Salas, quartos, lofts, cozinhas, jardins, restaurantes, galeria de arte, lojas... Conheça todos os projetos das mostras do Brasil, Peru e Bolívia
Updated at Nov 24, 2022, 11:16 AM - Submitted at Dec 19, 2022, 9:00 AM
(CASACOR/)
01/59 - Marina Linhares - Um jeito novo do mesmo jeito. Vinte anos após sua estreia em CASACOR, Marina Linhares decidiu celebrar sua décima participação na mostra planejando um espaço de convivência e diversão -- bar e canto de jogos fazem parte do living de 76 m². Cores invernais, entre o verde oliva e o rosa queimado, contribuem para o clima intimista e colocam em evidência a textura nobre do couro. Móveis projetados pela profissional dividem espaço com grandes nomes do design nacional, como Alfio Lisi, Claudia Moreira Salles, Jean Gillon, Jorge Zalszupin, numa mistura eclética e elegante. (Salvador Cordaro)
02/59 - Catê Poli e João Jadão - Praça Paulista Augusta. Oferecer um local em que os visitantes da CASACOR possam descansar em meio ao percurso é uma premissa levada a sério nos projetos de Catê Poli e João Jadão — os paisagistas repetem pela quarta vez a parceria na mostra. Nesta edição, houve um bônus: a vista privilegiada para a esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta. “É o ponto onde o sol se põe no inverno. Por isso, procuramos manter as janelas livres”, diz Catê. O mobiliário convida à contemplação e está cercado por espécies que se adaptam a condições indoor e ao plantio em vaso, como guaimbê, costela de adão, zamioculca e ciclanto. (Renato Navarro)
03/59 - Marcelo Salum - Casa Coral. O profissional reverencia a obra de Attilio Baschera e Gregorio Kramer, designers que na década de 1970 revolucionaram a produção têxtil no Brasil. "Eles criaram estampas para tecido inspiradas na nossa cultura, raízes e, principalmente, natureza", afirma Marcelo Salum. O acervo do casal, como desenhos e um piano, contém os itens mais valiosos do espaço. O ambiente conta, ainda, com mobiliário assinado por designers brasileiros e duas esculturas feitas pelo artista Juliano Aguiar, inspiradas nos homenageados. Uma paleta bem colorida completa o décor cheio de vibração. (Denilson Machado)
04/59 - Todos Arquitetura - Casa Eté Duratex. O projeto do escritório liderado por Maurício Arruda celebra o reencontro depois de anos tristes e silenciosos. "É ficar diante da verdade, da diversidade, da coragem, do colorido, da informalidade e das raízes da nossa identidade brasileira tão linda e acolhedora", diz o arquiteto. Para criar essa atmosfera, há muitas cores nos ambientes. As mais quentes — como ocre, vinho e terracota — dão vida à área social enquanto a paleta fria está presente no quarto e banheiro. Além disso, painéis de MDF com padrões coloridos e ripados de madeira completam o clima aconchegante. (Salvador Cordaro)
05/59 - Tufi Mousse Arquitetura - Studio Alfi. A vida pode ser pesada, mas se sustenta com leveza - essa analogia define o desenho da mesa Alfi, criação de Tufi Mousse que serviu de inspiração para o desenvolvimento do ambiente de 50 m², assinado pelo profissional e sua equipe. Merecem olhar atento a bancada da ilha e a torre funcional da cozinha, assim como as obras de arte, que incluem uma serigrafia de Alfredo Volpi e uma tela da dinamarquesa radicada no Brasil Mai-Britt Wolthers. Esta é a terceira participação do escritório catarinense, com sede em Joinville e uma divisão em São Paulo. (Denilson Machado)
06/59 - Alexandre Gedeon e Hugo Schwartz - Raízes. A dupla à frente Intown Arquitetura traz para a mostra deste ano um pouco de sua experiência na criação de habitações temporárias, mercado que sofreu crescimento exponencial durante a pandemia devido à busca por isolamento. Elementos que propiciem aconchego e tranquilidade são fundamentais em projetos assim, daí o uso de cores ligadas à natureza, entre tons pastel e terrosos, e de formas orgânicas, a exemplo do painel ripado do quarto. Para criar o clima de casa, as obras de arte são imprescindíveis. Nomes como Jorge Mayet, José Damasceno e Mano Penalva integram o acervo do loft de 95 m². (Denilson Machado)
07/59 - Otto Felix - Casa LG. Paredes erguidas com tijolos de vidro e mobiliário vintage integram o rol de elementos que Otto Felix selecionou para homenagear o patrimônio modernista dos anos 1950 em seu espaço de 415 m². Em contraste, a inovação aparece nos eletrodomésticos de última geração que povoam cada um dos ambientes da Casa LG. Destaque para a mesa de jantar de Jean Gillon e o grande sofá do living, criado pelo arquiteto especialmente para sua terceira participação em CASACOR. (Denilson Machado)
08/59 - Ricardo Abreu - Restaurante 00:00. Linhas orgânicas e muita vegetação se destacam no restaurante, instalado no terraço do Conjunto Nacional, que incorpora o conceito de design biofílico. "O ambiente provoca a olhar com interesse estético os espaços esquecidos e abandonados nos grandes centros urbanos", declara o arquiteto Ricardo Abreu. Ao todo, são 25 ilhas invadidas por marantas, dracenas, capins, lambaris e outras espécies de herbáceas, folhagens e arbustos. Além da natureza, o design assinado também está presente, com peças criadas por nomes como Samuel Gerber, André Grippi e Murilo Weitz. (Renato Navarro)
09/59 - Lucas Takaoka - Casa Cosentino Embaúba. O nome Embaúba vem de uma árvore nativa brasileira comum em regiões que sofreram desmatamento. Por ter crescimento acelerado, a espécie auxilia todo o bioma. "Esta casa representa a ressignificação da vida. A definição de novas prioridades, como a busca por ambientes abraçados pela vegetação", explica o arquiteto Lucas Takaoka. Segundo o profissional, assim como a mata procura se reequilibrar, o ser humano pode aprender a se cuidar melhor. No mobiliário, destacam-se peças assinadas pelo escritório do arquiteto, como a mesa e as cadeiras de jantar, o pendente, as poltronas e o sofá (Gabriela Daltro)
