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CONEXÃO CEARÁ traz estado nordestino como protagonista durante a SP-Arte

Sob a curadoria da jornalista Winnie Bastian, estande apresenta obras de criadores cearenses ao público paulistano

Por Redação
Atualizado em 31 mar 2023, 09h59 - Publicado em 28 mar 2023, 16h00

Uma minuciosa seleção feita pela curadora e jornalista Winnie Bastian pontua a exposição “Conexão Ceará”, que integra o setor de design dentro da SP-Arte 2023. Três artistas cearenses apresentam o melhor das criações do estado: formados em arquitetura, Bruno Camarotti, Igor Sabá e Valter Costa Lima hoje se dedicam ao design de mobiliário e afins, cada um à sua maneira, mas, juntos, se encontram e se coordenam em ideias e criações.

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Banco Jeri, do Estúdio Camarotti.
Banco Jeri, do Estúdio Camarotti. (Leo Pelatti/CASACOR)

A brasilidade presente nos móveis e outros itens que serão expostos levaram a curadora a fazer um paralelo entre o design e a música. O tema “Design Exaltação” surgiu a partir de um ícone da nossa música. “Penso na Aquarela do Brasil, samba exaltação de Ary Barroso que, ao enaltecer as belezas e qualidades do nosso país, atraiu atenções do hemisfério norte para a música brasileira na primeira metade do século 20. E vejo, na produção destes três criadores, um verdadeiro ‘design exaltação’. Teria ele poder semelhante, de consolidar o trabalho de nossos designers mundo afora?”, provoca Winnie.

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Vale destacar que a carnaúba, árvore típica do Ceará (e especialmente sua flor amarela) dá o tom do estande. Assim, Winnie traz para São Paulo um pouco da criatividade cearense por meio de peças que têm como fio condutor a forte presença de suas raízes, principalmente pela influência de elementos da natureza.

Os designers

 

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Escultura Ponta Grossa de Estudio Camarotti sp -arte
Escultura Ponta Grossa, de Bruno Camarotti: inspirada numa falésia da praia de Ponta Grossa (CE), esta escultura reúne diversas espécies de madeiras em uma única estrutura: ipê, sucupira, tauari, cerejeira, muiracatiara, marupá, peroba rosa, cedro rosa, catuaba e imbuia. Dez espécies em quinze camadas que resultam numa escultura totalmente única. (Jairo Lavia/CASACOR)

A madeira maciça e a marcenaria tradicional são a base do trabalho de Bruno Camarotti, natural de Fortaleza e hoje radicado em São Paulo. Em suas criações, as praias e a paisagem surgem como referência bem clara, até no nome dos produtos.

Cadeira Úba, de Igor Sabá sp-arte
Cadeira Úba, de Igor Sabá: a peça pertence à linha de móveis confeccionados no Cariri e inspirados em sua flora e cultura. Desenhada a partir da folha de carnaúba, árvore típica do Ceará e de grande importância para economia local, a poltrona é feita inteiramente de chapas de ferro, que seguem um desenho ergonômico de curvatura, resultando em uma poltrona confortável, que transmite maleabilidade mesmo sendo feita de um material rígido. (Divulgação/CASACOR)

Nascido no Cariri e formado na capital paulista, Igor Sabá passeia por matérias-primas e técnicas diversas, do barro moldado à mão ao ferro cortado a plasma.

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Luminária Tatupeba, de Valter Costa Lima sp -arte
Luminária Tatupeba, de Valter Costa Lima: de aço carbono cortado a laser, pintura eletrostática e cúpula trançada em palha natural de carnaúba. A luminária utiliza estrutura metálica preta com cúpula desenvolvida pelos artesãos de Aracati (CE). O formato curvo e ovalado lembra o tatu da caatinga e a trama da palha de carnaúba trançada tem inspiração na textura do casco do animal. (Divulgação/CASACOR)

O fortalezense Valter Costa Lima, por fim, tem uma produção consistente com a madeira e ultimamente também tem se dedicado a explorar matérias-primas ecofriendly. A fauna local costuma ser fonte de inspiração para seus móveis e luminárias.

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