Miguel Pinto Guimarães projeta o 1º campus escolar sustentável no Recife
Nesta nova sede da Escola Eleva, a sustentabilidade é um elemento presente não só na arquitetura, mas também na ferramenta de ensino
Por Marina Pires
Atualizado em 22 nov 2021, 14:04 - Publicado em 25 nov 2021, 16:00
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(Divulgação / CASACOR)
O arquiteto Miguel Pinto Guimarães, junto ao seu escritório MPG Arquitetura, está à frente do projeto do primeiro campus totalmente sustentável da Escola Eleva no Recife. Essa é a quarta unidade da instituição projetada por ele. Nesta nova sede do colégio, que será inaugurada em 2022, a sustentabilidade é um elemento presente não só na arquitetura, mas também na ferramenta de ensino, sendo assim inserida no programa pedagógico da instituição. “A instalação de visores de acrílico em trechos do forro e de paredes específicas para visualização, respectivamente, permitirá que professores e alunos possam ter contato direto com as estratégias de sustentabilidade adotadas e explorem o debate a cerca do tema durante as aulas”, conta a MPG Arquitetura.
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“Ao tratarmos a sustentabilidade em uma instituição de ensino estamos corroborando para o desenvolvimento da consciência ambiental dos alunos desde o início da formação dos mesmos para que a sustentabilidade não seja compreendida como um tema extra, ou algo complementar”, completa o escritório.
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Segundo estudos, alunos que frequentam escolas com ambientes mais agradáveis têm maior poder de concentração e produtividade. Para esta nova sede da Escola Eleva, níveis corretos de iluminação, ruídos e conforto térmico foram trabalhados para que as melhores condições sejam oferecidas a todos os estudantes, independente da hora do dia ou da estação do ano.
Entre as principais medidas adotadas neste projeto sustentável assinado pela MPG Arquitetura, destacam-se:
Uso de reservatórios para armazenamento e reuso da água das chuvas nas bacias, mictórios e irrigação, reduzindo a pressão nas redes públicas e o consumo de água potável da escola.
Paisagismo com vegetação nativa ou adaptada, promovendo a recuperação da flora e fauna, além de reduzir os volumes de águas necessárias à irrigação.
Na construção, houve uma forte preocupação com as escolhas dos materiais construtivos e sistemas para operação, buscando conforto térmico, qualidade do ar e produtividade.
A unidade também conta com placas solares para aquecimento de parte da água usada para banhos.
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“Exploramos ao máximo as estratégias passivas fundamentadas nos conceitos de arquitetura bioclimática. A começar pelo estudo da melhor implantação possível para o edifício aliado a elementos como brises, fachadas ventiladas, cobogós, beirais entre outros”, comenta o escritório de arquitetura de Miguel Pinto Guimarães.
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Com a pandemia da Covid-19, o olhar das pessoas para as condições de comodidade, salubridade e disposição dos ambientes, principalmente aqueles que se caracterizam como espaços de permanência, como as salas de aula, tornou-se mais crítico. Assim, proporcionar espaços com luz e ventilação natural têm ganhado cada vez mais destaque dentro dos projetos de arquitetura pós-pandemia.
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“Ambientes bem ventilados naturalmente auxiliam não só no conforto térmico de locais com temperaturas externas elevadas, como Recife, assim como auxiliam na renovação e na qualidade do ar interno, sendo este último um dos fatores mais importantes a ser considerado na prevenção da proliferação de patologias virais”, explica.