10/59 - Patrícia Hagobian - Casa Vértice Dunelli. Com o objetivo de criar um local que favorecesse o convívio, a arquiteta Patricia Hagobian apostou na convergência de atividades. "O projeto é dinâmico, feito para receber os amigos, a família e ter reuniões de trabalho, propiciando a interação entre os moradores", explica. No coração da casa, um living multifuncional foi mobiliado com lançamentos da Dunelli. Tons terrosos, avermelhados e amendoados completam a decoração e criam um clima aconchegante. O espaço busca ainda dialogar com a arquitetura do edifício. Afinal, o Conjunto Nacional também é um palco de encontros. (Gabriela Daltro)
11/59 - Caio Bandeira e Tiago Martins - Lounge Universo Singular. A liberdade de viver sem filtros, num lugar que revigora diariamente as energias, direcionou a dupla à frente do Architects + Co. No espaço de 68 m², as diferentes texturas das superfícies, a paleta clara e a iluminação suave despontam como um conjunto de gatilhos sensoriais, reforçados pelo exuberante paisagismo. Móveis de formas orgânicas e as obras de arte de Iuri Sarmento trazem conforto visual. Note ainda a mescla de retalhos de granito no piso. É a quarta participação de Caio e Tiago em CASACOR - as duas primeiras aconteceram na Bahia; a terceira, em São Paulo. (Renato Navarro)
12/59 - Léo Shehtman - Luz e Sombra. Há 34 anos participando de CASACOR, Léo Shehtman assina um espaço de 80 m², que tira partido do jogo de luz e sombra na arquitetura. "Esse recurso realça ainda mais a beleza natural dos materiais que escolhi e traz leveza aos itens mais claros e escuros", explica. Como destaque do projeto, o arquiteto cita o mármore panda, que exibe veios naturais bastante aparentes e compõe a decoração pautada em preto e branco. "Os mármores são verdadeiras obras de arte da natureza", conclui. (Denilson Machado)
13/59 - Juarez Cruz - 22#ZERO1. Nem muito, nem pouco, mas o suficiente: o significado da palavra sueca ‘lagom’, sem tradução precisa para o português, deu direção ao projeto de 60 m² do arquiteto Juarez Cruz em sua primeira participação na edição paulistana da CASACOR - ele já esteve em outras cinco mostras no Rio Grande do Sul. “Diante de toda a correria cotidiana, lagom é um alívio bem-vindo. Nessa filosofia, o bem-estar não deve vir das coisas materiais e sim de um estado de espírito”, detalha. O conceito transparece no ambiente com piso de carvalho, móveis de Guilherme Wentz e obras de Eduardo Haesbaert, Hugo França e Túlio Pinto. (Denilson Machado)
14/59 - Gustavo Martins - Loft UM. "Pilares e laje expostos valorizam os elementos originais do prédio e reforçam a identidade urbana do espaço de 67 m² assinado por Gustavo Martins, que participa pela quinta vez da CASACOR. Móveis dos designers Thiago Curioni e Roberta Baqueri atraem o olhar, assim como o piso de ladrilho hidráulico instalado junto da parede de pedra basaltina. O desejo de despertar os sentimentos de pertencimento e proteção são colocados em prática por meio da conexão entre arte e tecnologia." (Renato Navarro)
15/59 - Gustavo Paschoalim e Frederico Cançado - Restaurante Tropical. Para criar o restaurante, o arquiteto Gustavo Paschoalim e o paisagista Frederico Cançado começaram pela concepção do jardim. "Nossa ideia foi trazer o verde para dentro e proporcionar a apreciação da natureza a todo o momento", diz Gustavo. Nos interiores, linhas retas e curvas se mesclam para receber o público em uma atmosfera de calmaria. A paleta combina dourado e verde, em referênci ao paisagismo, e o mobiliário homenageia o design brasileiro das décadas de 1960 e 70. (Salvador Cordaro)
16/59 - João Daniel Arquitetura - Livraria. Diante de livros, abre-se um infinito particular, expressão-mote da CASACOR deste ano. Em sua segunda participação, o arquiteto João Daniel inventou, para os 68 m² do ambiente, estantes que se transformam em pórticos e trazem o clima acolhedor que só as bibliotecas conseguem oferecer. A solução de manter aparente a laje nervurada existente no edifício tombado traz contraste para o projeto. Instalado sobre as esquadrias, o díptico do fotógrafo Daniel Mansur transforma o lugar inusitado em atrativo para os olhos. (Renato Navarro)
17/59 - Mônica Costa Paisagismo - Jardim dos Guaimbês. Em 600 m² se espalha um jardim de vasos, com folhagens tropicais exuberantes, de texturas e tons variados. Guaimbês, ravenalas, ondulatas e palmeiras nativas estão entre as espécies escolhidas por Mônica Costa para compor o espaço. "A ideia foi criar uma gostosa sensação de estar rodeado por natureza para quem passa pela passarela de ligação entre os livings", diz. Com o objetivo de garantir um jardim viçoso durante todo o período da mostra, a paisagista escolheu plantas adequadas às condições de iluminação do Conjunto Nacional. (Gabriela Daltro)
18/59 - Beatriz Quinelato - Espelho da Alma. Pórticos inspirados no desenho das janelas da área residencial do Conjunto Nacional são o principal elemento construtivo do espaço de Beatriz Quinelato e traduzem o desejo de lançar um olhar poético para a vida no interior do edifício. Elementos do ambiente trazem memória afetiva, como os azulejos 20 x 20 cm com estampa baseada em formas da natureza. O tema Infinito Particular foi evocado nas intervenções artísticas, a exemplo da tapeçaria de Alex Rocca e do Quadro Avesso, criação da Beatriz Quinelato Design. A cama e o tapete também levam a assinatura da arquiteta. (Renato Navarro)
19/59 - Murilo Lomas Arquitetura - Living Art. "Refúgio e individualidade são palavras que revelam a intenção de Murilo Lomas ao desenhar seu loft de 120 m². O ambiente traz uma proposta de renovação do acervo de obras de arte ao longo da mostra. Entre os nomes eleitos para decorar o espaço com clima de galeria, destacam-se Janaina Tschäpe, Nuno Ramos e Franz Ackermann. No quesito mobiliário, o trabalho de grandes designers brasileiros fala alto nas vozes de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Lucas Recchia e Victor Leite, sobre uma base que tem piso de carvalho na paginação chevron ao lado de bancadas com rochas ornamentais exóticas." (Salvador Cordaro)
