão entre as atividades imaginadas para acontecer na tiny house de 44 m² dos arquitetos Ricardo Caminada e Tota Penteado. Tons naturais permeiam o living-dormitório, a cozinha gourmet na varanda e o banheiro. Peças com identidade, como a tela da artista visual Paula Klien, os bordados de Marcelo Tambasco, o tapete produzido com garrafas PET recicladas, além de cerâmicas e objetos que carregam marcas do tempo, enriquecem o visual do ambiente. (Henrique Padilha)
57/75 - Anna Yuri e Jefferson Anthero - Loja Perigo. As linhas sinuosas da paisagem do Rio de Janeiro versus os traços retos do skyline paulistano: esse e outros contrastes desenham o projeto com o qual a marca carioca de streetwear Perigo desembarca em São Paulo. Na primeira participação de Anna Yuri e Jefferson Anthero na CASACOR, a dupla também aposta na junção de concreto e latão. A parede curva reforça a identidade da loja e o revestimento feito de resíduos têxteis traz o tema da sustentabilidade. Entre as obras de arte espalhadas pelo ambiente de 73 m², há uma instalação de Nara Ota. (Adriana Barbosa)
58/75 - Ricardo Pessuto - Jardim Tecer a Vida. Com 350 m², o espaço assinado por Ricardo Pessuto contempla jardim, gazebo com sauna e um pequeno lounge. Localizado entre algumas casas da mostra, o ambiente expressa diferentes modos de viver e propõe uma reflexão sobre os processos da vida. Cada textura, móvel, acabamento, piso e vegetação escolhidos pelo paisagista tem um propósito. Preste atenção nas plantas naturais desidratadas, no mobiliário artesanal e na tapeçaria, instalada no meio do jardim junto a um tear. (André Mortatti)
59/75 - Rubia M. Vieira - In Natura. A paixão pelos tons terrosos pautou as escolhas da designer de interiores Rúbia Vieira neste projeto, que aposta ainda nos painéis de muxarabi como outro de seus pontos focais. Para trazer praticidade, foi empregado um mobiliário solto, que enriquece o visual do ambiente graças às suas texturas. Nas portas das cabines, o desenho especial põe em evidência a discussão sobre a diversidade dos corpos e a sensação de felicidade. É a primeira participação da profissional na CASACOR. (Gustavo Awad)
60/75 - Samuel Angelo e Zeh Henrique - Loja Hybrida. Acolhimento e respeito ao tempo: as premissas adotadas por Samuel Angelo e Zeh Henrique no projeto estão afinadas com a essência da Loja Hybrida, que propõe uma curadoria afetiva em seus produtos. A filosofia japonesa wabi-sabi, conhecida por valorizar a beleza da imperfeição, orientou a escolha de materiais como madeira e pedra em estado bruto e espelhos com cortes irregulares. A paleta combina tons terrosos e cores claras. Esses elementos formam um conjunto que remete à ideia de feito à mão e se relaciona com as peças únicas expostas no local. (Henrique Resende)
61/75 - Sig Bergamin - Ciclos Deca por Sig Bergamin. Para comemorar 30 anos de Deca na CASACOR, o arquiteto Sig Bergamin concebeu uma grande praça que convida a refletir sobre a evolução do ambiente de banho nas últimas décadas e a imaginar novas possibilidades para o futuro. O espaço fluido de 420 m² apresenta seis banheiros com lançamentos da marca. Como numa linha do tempo, cada um deles celebra cores e formatos que definiram épocas e agora apontam tendências. O projeto conta ainda com cinco minilounges e proporciona uma imersão biofílica com DNA brasileiro, sensorialidade e muito verde nos revestimentos e jardins. (Fran Parente)
62/75 - Studio Costa+Azevedo - Módulo 5.3. O estúdio de 53 m² criado pelos arquitetos Josemar Costa Junior e André Azevedo comprova que é possível viver muito bem em pequenos espaços, com praticidade, conforto e sofisticação. A marcenaria protagoniza o projeto ao delimitar as áreas de estar, jantar e cozinha integradas, o quarto com home office e o banheiro -- ambientes imaginados para quem ama artes plásticas e design. Graças à curadoria de mobiliário, objetos, cores, texturas e obras de arte, a proposta abrange públicos de várias idades. (MCA Estúdio)
