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Florense está de cara nova em São Paulo: referência em mobiliário high-end, a grife inaugurou uma loja conceito na Alameda Gabriel Monteiro da Silva – ponto de encontro de arquitetos, designers e decoradores na capital. Uma preocupação com sustentabilidade deu ao projeto – criação do designer israelense
Dror Benshetrit – uma fachada com quatro instalações denominadas
houseplants, que entrelaçam natureza e arquitetura e valorizam seus potenciais de coexistência.
(Denilson Machado / CASACOR)
O conjunto de torres de aço corten integra uma área de
920 m², destinados aos quatro pavimentos da flagship. A vegetação que circunda o espaço reúne folhagens, árvores frutíferas, ervas e temperos aromáticos. A loja se expande por quatro andares, onde se constrói uma casa passível de ser vivida e apreciada. O designer se inspirou no ambiente da cozinha para estabelecer a reminiscência do lar, tendo as plantas, os vegetais e as ervas a função de evocar os traços olfativos deste espaço.
Assim, a familiaridade e o aconchego da casa foram pontos de partida para a concepção do projeto. (Denilson Machado / CASACOR)
Sem a preocupação de seguir tendência na arquitetura, Dror afirma que o conceito criado para a Florense segue uma motivação muito em alta de experiência e experimentação. "Experiências enraizadas na natureza, proporcionando às pessoas um sentido de pertencimento aos seus entornos e ao que estão vivenciando. Se pensarmos na palavra experimentação, a cozinha é a parte mais experimental da nossa casa e das nossas vidas. É um lugar de criação. Envolver essa ideia ao que fizemos aqui, revela o modo como olhamos este projeto".
A flagship conta com inovações tecnológicas, como o sistema de iluminação running magnet; a cozinha f53 de design inédito; a coleção de armários para quartos, com sistemas de abertura inovadores por magnetismo; os acessórios de iluminação para cozinhas; a coleção de acessórios inspirada na alta-costura, que combina tecidos, couro e madeira; entre outros.
(Denilson Machado / CASACOR)
A decoração se deu como produto dos trabalhos do designer Aldi Flosi e o Estudio Manus, de Daniela Scorza e Caio de Medeiros F., que buscaram alcançar a atmosfera de uma casa. Dessa forma, resgataram elementos básicos do cotidiano e os organizaram geometricamente para construir uma impressão próxima ao uso real. Blocos de cores, peças assinadas, arte, mobília vintage e objetos que instigam a memória são o diferencial nos armários. O cenário é completado por elementos naturais e minerais, palha e obras da arte popular brasileira, como a escultura do artista Zé Bezerra e um banco vindo da Ilha do Ferro. Ainda, sapatos veganos, bolsas tramadas à mão, mantas de lã e roupas de cama de linho denotam a linha natural que procuraram traçar.
(Denilson Machado / CASACOR)
A combinação com o natural é o aspecto mais marcante do projeto, traduzido nos grandes elementos esculturais e assemblages, que aliam-se às plantas de Dror e reforçam seu conceito. As peças dialogam com as proporções e materiais dos ambientes internos, respeitando a ideia de espaço criado na exuberância da natureza, em intervenções que causam momentos de surpresa e reflexão.
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