(Kochi-Muziris Biennale / CASACOR)
A galeria londrina
Serpentine vai receber uma nova performance de
Vivian Caccuri como parte do festival The Shape of a Circle in the Mind of a Fish with Plants. A artista paulistana compôs uma apresentação que relaciona historicamente as intersecções entre a febre amarela, a cana-de-açúcar, os mosquitos e a música do Brasil clássica e contemporânea.
Estudos científicos sobre o tema são pano de fundo para o debate sobre as ligações entre a cana-de-açúcar, a febre amarela, o Catolicismo e a forma pela qual as interações coloniais foram refletidas na música. “É quase irônico que a febre amarela tenha ‘escolhido’ voltar nesta insanidade política que vivemos no Brasil. Esta é uma das razões pelas quais a forma principal da performance é a de uma alucinação histórica”, diz Caccuri. A artista faz uso de uma peça composta por ela mesma em um grande órgão catedrático, desenhos, imagens históricas, vídeos, sons e sua própria voz para contar essa história semi-ficcional. Vivian é conhecida por executar trabalhos em que cria relações entre a música, espaço público, arquiteturas reais e virtuais, o corpo e a performatividade por meio de objetos, instalações e performances.