20/59 - Ana Weege - Estúdio Boreal. Influências da arquitetura de grandes palácios, filtradas pelo repertório da profissional, compõem o ambiente de Ana Weege em sua segunda participação na mostra. Inspirada em Versalhes, a paginação do piso de madeira se assemelha a um quebra-cabeça. Peças desenhadas pela arquiteta, como a mesa de jantar e a cômoda com gavetas revestidas de cerâmica, se unem ao sofá original de Percival Lafer. O nome do projeto faz referência à profusão de cores da aurora polar e também à obra Boreal, de Sergio Lucena, que sintetiza o clima do espaço. (Gabriela Daltro)
21/59 - Plantar Ideias - Sol:.ar. Os sócios Luciana Pitombo e Felipe Stracci são os autores da grande praça de 280 m² que conecta sete ambientes distintos da mostra com muita tropicalidade. É possível reconhecer a influência de Burle Marx no trabalho da dupla na seleção de espécies nativas da Mata Atlântica, nas texturas dos pisos e no desenho orgânico das arquibancadas que receberão o público visitante. Um olhar mais atento capta ainda referências aos Bichos de Lygia Clark nesta sexta participação do escritório na CASACOR. Muitos dos revestimentos usados são refugos de processos industriais e integram elementos modulares que serão reaproveitados ao fim da mostra. (Salvador Cordaro)
22/59 - Pedro Luiz de Marqui - THEBAR.COM + CARACOL. Conceitos como distorção, brutalidade, miragem e vibração norteiam o projeto assinado pelo arquiteto Pedro Luiz de Marqui. "A ideia é provocar a sensação de movimento. Para isso, procurei trabalhar com elementos lúdicos e atraentes", diz. Na área do bar, a mesa desenhada pelo profissional captura o olhar - a peça foi esculpida num granito e por ela corre um curso d'água que desemboca numa cuba. Verde escuro, cinza, rosa e roxo compõem a paleta, que tem, ainda, toques de metalizados para trazer um clima futurista. (Renato Navarro)
23/59 - Sig Bergamin - Artsy Lounge. "Pedras exóticas dispostas no piso com uma paginação nada convencional recebem os visitantes no living de 80 m² assinado por Sig Bergamin. Outra solução arquitetônica que seduz olhar é o painel de madeira que deixa vazar luz e cor para o restante do ambiente. Tons especialíssimos de laranja e azul preenchem a paleta e criam contraste com o padrão de pau-ferro presente na marcenaria. “É sempre um prazer participar da CASACOR. Em um lugar tão icônico como o Conjunto Nacional, acredito que mais pessoas terão a possibilidade de visitar a mostra. Estamos democratizando o acesso”, afirma o arquiteto. (Romulo Fialdini)
24/59 - Studio HA - Prosa e Poesia. O olhar passeia pelo ambiente e encontra materiais naturais por toda a parte, entre eles madeira certificada, barro e palha, que trazem a alma brasileira para a decoração. As cores seguem o mesmo tema, com uma paleta suave, quase monocromática, na qual destacam-se os tons terrosos. Uma nuance rosé colore a arte muralista de cerâmica, que completa o ambiente. "Garantir uma atmosfera de bem-estar foi o grande desafio do projeto", afirma Flavia Burin, que lidera o Studio HA. Com esse clima delicioso, a profissional quis ressaltar os 70 anos da Ofner e a importância de cada pessoa envolvida na trajetória da marca. (Renato Navarro)
25/59 - Barbara Dundes Arquitetura - Estúdio Bereshí. O nome do ambiente de 47 m² criado por Barbara Dundes deriva da palavra hebraica que inicia o primeiro livro do Pentateuco, traduzida como “no princípio”. De acordo com a profissional, a expressão se refere tanto ao retorno à essência como aos momentos de recomposição após um trauma. A ideia de juntar os cacos para dar origem a algo novo está expressa no piso de fragmentos de pedra natural proveniente de descarte. Por sua vez, a caixa ao fundo do espaço, de tauari certificado, representa um casulo para a introspecção, onde uma claraboia deixa entrar a luz. (Denilson Machado)
26/59 - Weiss Arquitetura - Apê Paulista. Pontos mais vibrantes de azul, ocre e vermelho passeiam sobre a base neutra, que vai do cinza ao preto, na paleta escolhida pelos sócios Barbara Garcia de Carvalho e Tide Junqueira para o estúdio de 37 m². Em busca de um clima voltado para a vida real, a dupla elegeu móveis acolhedores e que cumprem bem sua função, mas discretos. A ideia é valorizar a boa companhia da arte e fazer com que os olhares se voltem para a seleção de obras de Antônio Peticov, Carlos Muniz, Renato Gaiofato, Selma Parreira, Sandro Torres e Sônia Menna Barreto. (Gabriela Daltro)
27/59 - Gregory Copello - Estúdio Ostuni. Ostuni, na região da Puglia, Itália, é conhecida como a cidade branca. Com essa inspiração, Gregory Copello criou seu estúdio. "O espaço proporciona uma imersão por meio da mistura de elementos tradicionais, como o tijolo e a madeira, clássicos, a exemplo do mármore, e contemporâneos, como o aço-carbono", explica o arquiteto. O profissional buscou temperar o ambiente com a leveza e o acolhimento do povo italiano como forma de evocar o tema Infinito Particular. (Denilson Machado)
28/59 - WM Arquitetura - Aroma & Arte. Toda a simbologia associada às flores desde tempos ancestrais e que envolve temas como amor, beleza, perfeição, fertilidade e nascimento, serviu de base para o projeto das arquitetas Anete Weber e Rafaella Marques em sua segunda participação na mostra. A suavidade guiou a escolha de tons terrosos e rosados e formas delicadas — opções afinadas com o portfólio de aromas da Mels Brushes, disponível no ambiente. Delicie-se com os perfumes, mas não deixe de reparar no teto, onde foi colocada uma obra de origamis da artista Verônica Jamkojian. (Renato Navarro)