63/75 - Studio Guilherme Torres - Percursus. A instalação explora a correlação entre o trabalho do arquiteto e designer Guilherme Torres e a obra da artista plástica Regina Silveira. Um grande cubo branco serve de suporte ao site specific Derrapagem, no qual marcas de pneus recriam o trânsito de uma grande cidade. Adesivos de vinil recortados compõem essa criação de Regina e foram aplicados no piso de cimento polimérico branco, que se funde às paredes. Desenhado por Guilherme, o mobiliário ora transpõe movimentos sinuosos — como no sofá de couro preto Lee — ora modifica a perspectiva e a espacialidade, a exemplo da montagem Supernova, com mesas de alturas variadas. (Evelyn Muller)
64/75 - Studio Schier - Casa Terroir. O arquiteto Rodolpho Schier reuniu histórias e inspirações multiculturais (como os palacetes italianos e os projetos de interiores de Lorenzo Mongiardino) para resgatar o valor da emoção no décor. “O ambiente é um manifesto contra a funcionalidade racional, que deixa os espaços com cara de showroom”, afirma. Em sua estreia na mostra, numa área de 70 m², ele buscou criar um terroir único, ressaltando o aspecto autoral da composição. Um exemplo é o trabalho minucioso de marchetaria nas bancadas da cozinha. (Romulo Fialdini)
65/75 - Studioix by Guinter - REDEFINIR. Em vez de mascarar a estrutura do mezanino do Conjunto Nacional, Guinter Parschalk optou por manter o local como o encontrou, com vigas de concreto, barras metálicas e tubulações aparentes, e trabalhar apenas com efeitos de iluminação, sua especialidade. O nome dado ao ambiente brinca com a ideia de usar luz vermelha (“red”) para definir o perímetro onde estão expostas luminárias técnicas. Segundo o profissional, essa é a cor que melhor propicia a visualização de contrastes e, portanto, a percepção de detalhes. (Marcelo Kahn)
66/75 - Suite Arquitetos - Casa Kraftizen Cosentino. Produção industrial e confecção artesanal dialogam em cada canto do ambiente de 200 m², criado por Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon. Desse modo, o espaço busca provocar uma reflexão sobre os limites entre a intervenção humana e os avanços tecnológicos. A proposta foi traduzida numa estética que balizou a escolha de todos os elementos do projeto. Entre eles, chama a atenção a grande variedade de revestimentos, que inclui pintura artesanal à base de terra, mármore travertino e adesivo de visual metalizado. (MCA Estúdio)
67/75 - Ticiane Lima - Loft (In)terno. Antídoto contra a agitação da cidade grande, a ternura conduz o projeto da arquiteta Ticiane Lima para o espaço de 147 m². A profissional imaginou um refúgio pleno de afeto, que propicia reflexão interior e tranquilidade. Definido pelo visual minimalista e elegante, o ambiente engloba sala, cozinha, quarto, banheiro e jardim. Elementos de destaque, a lâmina de pau-ferro aquece a marcenaria e o uso de curvas suaviza a brutalidade do aço. O mobiliário reúne os mestres Sergio Rodrigues, Geraldo de Barros e John Graz. (MCA Estudio)
68/75 - ARQTAB | Maycon Fogliene - A Casa do Ser. O desenho universal inspira o loft de 67 m², no qual as arquitetas Audrey Carolini e Thamires Mendes, do ARQTAB, em parceria com o arquiteto Maycon Fogliene, propõem uma reflexão sobre a democratização do uso dos espaços. A ideia é que diferentes tipos de corpos tenham autonomia para circular entre quintal, cozinha, salas de jantar e estar, quarto, home office e banheiro, projetados com soluções de acessibilidade. Nos acabamentos, destacam-se elementos que remetem à estética das casas de vila paulistanas dos anos 1980 para trazer a sensação de pertencimento e despertar memórias afetivas nos visitantes. (Amanda Bibiano)
