O conceito de decoração afetiva e a marcenaria pontuaram a Casa Niwa, assinada pelo escritório na mostra paulista
Atualizado em 30 de jan. de 2018, 17:32 - Publicado em 13 de set. de 2017, 14:15
(Denilson Machado/)
Ao entrar na Casa Niwa, terceiro ambiente do circuito da CASACOR São Paulo 2017, o visitante se deparava com a espontânea sensação de aconchego e bem-estar. A decoração afetiva e o convívio com a natureza pontuaram o espaço assinado pelo escritório Yamagata Arquitetura, formado pela arquiteta Paloma Yamagata, pelo designer de interiores Bruno Rangel e pelo consultor de estilo Aldi Flosi.
Com toques orientais e minimalistas, o espaço reunia materiais fortes, como o concreto e a madeira escura, ao mesmo tempo em que investia na integração com o jardim, feito em parceria com o paisagista Alex Hanazaki.
A memória foi um dos principais pontos de partida para a concepção do projeto. Junto com ela, surgiu a preocupação em trazer a história e a identidade do morador refletida nos objetos e nos móveis que permeavam o ambiente. “Uma casa integrada, humanizada, com vida... uma casa de verdade”, assim Aldi define o espaço e complementa: “ela não era funcional, mas poderia ser. Tinha as proporções e layout que funcionariam em qualquer implantação".
Percorrendo todo o living, a estante desenhada por Bruno Rangel conseguia traduzir todas as aspirações da casa. Inspirado nos antigos escaninhos de correspondência, o designer trabalhou o conceito de memória nos nichos. Em cada um dos compartimentos, guias de viagens e outras peças garimpadas pelos profissionais foram acomodadas. “Como era uma casa de memórias, queríamos expor alguns objetos de viagens do morador”, explica Bruno.