O ano de 2020 ficará impresso na vida de todos. Foram meses dominados pelo imponderável, o ano em que nos acostumamos a conviver com a imprevisibilidade, a dúvida e a total incerteza do por vir. Mas mesmo em meio a tantas incertezas, e tristezas, há alguns (poucos) momentos, que merecem ser lembrados: a exposição
Janelas CASACOR edição
Brasília é o primeiro exemplo a ser mencionado. Organizado e produzido pela franquia da marca, em Brasília, a exposição
nasceu sob o signo da inovação, ora por sua implantação inovadora feita ao longo do
Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, ora pela diversidade de projetos criados em
contêineres. As franqueadas
Eliane Martins,
Moema Leão e
Sheila Podestá deram um exemplo de reinvenção, resiliência e adaptação. E de acordo com todas as normas estabelecidas pelo órgãos de Saúde do país, o trio deu forma ao projeto de conceituação e implantação criado pelo escritório
Sainz Arquitetura.
Uma das muitas inspirações de
Eduardo Sainz e
Lilian Glayna Sainz, do escritório Sainz Arquitetura, foi o cinema de
Lars von Trier, mais especificamente o filme Dogville. A trama começa com uma tomada de cima para baixo, onde se pode ver o desenho da cidade (com as marcações dos espaços, casas, ruas, etc, desenhados em planta no chão do cenário). A partir dessa planta-baixa todo o filme se desenrola nessa cidade bidimensional.
Para o
Janelas CASACOR, a dupla de arquitetos partiu desse conceito bidimensional de um cenário fictício, para simular
uma casa criada com 13 contêineres, cada um deles com uma função. No desenho foram criadas paredes, portas e janelas… e foi através dessas janelas que o projeto aconteceu. Cada janela apresentou cenários variados no cotidiano dessa casa, e para tal, profissionais da cidade foram convidados a apresentar aos visitantes
diversos pontos de vista sobre a casa pós-pandemia.
O projeto
Janelas CASCOR Brasília desde seu lançamento ficará impresso na memória da marca
CASACOR com um alento em meio a essa longa turbulência que assolou e ainda assola a todos. Em meio ao Parque da Cidade Sarah Kubitschek, a exposição ofereceu de forma gratuita ideias e inspirações para a casa e para a vida dos novos tempos.
O trabalho do escritório foi abrangente, começando pela análise e reinterpretação teórica do projeto que inicialmente foi desenvolvido pela
CASACOR nacional e cedido para algumas franquias regionais.
A dupla reinterpretou e implantou a exposição no formato de cenário-espaço, pensado por meio da planta baixa de uma casa. Dessa forma, cada contêiner representou um ambiente dessa casa fictícia e deu espaço para as ambientações criadas pelos arquitetos, designers de interiores e artistas. O novo morar, na visão de 28 profissionais, foi materializado em 13 vitrines que integraram a exposição gratuita.
"Procuramos, neste projeto, criar um debate, uma provocação para que
algumas dessas ideias ficassem na memória de muitos e para que todos os envolvidos, profissionais e público, tenham a oportunidade de refletir a respeito deste novo normal" revela Eduardo Sainz. A instalação, que também celebrou os 60 anos da cidade de Brasília, pôde ser conferida de duas formas pelo visitante: pessoalmente, contemplando externamente as vitrines – cumprindo as regras de higienização, segurança e distanciamento social à contenção da Covid-19 –, ou em
tours virtuais dos projetos criados pelos 14 escritórios de arquitetura e design de interiores participantes, através do
Janelas CASACOR:
www.janelascasacor.com.
Sobre a CASACOR Brasília
A
CASACOR Brasília está completando 29 anos. As arquitetas
Eliane Martins e
Sheila Podestá têm uma longa história com a mostra na cidade ao participarem como profissionais convidadas em 1994 com o Quarto de Casal. Posteriormente, no ano 2000, uniram-se à
Abadia Teixeira e
Catarina Bastos, dupla que inaugurou a mostra tanto em Brasília quanto em Goiás, na administração da
CASACOR nas duas cidades. Dois anos depois, assumiram totalmente as duas franquias da região Centro-Oeste. A empresária
Moema Leão se juntou a Martins e Podestá em 2001 para fazer da mostra sucesso de público.