A compensação ambiental, muitas vezes, pode parecer algo distante de se colocar em prática no nosso dia a dia. Mas a união entre a
CASACOR SP 2024 e a
Pachamama vem para mostrar que reduzir a pegada ambiental é algo possível para o mercado e para a sociedade – e todos podem ajudar a reforçar esse impacto positivo para o mundo. Empresa de
Bruno Gagliasso com os sócios
João Marcello e
Rodrigo Rivellino, a
Pachamama funciona calculando as emissões de CO2 do setor da construção civil e mensurando a equivalência necessária que será compensada em créditos de conservação de floresta em pé.
Esse cálculo é realizado abrangendo o impacto de todo projeto: desde a extração dos materiais, os produtos utilizados e as soluções aplicadas nos espaços. O deslocamento dos visitantes até a CASACOR também está sendo levado em consideração: quem optar pelo ingresso neutralizado na
bilheteria (que custa um valor extra de R$ 5) estará atuando na compensação do impacto ambiental da mostra. “É uma mudança de consciência e, por isso, precisamos repensar o resultado que estamos deixando para as próximas gerações. A iniciativa da Pachamama, em parceria com a CASACOR, é de levar esse serviço ambiental para todo o elenco da mostra, desde arquitetos, decoradores e até visitantes. Acreditamos que, assim, podemos construir a consciência de que a nossa primeira casa é o Planeta Terra”, diz
Bruno Gagliasso.
Parceria com o elenco CASACOR
A iniciativa também vai ao encontro do tema nacional da CASACOR, “
De presente, o agora”, que convida todo o elenco da mostra a refletir sobre como as nossas decisões cotidianas impactam nas futuras gerações, afinal, sempre seremos ancestrais de alguém. O
elenco da edição 2024 pôde se submeter voluntariamente a uma avaliação de impacto de seus projetos e, consequentemente, poderão compensar a pegada ambiental por meio dos ativos digitais
tokenizados.
A Pachamama conta com suporte técnico da
Sustentech para aplicar uma metodologia adequada e realizar o levantamento da pegada ambiental dos ambientes que serão compensados. As etapas para a neutralização são realizadas com a aplicação da metodologia de
Análise do Ciclo de Vida e que possui as seguintes divisões:
- Levantamento de dados: coleta de informações sobre quantitativo e especificação dos materiais do projeto.
- Inserção e ajuste de dados no software: as informações levantadas são inseridas no software especializado e equiparadas com Declarações Ambientais de Produtos (DAP) dos fornecedores.
- Análise do Ciclo de Vida (ACV): levantamento do carbono incorporado ao projeto.
- Comprovação de resultados: elaboração de relatórios técnicos de cada projeto, especificando o impacto de carbono equivalente incorporado à execução.
- Compensação e certificação dos projetos.
Como ocorre a compensação:
A compensação ambiental realizada pela Pachamama é feita por meio da sociedade com a
Greener Tokens, empresa que gerencia projetos de compensação ambiental e preservação ambiental por meio de ativos digitais. Os créditos da Greener, chamados de
GPT (Greener Preservation Tokens), são gerados a partir da metodologia de quantificação do carbono desenvolvida pela
Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista (FCA-UNESP) e avaliados e auditados tecnicamente pela
KPMG (uma das maiores empresas de auditoria do mundo). A
tokenização do ativo ambiental ocorre com a individualização, a segurança e o registro das toneladas de carbono de forma numerada e individualizada. A compensação ambiental ocorre na
Fazenda Floresta Amazônica, em Apuí (AM), região que abrange uma vasta área com cerca de 146 mil hectares e desempenha um papel crucial na preservação da Floresta Amazônica. A atuação no local também oferece oportunidades econômicas sustentáveis, educação e assistência social para as comunidades que habitam a região. “Precisamos entender que o investimento na preservação do ecossistema é o que garante o nosso amanhã. O setor de construção civil tem um impacto relevante na emissão de gases de efeito estufa, cerca de 42% das emissões no mundo são provenientes do setor. Aliado ao fato de que todos precisam de uma casa para morar, estamos diante de um mercado que tende a expandir. Todos devemos enxergar a preservação e a regeneração como investimento”, finaliza
João Marcello.