O Prêmio Internacional Fundação Hasselblad de Fotografia vai para o artista chileno Alfredo Jaar
Atualizado em 27 mar 2020, 13:12 - Publicado em 27 mar 2020, 13:12
Alfredo Jaar- Geometria da Consciência, 2010 (Divulgação/)
O chileno Alfredo Jaar foi o vencedor da 40ª edição do Prêmio Hasselblad. Artista, arquiteto e cineasta, Jaar mora em Nova York. Seu trabalho é reconhecido por suas instalações que discutem questões complexas com temáticas sociopolíticas. Uma de suas mais famosas intervenções públicas, foi a criação de um museu, na Suécia, feito de papel que teve a efêmera duração de um único dia.
Além do brasileiro, que é também curador do departamento de fotografia Instituto Moreira Salles, o júri foi formado por Joshua Chuang, curador sênior da New York Public Library, Anna-Kaisa Rastenberger, professora da Academia de Belas Artes da Finlândia, Laura Serani, curadora independente na Italia e na França e Yiannis Toumazis, diretora NiMAC e professora da Frederick University, Chipre.
O prêmio é considerado um dos mais prestigiosos da área e celebrou, em suas outras edições, nomes como Henri-Cartier Bresson, Susan Meiselas (1994), Nan Goldin (2007) e Daido Moriyama (2019). Segundo Jaar, “Me sinto extremamente honrado e orgulhoso de receber este incrível reconhecimento. Gostaria de expressar minha surpresa e profunda gratidão à Fundação Hasselblad e àqueles que já receberam este prêmio anteriormente. Tenho dedicado minha prática integralmente à política das imagens, e este generoso reconhecimento me dá forças para continuar a minha viagem nesses tempos escuros.”
No Brasil, está programada uma grande mostra retrospectiva que será realizada, em setembro, pelo Sesc Pompéia, em parceria com a Estação Pinacoteca. Um novo livro sobre o artista será publicado pela editora Buchhandlung Walther König, incluindo um novo ensaio de Jacques Rancière, ainda se data de publicação por aqui.
A Fundação Erna e Victor Hasselblad foi criada em 1979 e tem como objetivo promover e fomentar a pesquisa e o ensino acadêmico da fotografia. Desde 1999, a fundação abriu ao público uma biblioteca dedicada exclusivamente à fotografia — atualmente a única biblioteca de livros de fotografia na Suécia.
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