Localizado em Belo Horizonte (MG), este apartamento duplex, com
64 m², foi comprado por um casal na faixa dos 50 anos, que passa a maior parte do ano em Trancoso (BA), onde tem uma pousada. O objetivo era transformar o imóvel em um ponto de apoio durante as férias na capital mineira, além de um espaço destinado a armazenar e expor muitos itens pessoais, com
destaque para a coleção de obras de arte.
Para esta missão, entrou em cena o arquiteto
Júnior Piacesi. “Eles pediram para que o projeto fosse pensado a partir das soluções de armazenamento, e não o contrário”, conta.
Sem demolir paredes, o foco foi na transformação dos interiores por meio de soluções em marcenaria desenhadas pelo escritório para otimizar e dividir os pequenos espaços do apartamento sem criar barreiras e garantir muitas áreas de armazenagem, como o guarda-roupa do
quarto (que dá acesso ao
banheiro), o extenso rack da sala e a “parede” de armários em frente à ilha de cocção da
cozinha, que também funciona como mesa de jantar.
“Priorizamos materiais simples e arrojados para criar ambientes contemporâneos e acolhedores, a exemplo do
tijolinho branco, que reveste a parede principal. Já o
piso de porcelanato cinza e o
teto em laje nervurada já existiam e resolvemos mantê-los”, explica o arquiteto.
No geral, a decoração adotou uma
estética industrial, com base em tons sóbrios de preto, branco e cinza, e foi montada a partir de móveis, objetos e obras de arte que já faziam parte do acervo pessoal dos clientes, com exceção do sofá, que foi comprado, e a cama de casal, que foi desenhada pelo marceneiro. “A cabeceira foi estofada com uma lona antiga, de aspecto detonado, que os próprios clientes trouxeram da Bahia”, informa Piacesi.