29/59 - Zanardo Paisagismo - Terraço Hélade. "A vida compartilhada imaginada pelos gregos do mundo antigo inspiraram o desenho deste projeto de 140 m², localizado no terraço do restaurante. A vontade de conectar histórias e celebrar a retomada dos encontros criaram a base do jardim desenhado por Luciano Zanardo em sua terceira participação na CASACOR. O trio de fontes e o conjunto de mais de 60 vasos vietnamitas convidam à contemplação, assim como a paleta calma, dominada por tons de branco e azul, e a perfumada seleção que traz as espécies mediterrâneas alecrim, lavanda e oliveira." (Renato Navarro)
30/59 - Helô Marques - Carandá. O ateliê botânico de 72 m², criado pela arquiteta Helô Marques, foi inspirado numa fase de sua vida, no começo da pandemia. "Mudei completamente de estilo de vida e me recolhi durante seis meses numa fazenda com meu marido e filhos", diz. Nessa experiência, ela assimilou a simplicidade do campo e decidiu aplicar em seu ambiente o conceito de estufa para criar um visual baseado em elementos telúricos. Entre eles, terra e mármore bruto nas paredes. Madeira de demolição, folhagens, flores, temperos e aromas completam o cenário e remetem ao ideal de vida plena. (Gabriela Daltro)
31/59 - Quintino Facci Arquitetos - Praça Terra Madre. "Vista do alto, a praça de 220 m² assinada por Quintino Facci exibe o símbolo do infinito segmentado, escolhido para representar esperança e reconstrução. A volta às origens ilustra bem o mote da Praça Terra Madre, que ganhou uma paleta que passeia pelos tons neutros. A lareira Balaio e as mesas laterais de mármore são criações do escritório, que participa pela segunda vez da CASACOR - a primeira delas foi no ano passado, em Ribeirão Preto. Dedique atenção aos tapetes e obras de arte que preenchem o ambiente e despertam reflexões sobre as virtudes humanas." (Renato Navarro)
32/59 - Wesley Lemos - Estúdio AMORPHOUS. O arquiteto Wesley Lemos estreia na mostra paulistana com um estúdio de 37 m², desenvolvido para um jovem casal apaixonado por arte contemporânea, design brasileiro e literatura. No mobiliário, antigo e novo se misturam, com destaque para peças assinadas por Percival Lafer, Zanini de Zanine e Victor Vasconcelos. Segundo o profissional, o projeto reflete a interlocução com o design-arte erudito e popular que caracteriza o trabalho de seu escritório, o qual define como uma empresa sotero-sergipana. "Chegamos à maturidade, com 23 anos de estrada", comenta. (Gabriela Daltro)
33/59 - Priscila Cox - Café Modernista. A arquitetura do Conjunto Nacional foi a inspiração para Priscila Cox desenhar seu ambiente. "Trouxe as linhas e proporções da esquadria para a fachada. Dali, elas seguem para a marcenaria e a alturas dos quadros", explica a arquiteta. Na paleta, predominam as cores primárias, vindas da Bauhaus, que influenciou o modernismo, como azul, vermelho e amarelo. Sobre o tema da mostra, a profissional revela: "Trouxe dois elementos do meu infinito particular. O primeiro são os quadros do Goca Moreno, artista plástico baiano de que gosto muito, e a mesa de luz, que fica na entrada e me acompanha desde a época da faculdade". (Gabriela Daltro)
34/59 - Roberto Migotto - Senses Hall Deca. "São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e até Miami já puderam ver de perto os projetos que Roberto Migotto criou em suas mais de 20 participações na CASACOR. Desta vez, ele e sua equipe desenharam um refúgio que busca transmitir a sensação de calma. Ao longo dos 530 m² do espaço desenvolvido para a Deca, a paleta de cores sóbrias ganha ares asiáticos. A escolha de materiais passeia livre pelas muitas texturas de revestimentos e divisórias -- um estímulo sensorial que faz parte da experiência da visitação. Note a fluidez nas mudanças de níveis no ambiente e nas curvas de parte do mobiliário." (Denilson Machado)
35/59 - Gabriel Fernandes - Somos. Em sua estreia na mostra, o arquiteto Gabriel Fernandes criou um espaço que fala sobre o coletivo. "Minha intenção é dar voz a bons projetos e valorizar nossa origem e ancestralidade. Mostrar uma síntese de experiências adquiridas. Por isso, o nome do espaço é Somos", afirma. A arquitetura vem sem excessos e monocromática, com revestimento de ladrilho hidráulico na cor bege e marcenaria com réguas curvas, que atua como um invólucro. "Os ripados trazem movimento, uma dança para o olhar e o sentir", completa. (Denilson Machado)
36/59 - Carolina Scarpelli - Espaço Verso. Logo na entrada do banheiro unissex, a disposição dos espelhos produz o efeito de reflexos infinitos e permite que os visitantes percebam o espaço como um todo. O projeto de Carolina Scarpelli, que estreia na CASACOR, possibilita ainda a interação dos usuários com as imagens graças a uma tela que transmite informações e reage a estímulos. Ao mesmo tempo em que emprega tecnologia de ponta, o ambiente faz referência ao estilo greco-romano e sua ideia de triunfo por meio do uso de arcos. As formas arredondadas também aparecem na poltrona Madame, de Ricardo Van Steen. (Renato Navarro)
37/59 - Elaine Vilela de Sousa - Ilha de Conforto Golden Hour. "O desejo de estar com os amigos e aproveitar esse momento para recarregar as energias são as bases que Elaine Vilela de Sousa usou para desenhar o ambiente de 65 m² que marca sua segunda participação em CASACOR. Tons de dourado, iluminação delicada e fotografias de Melo Bastos pontuam o espaço de descanso, que também pretende ser palco de novas conexões. O cuidado com a sustentabilidade merece atenção pelo uso de revestimentos com certificação de origem e seu possível reaproveitamento ao final da mostra." (Renato Navarro)
38/59 - Karol Suguikawa - LOUNGE I'MPRESS IMPRESS. Os jornalistas que atuam na cobertura da CASACOR São Paulo 2022 têm à disposição um lounge de 43 m², criado pela designer Karol Suguikawa. A ambientação do espaço traz um manifesto que reivindica o espaço da mulher trans na arquitetura e no design. Localizado logo na entrada da mostra, o ambiente tem como destaque peças de design escultural e criações que fazem parte de um método concebido pela profissional chamado Vértice, que inclui uma estante inspirada no Teatro Oficina — obra da arquiteta Lina Bo Bardi. (Renato Navarro)
