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8 projetos de design mostram que o meio ambiente importa

Essas criações inspiram uma reflexão sobre o ciclo de produção dos objetos e a relação deles com a natureza

Por Luciana Andrade
Atualizado em 17 fev 2020, 16h37 - Publicado em 2 Maio 2019, 15h25

Já não basta o objeto ser fabricado com um material reciclado ou reciclável. Isso é importante, mas vários designers mostram que a concepção dos produtos pode ir além. Eles passam a considerar o ciclo da produção e do descarte, em uma visão mais ampla e sustentável que alcança o futuro do planeta.

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A inovação é uma consequência natural dessa busca. O desenvolvimento de novos materiais e processos beira a invenção, o que torna estes objetos ainda mais interessantes. Algumas matérias-primas sequer precisam ser criadas – já existem na forma de resíduos e podem ser transformadas em um novo recurso.

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O Food for Buzz é um exemplo, desenvolvido por Matilde Boelhouwer. A holandesa chama a atenção para o bio-design ao criar um conjunto de cinco flores artificiais em poliéster serigrafado. Elas não são apenas lindas, mas transformam a chuva em água com açúcar.

(Divulgação/CASACOR)

Cada uma das flores possui qualidades específicas para atrair abelhas, borboletas e mariposas. Com isso, podem servir como fonte de alimento de emergência para os polinizadores que habitam a cidade.

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(Divulgação/CASACOR)

Na Milan Design Week 2019, a galerista Rossana Orlandi desafiou os criadores e incentivou a competição Ro Plastic Prize. Um dos vencedores foi o designer alemão Alexander Schul, que projetou uma coleção de móveis inteira em plástico reciclado.

A coleção é formada por esta cadeira, uma luminária e uma mesinha de apoio. Todos podem ser fabricados em larga escala com métodos mais eficientes de produção. (Divulgação/CASACOR)

Outro destaque do Ro Plastic Prize foi o trabalho do Reform Studio, de Hend Riad e Mariam Hazem. A partir de sacolas plásticas reutilizadas, foi criada uma linha de tecidos coloridos, intitulada Plastex.

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(Divulgação/CASACOR)

A inovação também está no DNA do Brasil e os Irmãos Campana são referência. Fernando e Humberto Campana assinam a linha Sobreiro em cortiça que, além de sustentável, é completamente reciclável. Uma poltrona e três armários elevam esta matéria-prima simples e mostram sua versatilidade no design.

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(Divulgação/CASACOR)
(Divulgação/CASACOR)

Além da cortiça, o papel é outro material aparentemente frágil que pode ter uma grande aplicação no mobiliário. É o caso destes bancos maciços assinados por WooJai Lee, feitos de blocos de jornais reciclados.

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Resíduos de indústrias de cerâmica de Chaozhou, na China, foram utilizados pelo Bentu Design. A linha Wreck é bastante completa, com mesas laterais, abajures e bancos. Uma sacada deste estúdio chinês foi não descaracterizar completamente a cerâmica.

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Ao invés de prensar o material, eles fizeram uma mistura dos cacos com o concreto. Assim, eles ficam visíveis na superfície dos produtos. (Divulgação/CASACOR)

Os londrinos Barber & Osgerby lançaram uma cadeira que, segundo eles, pode ser reciclada infinitamente. A peça foi desenvolvida para a marca Emeco. Tanto a cadeira quanto as duas banquetas são empilháveis e feitas de um plástico especial, composto de garrafas PET recicladas e fibra de vidro.

(Divulgação/CASACOR)

Literalmente, este é um projeto de arquitetura viva. O arquiteto italiano Carlo Ratti desenvolveu a instalação Jardim Circular, que reúne arcos feitos com a raiz fibrosa de cogumelos cultivados organicamente.

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(Divulgação/CASACOR)

Para crescerem neste formato, o processo foi acompanhado por pesquisadores. Agora vem o conceito de circularidade do projeto: após o período de exibição, durante a Milan Design Week, eles foram triturados e devolvidos ao solo do Orto Botanico di Brera, um jardim botânico milanês.

 

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