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6 casas da Barbie que traçam a evolução da arquitetura norte-americana

Ao longo dos anos, os projetos das Casas da Barbie refletiram os estilos, ideais domésticos e o papel da arquitetura na época

Por Redação
20 jul 2023, 18h00

Em comemoração ao 60º aniversário da boneca Barbie, a fabricante de brinquedos Mattel e a revista de arquitetura Pin-Up lançaram um livro celebrando a Casa dos Sonhos da Barbie.

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De casas de influenciadores contemporâneos até o bangalô de meados do século dos anos 1960, o livro é a primeira pesquisa arquitetônica da casa da boneca mais vendida do mundo, mostrando como os projetos do brinquedo refletiram os estilos e ideais domésticos da época.

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A seguir, confira a linha do tempo de 6 Dreamhouses da Barbie, de 1962 a 2021.

1962 – Primeira casa da Barbie

 

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1962 – Primeira casa da Barbie
(Evelyn Pustka/CASACOR)

A primeira Casa da Barbie foi lançada em 1962 – mais de uma década antes que as mulheres pudessem frequentar uma universidade ou abrir uma conta bancária sem ser co-assinada por uma presença masculina nos EUA.

No entanto, a casa de papelão dobrável foi projetada para ser a “despedida de solteira da Barbie“, com apetrechos universitários, móveis de meados do século. e – o mais importante – projetado sem cozinha.

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Realmente estava à frente de seu tempo“, disse Mallett. “O mundo que construíram para ela era feminista, progressista, sobre independência”.

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1974 – Casa Boêmia da Barbie

 

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1974 – Casa Boêmia da Barbie
(Evelyn Pustka/CASACOR)

Projetada por três andares e seis cômodos, a Casa da Barbie de 1974 combina a arquitetura moderna de lajes e colunas que lembra a Maison Dom-ino – um sistema construtivo desenvolvido pelo arquitecto franco-suíço Le Corbusier – com itens mais caseiros, como vasos de plantas e luminárias Tiffany de vitrais, que são contornadas em seu fundo de papelão.

Esta decoração remete aos chamados “bares de samambaia” da época, que incorporavam toques de design aconchegantes na esperança de atrair uma nova geração de mulheres solteiras para estabelecimentos tradicionalmente masculinos.

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Refletindo a ascensão dos móveis de plástico, a cozinha é equipada com cadeiras amarelo-canário que fundem com a sensibilidade do monobloco Panton Chair.

1979 – Casa da Barbie A-frame

 

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1979 – Casa da Barbie A-frame
(Evelyn Pustka/CASACOR)

Uma das primeiras a ser feita inteiramente de plástico, esta Dreamhouse apresenta um telhado inclinado que homenageia a mania do A-frame que varreu os EUA no final dos anos 60 e 70.

“O A-frame, naquele ponto, deixou de ser uma espécie de vernáculo americano, usado para pequenos retiros nas montanhas, para se tornar uma expressão de um certo tipo de vida“, disse Felix Burrichter, co-editor do livro.

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1990 – A Mansão Mágica da Barbie

 

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1990 – A Mansão Mágica da Barbie
(Evelyn Pustka/CASACOR)

Os anos 90 viram a mudança da Dreamhouse para quase exclusivamente toda rosa, que se reflete nos interiores florais e pastel da época, cortesia de marcas como Laura Ashley e Ralph Lauren Home.

Mas a verdadeira razão para a “pinkificação” da Barbie está relacionada ao marketing.”A decisão de usar mais rosa, e enfatizá-lo, começou no final dos anos 70 porque havia muitos imitadores da Barbie. E em um esforço para realmente distinguir a Barbie no mercado, eles decidiram marcar tudo em rosa”, disse Burrichter.

A Mansão Mágica, movida a bateria, funcionava efetivamente como um “kit de dona de casa burguesa“, completo com todos os talheres e pratos, bem como um telefone tocando e uma lareira acesa.

2000 – O Castelo da Barbie

 

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2000 – O Castelo da Barbie
(Evelyn Pustka/CASACOR)

Esta casa da virada do século é uma mistura de elementos modernos e tradicionais, com uma torre, pórtico e uma cama de dossel com babados ao lado de uma pequena TV de tela plana.

“Acho que tem a ver com a ansiedade daquele momento“, conta a jornalista Whitney Mallett. “Com os anos 2000, havia medo de tecnologia e coisas novas, então as pessoas voltaram para o que parecia seguro.”

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“Com os desenvolvimentos suburbanos da McMansion, dos anos 90 e início dos anos 2000, você tem essas coisas se tornando um novo tipo de símbolo de status“, completa.

2021 – Casa de Conteúdo da Barbie

 

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2021 – Casa de Conteúdo da Barbie
(Evelyn Pustka/CASACOR)

A Dreamhouse dos anos 2020 é modelada nas casas de conteúdo de Los Angeles, onde os influenciadores se unem para criar conteúdo para a mídia social.

Imitando esses elegantes condomínios de luxo, a casa é a primeira a reprisar o telhado plano, com outros toques como escorregador, piscina móvel e churrasqueira que vira buffet de sobremesas.

“Ele tem a estética de um espaço universalmente utilizável onde você pode hospedar muitos amigos ou produzir conteúdo”, disse Burrichter. “Há uma ênfase real na diversão, e se você ver o que está sendo produzido na arquitetura agora, acho que há muitos paralelos.”

A casa também é a primeira Dreamhouse projetada para ser acessível para cadeiras de rodas, refletindo o crescente foco em tornar o design e a arquitetura mais inclusivos e acessíveis.

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Fonte: Dezeen

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