39/59 - Lídia Maciel - Casa Bruma. Por trás da cortina, há surpresa. “Projetamos uma experiência em que o espaço se revela através da bruma, uma névoa suave em forma de elemento arquitetônico, limpo, leve e delicado”. Assim a arquiteta Lídia Maciel e sua equipe desenvolveram o conceito do ambiente de 110 m², posicionado diante das passarelas do Conjunto Nacional. Uma cadeira de jacarandá original de 1950, assinada por Giuseppe Scapinelli, ganhou tratamento de obra de arte -- e o restante das telas e esculturas foram selecionadas entre criadores ainda ativos em seus trabalhos. No total, a equipe de Lídia Maciel já participou de quatorze edições de CASACOR, entre São Paulo, Rio Grande do Sul e Punta del Este. (Denilson Machado)
40/59 - Sabrina Salles Arquitetura | Design - Canto da Toscana. Um pouco de história e um pouco de modernidade se mesclam no ambiente que Sabrina Salles criou para sua estreia em CASACOR. A tradição dos barões do café e a herança cultural dos imigrantes italianos podem ser reconhecidas nos 49 m² do espaço por meio da paleta terrosa. Obras de Alessandro Gruetzmacher, Cris Conde e David José despertam memórias afetivas, assim como a forte ligação com a natureza vista no paisagismo. Destaque para a ilha, o pergolado da entrada e a paginação do piso, pensados para transmitir a sensação de acolhimento. (Gabriela Daltro)
41/59 - Metro para Oficina Francisco Brennand - Cerâmica Brennand. "Uma intervenção forte e respeitosa ao espaço pré-existente: essa ideia define bem a adequação da antiga fábrica em Recife convertida em ateliê-museu para as obras de Francisco Brennand. E reflete também o delicado trabalho feito pelo escritório Metro Arquitetos na criação do espaço comercial de 42 m² que vai mostrar ao público o universo do artista das cerâmicas. A preservação de sua memória será celebrada ainda com o lançamento do site que permitirá as vendas digitais da Oficina Francisco Brennand, com 100% do lucro revertido para a programação educativa e sustentabilidade do museu." (Renato Navarro)
42/59 - Joe Filho Arquitetos - Baño Tulum. Estreantes na CASACOR, os arquitetos Joe Filho e Talitha Cassettari se inspiraram numa viagem a Tulum, no México, para criar um banheiro aconchegante. Revestimentos naturais, peças de toque artesanal e cores neutras remetem à tranquilidade do lugar. Além disso, ajudam a proporcionar uma experiência sensorial aos visitantes. "O espaço está imerso em som ambiente, com músicas e efeitos sonoros da costa mexicana", conta Joe. Ao incorporar uma referência pessoal à decoração, os profissionais inseriram o ambiente no tema Infinito Particular. (Renato Navarro)
43/59 - Mauro Contesini - Ponto Particular. Inspirado no conceito Infinito Particular, o paisagista e engenheiro agrônomo Mauro Contesini criou um espaço repleto de natureza, pensado para o descanso e a contemplação dos visitantes. Como foco de atenção no projeto está a tela do artista plástico e fotógrafo João Di Souza, que representa a vida e traz uma explosão de cores. "O clima intimista do ambiente nos permite fazer uma pausa para refletir sobre o nosso tempo", completa o profissional. (Renato Navarro)
44/59 - Fernanda Rubatino Arquitetura - Nescafé Gold Experience. As montanhas de Minas Gerais, região que faz parte da história do café no Brasil, inspiraram a arquiteta Fernanda Rubatino na criação do ambiente. Linhas curvas estão por toda a parte no espaço, onde o grão é protagonista. "Para a decoração, escolhi obras de arte e poltronas confortáveis para os visitantes curtirem o momento enquanto degustam a bebida preparada pelos baristas", conta. Cores quentes completam o visual e trazem um clima aconchegante. Um detalhe interessante: os tubos que mostram as diferentes torras do café foram sobrepostos ao papel de parede de linho, que lembra a textura dos sacos usados para armazenar o grão. (Renato Navarro)
45/59 - Rosa May Sampaio - Vivendo o Infinito. Ter muitas possibilidades dentro de um mesmo espaço é a proposta da designer de interiores Rosa May Sampaio para seu ambiente de 80 m2. "A ideia foi integrar tudo no living: área de estar e jantar, escritório, biblioteca, bar e lareira", afirma. Entre os destaques do mobiliário está o sofá desenhado pelo dinamarquês Morten Georgsen e a mesa de centro assinada por Jacqueline Terpins. No acervo de arte, chamam a atenção a obra do venezuelano José Antônio Hernandes Diez, fotografias de Janaina Tschäpe e Lucas Lenci e tapeçaria contemporânea do francês Jean Lurçat. (Renato Navarro)
46/59 - Larissa Abreu - Ótica Caleidoscópica. "Utilidade e beleza caminham juntas no projeto que Larissa Abreu concebeu para a ótica -- ali estão expostos quinhentos pares de óculos e há lugar para outras mil unidades estocadas no espaço de 50 m². O despojamento está muito bem representado pelo ladrilho hidráulico e pelo verde do paisagismo, feito com plantas preservadas. Peças de cerâmica de Cida Lima, dispostas na vitrine, colocam foco na brasilidade. Vidros canelados retroiluminados e uma paleta de branco, cinza e preto deixam o cenário ainda mais atraente." (Renato Navarro)
47/59 - Pedro Paulo Franco. Contemplação (ao Tempo). Reconstruir o futuro valorizando as marcas do passado é a filosofia embutida na técnica oriental do kintsugi e também no projeto de 100 m² que Pedro Franco desenvolveu para sua estreia em CASACOR. A reflexão sobre o tempo aparece de diversas maneiras, com destaque para a escultura do artista Jeff Koltro, que ganha novos contornos a partir de diferentes pontos do ambiente, e do letreiro de neon com a frase de impacto. O designer assina também a criação das cerâmicas do piso e do sinuoso sofá Underconstruction, peça única com 8 m de comprimento. (Salvador Cordaro)
