Corroborando seu papel de vanguardista do design no Brasil, a
Firma Casa, comandada por
Sonia Diniz Bernardini, marca sua participação na
SP-Arte 2022 com um espaço inteiramente voltado à obra do jovem designer catarinense
Lucas Recchia. Ele tem como premissa a
experimentação de novos materiais e técnicas que reflitam a sociedade contemporânea e os seus anseios. Duas peças já conhecidas e oito inéditas integram o acervo disponível na feira. “A
Morfa nº1 abre a exposição, simbolizando a primeira peça da minha carreira”, explica ele. “E, para fechar, a
Caco, a primeira peça de edição limitada que eu fiz”, completa.
Os móveis de caráter escultórico, que unem arte e design, evidenciam
métodos artesanais de produção, bem como os
materiais nobres e raros (e, por isso, as peças são limitadas: oito unidades e três provas do artista).
“A intenção foi
reunir técnicas ancestrais com métodos de modelagem contemporâneos e assim, alcançar um resultado estético que caminhasse desde os tempos mais remotos até os dias de hoje”, detalha o designer.
Granitos brasileiros,
quartizitos exóticos e
mármore são materiais também explorados nas mais recentes criações de Recchia. Destaque para um mármore brasileiro que remete ao conhecido Travertino vermelho e dá origem ao
banco Ganesha, esculpido em rocha natural maciça. Ou ainda a
mesa de apoio Trís, feita com mármore de reuso, a partir de pequenos pedaços da nobre rocha não aproveitados pela indústria.
O diálogo da obra de Recchia acontece também na
combinação do vidro com outros materiais. Tudo isso caracteriza um
trabalho autoral e
cheio de personalidade, características que Sonia Diniz Bernardini valoriza ao acreditar em novos designers, como já aconteceu com nomes como Irmãos Campana: “O trabalho da Firma Casa é o de detectar novos talentos, através da ousadia, criatividade, da escolha de materiais e formas”, diz ela.