A mostra alcança o fim de sua 28ª edição com inegável inspiração em Niemeyer e colorida pelos tons áridos do cerrado
Atualizado em 31 mar 2021, 15:22 - Publicado em 10 out 2019, 17:57
(Jomar Bragança/)
01/08 - Em homenagem à João Caetano, o Espelhos da Alma é repleto de detalhes que contam história. Objetos pinçados pela vivência do olhar transcrevem a paixão do homenageado por arte e design, paixão também de <span style="font-weight:400;">Helio Albuquerque e Sonia Peres, responsáveis pelo projeto. Ícones da arquitetura e design nacional, como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi e Jorge Zalszupin, aparecem como referência. São as obras de arte, porém, que despontam como destaque.</span> (Jomar Bragança)
02/08 - Integrada e minimalista, a Casa Capital é reduto do bom design e da tecnologia. Assinado por Ney Lima, arquiteto veterano na mostra, o espaço recebe mobiliário exclusivo assinado por Jader Almeida. A conexão orgânica entre sala, quarto, sala de banho e closet acontece em 92 m², chamando atenção para o sofá modular, que desenha diversas configurações. Ao fundo, vale notar o painel de LED de 21 m² com imagens da natureza. (Jomar Bragança)
03/08 - O Loft Essência se volta para a integração com o jardim, em um desenho que se assemelha aos antigos jardins de inverno. O apelo ao natural aparece também na maior parede do espaço de Helaine Caloête, revestida pela pedra lurcena que prolonga o contato com a natureza. Os 120 m² são preenchidos por mobiliário brasileiro e revela preferência por estruturas mais soltas, como a parede curva ripada laqueada que reserva o quarto da área social. (Jomar Bragança)
04/08 - Leo Romano construiu os 300 m² da Galeria Só Reparos sobre uma antiga piscina. Como um estímulo à introspecção, conduz o visitante desde a marquise da casa, com objetos criados pelo arquiteto e pela artista Ieda Jardim, até a galeria de layout solto e minimalista. As poucas peças e cores claras contracenam com elementos naturais. Ao fim da jornada, o ambiente aguça os desejos e define uma atmosfera intensa e pacífica. (Jomar Bragança)
05/08 - Arquitetura original de Oscar Niemeyer, o Restaurante Arauco se concebeu como uma restauração do desenho e do estilo setentista do prédio original. Priscila Gabriel do Studio Pippa buscou em antiquários o mobiliário, composto por itens de Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e do Liceu Arte e Ofício, um reforço à atmosfera de nostalgia. Concreto, madeira, ferro e luz complementam o ambiente de 230 m², que se abre para os jardins como uma varanda de casa. (Jomar Bragança)
06/08 - O conceito wabi sabi determina o ambiente, que se apoia na filosofia oriental para valorizar o simples, o imperfeito, o rústico. De <span>Juliane Vargas e Tainá Moi, o Estúdio Melhor de Nós é monocromático ao longo dos 83 m² que, com a mesma despretensiosa naturalidade, congrega sala, cozinha, quarto, closet, banheiro e varanda. Adepto do slow living, que busca desacelerar e se concentrar em valores afetivos. Destaque para as luminárias e a bicicleta feitas em bambu. </span> (Jomar Bragança)
07/08 - A área de convivência dos arquitetos Angela Castilho e Alex Rodrigues busca inspiração na vegetação seca do cerrado, originando uma composição com troncos de madeira, texturas rústicas e tons quentes. A força do espaço de 220 m² provém dos elementos em seu estado natural, como bambu, areia, barro, pedras e tecidos de linho e algodão. Um apreço à simplicidade complementa o visual. (Jomar Bragança)
08/08 - O Lavabo Subvesivo de Anna Albano e Camila Abrahão, do escritório Casulo, aposta na versatilidade de apenas dois revestimentos em sua composição. É justamente esta a proposta de subversão: revolucionar o uso dos materiais, propondo formas não convencionais e linguagens não exploradas. Desfazendo a distinção entre piso e teto, o lavabo é como uma caixa, que incentiva a aproximação dos visitantes ao incentivá-los a deixar mensagens nas portas das cabines. (Jomar Bragança)