48/59 - Guto Andrade Arquitetura - BALUWÉ EXU O'NAN. A divindade africana conduz os visitantes a um dos primeiros ambientes da mostra, junto à entrada. São 23 m² dedicados à casa de banho de Exu. Em sua primeira participação na CASACOR, Guto Andrade celebra a diversidade religiosa fazendo referência aos reinos africanos de outrora - começa na paleta que caminha entre preto e vermelho e segue até o revestimento de ardósia, pedra muito utilizada como piso de terreiros de candomblé e umbanda. “Quis trazer esse simbolismo a uma das maiores mostras de arquitetura e design do mundo a fim de declarar a relevância do assunto e defender a busca pelo respeito ao diferente”, revela o arquiteto. (Renato Navarro)
49/59 - Debaixo do Bloco - Galeria Nova Modernista. "Recepção ou galeria de arte? A dúvida fica no ar diante do garimpo que Clay Rodrigues traz para o espaço de 100 m² em sua primeira participação na mostra paulistana, terceira no total, visto que o arquiteto já assinou ambientes em edições brasilienses. Branco e vermelho colorem a paleta, num flerte com trabalhos de Lina Bo Bardi. Repare no conjunto de poltronas de Oscar Niemeyer, bufê de Giuseppe Scapinelli, carrinho de Carlo Hauner e nas telas e esculturas de Daisy Xavier, Francisco Galeno, Roland Gebhardt e Viviane Rosa, reunidos em homenagem ao centenário da Semana de Arte de 1922. (Gabriela Daltro)
50/59 - Carlos Navero Arquitetura - Galeria Pirajuí. Imagine estar dentro de uma piscina: essa é a intenção do projeto de Carlos Navero para a galeria de arte da mostra. Por meio do uso de pastilhas azuis no formato 5 x 5 cm, em colunas, bancos de apoio e piso, o profissional propicia a sensação desejada, alcança a uniformidade visual e remete à arquitetura de Artacho Jurado, também lembrada nos tons de rosa presentes no ambiente. O espaço encontra no colecionismo seu modo de abordar o tema Infinito Particular. Poderoso, o conjunto de obras inclui uma escultura cinética de Abraham Palatinik composta de 120 peças. (Renato Navarro)
51/59 - Vilaville Arquitetura - Banho Zahir. O banheiro das arquitetas Fabiana Villegas e Gabriela Vilarrubia tem como base as formas da natureza e a pedra ônix. "Usamos apenas dois tipos de revestimentos — tinta à base d'água e porcelanato — para uniformizar o espaço e garantir um visual atemporal", explica Fabiana. A ideia da dupla é que os visitantes possam relaxar, sentar e apreciar a atmosfera gostosa do espaço durante a visita. Para isso, desenharam um pufe de formato orgânico. "O tapete, também criado para a mostra, exibe estampa em zigue-zague, o que traz movimento para o décor", conclui Gabriela. (Gabriela Daltro)
52/59 - Edgar Rochell + Janaina Casagrande - Estúdio 09. A dupla de arquitetos Edgar Rochell e Janaina Casagrande buscou inspiração na vida noturna paulistana para criar um estúdio com tons de cinza. "A paleta flutua nessas nuances e traz um toque divertido com cores pontuais nos objetos e nas obras de arte", diz Edgar. Com uma atmosfera dramática, o espaço proporciona sensação de aconchego por meio de texturas no sofá, poltrona e cama, além da iluminação indireta. Destaque para o lustre de latão dourado, da Ralph Lauren, que tem foco na obra de arte de José Leonilson. (Renato Navarro)
53/59 - Gabriela Mendes - Casa das Joias. "Ao conciliar paredes curvas com o lustre de cristais - criado e montado por sua equipe -- e uma cartela de cores voltada para os beges, a arquiteta Gabriela Mendes criou um espaço nobre para os 40 m² da joalheria da mostra. A mesa de mármore branco e os expositores de acrílico também carregam o traço do escritório, que participa pela segunda vez da CASACOR. “Tivemos a intenção de fazer com que o olhar do visitante não tenha um só foco, mas que percorra todo o ambiente, contemplando desde os volumes criados na arquitetura até os pequenos detalhes das joias expostas”, conta Gabriela." (Renato Navarro)
54/59 - Samuel Angelo - Loja CASACOR by Hybrida. O estilo da loja é definido como nu e cru por Samuel Angelo. "O espaço enaltece as formas e a alma do projeto original do Conjunto Nacional ao mesmo tempo que contrasta com elementos aconchegantes", diz o arquiteto. Exemplo disso é o adobe reproduzido em tecidos finos, que compõem uma instalação em homenagem ao fazer manual. Outro destaque da ambientação é a cenografia do conjunto Manequins e Pedra, produzida com termoplástico biodegradável e de origem vegetal — derivado do amido de milho. (Salvador Cordaro)
55/59 - Daiane Antinolfi - Galeria dos Restaurantes. Criar a identidade de um espaço de conexão entre ambientes é sempre um desafio. Em sua primeira CASACOR, Daiane Antinolfi conseguiu dar clima de galeria ao caminho entre os restaurantes da mostra. Nos 75 m² de área, a circulação ganhou painéis de madeira, inclusive em trechos do teto, para gerar a sensação de acolhimento. Nomes de peso da fotografia preenchem as paredes - Akira Cravo e Juan Esteves entre eles - até chegar ao pequeno lounge que antecede o banheiro unissex. “A proposta é compartilhar espaços com mais igualdade e sem tabus”, afirma Daiane. (Renato Navarro)
56/59 - Francisco Cálio - Estúdio 11. E se as paredes não chegassem até o teto? O ambiente de 96 m² imaginado por Francisco Cálio se vale de transparência e integração para compor o universo de um casal que adora recepcionar a família e os amigos em clima descontraído. Apenas panos de vidro delimitam o terraço, favorecendo a conexão entre o espaço interno e o jardim. Os tons fendi e dourado colorem a paleta com suavidade, transmitindo fielmente a identidade do escritório em sua décima oitava edição de CASACOR. (Salvador Cordaro)
57/59 - Brunete Fraccaroli - Através do Olhar. Aprendizados trazidos pela pandemia levaram Brunete Fraccaroli a projetar um ambiente que propõe seguir adiante com mais leveza. “Desenvolvi um living contemplativo, espaço que busca, por meio de tons neutros e transparências, provocar uma reflexão sobre o olhar, o futuro e as possibilidades que nos cercam”, diz. A arquiteta priorizou o branco e as formas arredondadas. Além disso, trabalhou com elementos translúcidos, como os lustres feitos de tecido e perfil de LED flexível. Na estante, a composição alterna cheios e vazios - um lembrete de que a vida é repleta de oscilações. (Renato Navarro)