69/75 - Très Arquitetura - Loft Celmar. Com uma paleta que vai do rosa queimado aos tons amarronzados, o loft concebido pelo trio Fernanda Tegacini, Fernanda Morais e Nathalia Mouco foi inspirado na concha do caracol aruá-do-mato, ameaçado de extinção - a alusão à casca que oferece abrigo ao bichinho está em sintonia com o tema Corpo & Morada. Os 120 m² do ambiente contemplam quarto, banheiro, cozinha, sala de jantar, living e varanda e apresentam marcenaria personalizada, executada pela Celmar, e mobiliário desenhado pelas arquitetas. (MCA Estudio)
70/75 - Tufi Mousse Arquitetura - A Casa Morena. Na interpretação do arquiteto Tufi Mousse para o tema Corpo & Morada, a casa mimetiza uma veste. Espaços amplos e integrados, distribuídos em 152 m², envolvem os visitantes em linhas orgânicas e texturas naturais, presentes nos revestimentos e no mobiliário. O projeto exibe materiais orgânicos e sustentáveis com o objetivo de proporcionar um morar livre e despretensioso. O mobiliário inclui clássicos do modernismo brasileiro, como o carrinho de chá desenhado por Gregori Warchavchik. (MCA Estudio)
71/75 - Viganó Arquitetura - The - Bar Caracol. Cores vibrantes recebem o público na entrada do projeto, que marca a primeira participação de Luciana Viganó na CASACOR. Ao fundo, no entanto, o ar intimista e os tons sóbrios falam mais alto, numa alusão ao visual do antigo endereço do bar Caracol no centro da capital paulista. O revestimento de alumínio e o vidro iluminado dão forma ao balcão e pontuam o clima tecnológico desenvolvido pela arquiteta - um bom contraste para os tapetes artesanais que se espalham pelos 247 m² do ambiente. (André Mortatti)
72/75 - Vilaville Arquitetura - Restaurante Horta. Símbolo de persistência, trabalho e cuidado constante, a figura do jardineiro traduz o tema do ano no projeto das arquitetas Gabriela Vilarrubia e Fabiana Villegas. A vegetação abundante preenche todo o ambiente e dialoga com as formas orgânicas da arquitetura e com o uso da madeira em elementos desenhados sob medida para trazer aconchego, fluidez e modernidade. Salão principal, bar, terraço e cozinha compõem o espaço de 255 m², criado para abrigar a culinária grega do Grupo MYK. (Favaro Jr)
73/75 - Zanardo Paisagismo - Praça do Polinizador. Pensado para ressaltar a importância da polinização, o projeto do paisagista Luciano Zanardo coloca em evidência a escultura Insetos, do artista mineiro Leopoldo Martins. A vegetação inclui espécies tropicais nativas e exóticas, como bromélias e alocasias — as queridinhas de Burle Marx. A proposta foi escolher plantas perfumadas e de cores vivas a fim de atrair os agentes responsáveis por levar o pólen de uma flor a outra, atividade essencial para a preservação da natureza. Outro ponto forte do espaço é a paleta de tons vibrantes, como o azul aplicado às paredes. (Jp Image)
74/75 - Augusta Pastor e Santiago Roose - Planeta Fitocêntrico. Como serão os espaços que habitaremos no futuro? A reflexão serviu de base ao projeto dos peruanos do Studio Allá, estreantes na mostra brasileira. A arquiteta e o paisagista e designer adotam uma visão fitocêntrica em sua instalação de 70 m², abordagem segundo a qual as plantas são protagonistas na criação dos ambientes. O pátio reúne mandacarus e bromélias gigantes do Brasil, dispostos em duas grandes caixas de vidro. Ao centro, a bancada de espelhos, projetada pelo estúdio, faz companhia à mesa desenhada por Ettore Sottsass. (Leandro Moraes)
75/75 - Barbara Dundes Arquitetura - Casa Morada. Usar, de fato, cada canto da casa e mantê-la recheada de histórias é uma das premissas da arquiteta Barbara Dundes em seu espaço de 82 m²: a profissional tomou emprestado o poema “Casa Arrumada”, de Carlos Drummond de Andrade, para guiá-la na criação. Piso de pedra, iluminação sutil, filtrada por telas tensionadas, forro de madeira e um bom punhado de memórias afetivas preenchem o ambiente, que também investe no paisagismo em pontos estratégicos, como se o morador abrisse uma janela para o jardim. (Marco Antonio)