58/59 - Consuelo Jorge Arquitetos - Templo de Memórias. A arquiteta Consuelo Jorge criou um ambiente acolhedor, intimista, com espaço de meditação e relaxamento. A profissional trouxe suas memórias pessoais e das mostras CASACOR de que já participou – foram 15 edições! "Na suíte, faço uma homenagem à minha mãe com uma instalação de 42 telegramas que ela recebeu em seu casamento, em 1954", conta. Um dos destaques é o painel com chanfros assimétricos que atravessa todo o espaço, revestido de tecido, além da mistura de texturas."Produtos naturais, como palha, linho e madeira, contrastam com alumínio e vidro". (Denilson Machado)
59/59 - Nildo José Arquitetos | NJ+ - SERTÃO PORTINARI. O espaço de 250 m², assinado pelo escritório de Nildo José, é uma homenagem ao sertão brasileiro e ao cangaceiro, figura presente na obra do artista Cândido Portinari. O arquiteto baiano, de Feira de Santana, trouxe suas raízes e o universo da arquitetura, no qual mergulhou quando chegou a São Paulo, para criar seu Infinito Particular. O clima do ambiente é reforçado pelas cores naturais. "Além dos tons terrosos e crus, que remetem ao sertão, buscamos explorar os verdes das palmas e mandacarus e o azul do céu", afirma. (Denilson Machado)
01/45 - Paula Neder e Coletivo PN+ - Espaço Prosa. Um ambiente leve e confortável, que convida, recebe e abriga. Um ponto de encontro para múltiplas formas de troca. O mobiliário prioriza móveis soltos que trazem flexibilidade no uso do espaço, com destaque para a estante reeditada de Bernardo Figueiredo. Já os acabamentos seguem a linha natural, com cores neutras, objetos artesanais, madeira, fibras e um certo ar de imperfeição. A cor aparece com tudo na copa, criada num ambiente antes fechado da casa, e no mural artístico do Coletivo Muda. (André Nazareth)
02/45 - UP3 Arquitetura por Cadé Marino, Michelle Wilkinson e Thiago Morsch - Refúgio Urbano. Uma varanda sensorial que transporta o visitante para um universo onde o caos urbano parece estar em outra dimensão. Aqui, o cheiro é único e exclusivo; a música é relaxante; a atmosfera é de paz e tranquilidade. O grande destaque do décor é o teto em muxarabi, que cria um jogo de luzes e sombras ajudando o visitante a se desconectar de tudo ao redor. Formas orgânicas, paleta de tons terrosos, elementos naturais e a presença maciça do verde lembram que esse mundo é carioca, sim! (André Nazareth)
03/45 - Ricardo Portilho - Jardim do Chafariz. De frente para a entrada principal da casa, o Jardim do Chafariz ganhou ainda mais destaque com a intervenção paisagística. Novas plantas nativas foram incorporadas ao espaço que recebeu também mobiliário elegante, todo em corda náutica. Uma combinação que resulta em um ambiente acolhedor, que alia bem-estar e conforto. Esculturas de Raul Mourão e Thelma Inecco trazem ainda mais charme ao espaço, pensado como uma homenagem à Odaléa Brando Barbosa, a antiga proprietária do imóvel. (André Nazareth)
04/45 - Cristiana e Mariana Mascarenhas - Expo. Com inúmeros trabalhos criados exclusivamente para a CASACOR, Expo é um espaço expositivo informal, pensado para que artistas em residência no nosso Instituto pudessem reunir suas obras, produzir, trocar ideias. Um ambiente que traça um paralelo, e homenageia, o vizinho Parque Lage, e seu conceito de “usina de ideias” imaginado por Rubem Gerchman. O artista, aliás, é homenageado em uma das obras expostas, criada por Ozi. Há ainda peças de Daniel Lannes, Herbert Sobral, Mulambo e Geleia. (André Nazareth)
05/45 - João Panaggio - Casa Migrante. Na praia, no campo ou num recanto da cidade. A Casa Migrante poderia estar em qualquer lugar, mas foi num dos cantinhos mais charmosos do nosso jardim que ela nasceu. Sua arquitetura é marcante – um tanto modernista –, com estrutura metálica revestida externamente em pedra e um amplo espaço interno quase sem divisões. Ali, se destacam o painel em madeira trançada, que separa áreas íntima e social, e uma enorme claraboia no quarto que transforma em quadro vivo a luz do dia e da noite. (André Nazareth)
06/45 - Adriana Valle e Patricia Carvalho - Jardim de Inverno. Um estar destinado aos encontros, com diferentes cenas para momentos diversos: a mesa para uma refeição a dois, a sala para reunir os amigos, e um cantinho de trabalho. A iluminação é toda indireta para ser usada especialmente à noite, já que durante o dia o ambiente é banhado por luz natural e cercado pelo verde das jardineiras criadas nas janelas. O mobiliário, em freijó, foi desenhado pela dupla de profissionais, que apostou numa paleta com tons como terracota, azul e verde. (André Nazareth)
07/45 - Adriana Esteves - Recanto. Quem disse que o home-office não pode ser também um Recanto? Aqui, ele ganha atmosfera intimista para trabalhar, ler, estudar, pintar ou simplesmente ouvir uma boa música enquanto coloca as ideias em ordem. A decoração traz um diálogo entre o contemporâneo do mobiliário e o antigo – que aparece nos elementos arquitetônicos originais da casa como vitrais e portais. Um ambiente pensado para acolher que traz para dentro da casa o verde dos jardins, mas aqui em diversos tons. (André Nazareth)
08/45 - Catê Poli - Paisagismo Migrante. Um jardim tropical, com a exuberância da Mata Atlântica e a volta das bromélias. Localizado no entorno da Casa Migrante, num cantinho reservado dos vastos jardins da Residência Brando Barbosa, o espaço cria cenários atraentes que estimulam o convívio ao ar livre. Com muitas folhagens verdes e plantas nativas - que conversam perfeitamente com a arquitetura fluida da casa -, é um ambiente que convida o visitante a sentar, relaxar e curtir a natureza. (André Nazareth)
09/45 - Jorge Delmas - Studio Cubo. A tendência de viver em espaços cada vez menores foi a inspiração para os estúdios da nossa Vila CASACOR. E tem nome mais apropriado que Cubo para esses pequenos notáveis criados em módulos metálicos com revestimento termoacústico especificamente para moradia? Pois aqui, é justamente a praticidade quem dá o tom. Mas, sem abrir mão do conforto e do aconchego trazido pela presença maciça da madeira, pela farta iluminação natural e pelo uso de poucos móveis. (André Nazareth)
10/45 - Sérgio Conde Caldas Arquitetura - “O Canto do Poeta”. Um espaço para se desconectar do mundo exterior e embarcar num mundo de poesia. Cercado pelo verde dos jardins, o estúdio construído em um dos módulos metálicos residenciais da CMC Modular usados na nossa Vila CASACOR prioriza a sustentabilidade com grandes vãos que permitem a ventilação cruzada e vidros que bloqueiam o calor reduzindo o uso de ar-condicionado. O décor é contemporâneo e minimalista com mobiliário de formas orgânicas que deixa o destaque para as obras de arte nacionais. (André Nazareth)
11/45 - No Balanço das Águas, por Bel Lobo e Mariana Travassos. Um dos grandes sucessos da CASACOR Rio 2021, o ambiente-instalação sensorial foi incorporado aos jardins da Residência Brando Barbosa e segue encantando, e emocionando, nossos visitantes com seu fluxo de sons e águas que é acionado pelo caminhar dos corpos. Um convite à contemplação da natureza e à interação nesse pedacinho da casa em meio ao verde exuberante da Mata Atlântica. Para parar, apreciar, ouvir, relaxar e, claro, se balançar no ritmo das águas... (André Nazareth)
12/45 - Gisele Taranto Arquitetura - BamˈBo͞o Bar. Um espaço. Três momentos. É presencial com um bar e uma área de convivência no jardim. É presencial-virtual, com obras de arte em realidade aumentada que surgem no bambuzal ao acionar QR Codes. E é virtual com uma galeria criada exclusivamente no Metaverso. A arte - com curadoria de Vanda Klabin - é o destaque: a piscina se torna uma instalação de Maritza Caneca; e a exposição Olhar 2022 traz trabalhos de Carlos Vergara e de jovens artistas da periferia apresentados simultaneamente aqui e na China. (André Nazareth)
13/45 - Anna Luiza Rothier - Muito Além do Jardim. Um recanto a céu aberto, ligeiramente protegido da chuva por ombrelones, e com espaço de sobra para encontros informais e descontraídos, que são a cara do Rio. Com vista para os jardins e para (quase) tudo o que acontece na área externa da casa, o terraço se insere ainda mais na paisagem natural do entorno pelo uso de diversas espécies de plantas e pelo jardim vertical, que toma toda a parede principal. Um ambiente tropical, leve, despretensioso e bem carioca. (André Nazareth)
14/45 - Bernardo Gaudie-Ley e Tania Braida - Casa Pitaya. Dá para viver em uma estrutura similar a um contêiner de apenas 28m²? Nossa Vila CASACOR prova que sim. Especialmente quando a decoração transforma o espaço num recanto cool e descolado, com uma paleta de tons suaves, como a laca rosa clarinha e o carvalho da marcenaria, e muitos móveis de design nacional e obras de arte como na Casa Pitaya. Ali, a paisagem natural, que parece invadir o ambiente interno através das paredes de vidro, é o complemento perfeito para uma moradia cheia de charme. (André Nazareth)
15/45 - Manuela Santos e Paula Scholte - Hall e Lavabo. A natureza enquadrada. No lavabo, que naturalmente já se abre para o verde, ela ganha ainda mais destaque com a brincadeira feita pela dupla, que tira o espelho de cena e muda a posição da cuba Deca convidando o visitante à contemplação. Instalações de jovens artistas contemporâneos contrastam com a arquitetura clássica e original da casa, que é extremamente marcante nesses dois ambientes, com seu teto decorado, vitrais, esquadrias e azulejos portugueses, provocando o olhar e a reflexão. (André Nazareth)
16/45 - Erick Figueira de Mello - Espaço Figueira. O que um dia foi a garagem e a área de serviço da Residência Brando Barbosa ganhou nova vocação com a CASACOR Rio: a de complexo gastronômico. E, este ano, os vários ambientes (restaurante, wine bar, salad bar e pizzaria) estão sob a batuta de um único arquiteto, que apostou na brasilidade de materiais clássicos e atemporais: vime, palha, cestaria brasileira, faux bambu, ladrilhos hidráulicos. Muitos deles criados exclusivamente pelo arquiteto para a mostra e usados com harmonia e charme. (André Nazareth)
17/45 - Tiago Freire - Sala Da Música. Da imponência original à brasilidade. A Sala Da Música é um ambiente atemporal que celebra o que temos de belo – a começar pela obra Biblioteca, de Nelson Leirner, que pela primeira vez aparece em mostra de decoração, em uma homenagem ao artista que faria 90 anos em 2022. Estão lá ainda elementos arquitetônicos como o muxarabi, que cobre o teto trazendo ainda mais destaque ao lustre de baccarat original do espaço; e peças de mobiliário assinadas por importantes nomes do design nacional. (André Nazareth)
18/45 - Geralda Januário e Paulo César Januário - Jardim do SPA DECA. Um jardim sensorial com ervas aromáticas, árvores frutíferas, flores e espécies coloridas e com uma grande variação de verdes e texturas. A vegetação é bem tropical, como toda a mata que já ocupa o entorno da Residência Brando Barbosa, e traz a beleza de helicônias, filodendros, alpínias e strelitzias abraçando o nosso SPA. Um verdadeiro jardim tropical contemporâneo que envolve ainda mais o visitante no clima de paz e relaxamento que o ambiente da DECA naturalmente proporciona. (André Nazareth)
19/45 - Cristina Bezamat - Tempo da Alma. A inspiração vem de longe: dos países nórdicos, onde impera a filosofia sueca Lagom do “nem muito, nem tão pouco”, e o estilo dinamarquês Hygge, que privilegia o bem-estar. No décor, uma paleta de tons pastel, suave e aconchegante; uma incrível seleção de obras de arte e peças de design nacional de formas curvas e minimalistas. O uso de fibras como linho, cânhamo e juta dão o toque de brasilidade a esse estar íntimo que propõe uma pausa para o descanso em contato com a natureza. (André Nazareth)