Após realizar a compensação das emissões de CO2 geradas na mostra e no Anuário, evento trabalha para engajar profissionais do elenco e visitantes
O setor da construção e operação das edificações responde por cerca de 40% das emissões de gases de efeito estufa (GEEs) em todo o mundo. Extraídos da natureza e processados na indústria, os materiais de construção e decoração produzem impactos ambientais também no transporte até as lojas e na aplicação em um projeto. É preciso considerar ainda o rastro deixado no caminho: geração de resíduos, degradação do solo, poluição do ar e consumo de água e energia. Para compensar essa pegada ambiental, existem ferramentas que neutralizam essa cadeia.
A CASACOR São Paulo realizou a primeira compensação das emissões de GEEs em 2019 , por meio da aquisição de créditos de carbono. A partir de 2021, o evento firmou uma parceria com a Carbon Free Brasil para a neutralização de carbono não só da mostra como também do Anuário, que passou a ser uma publicação carbono neutra.
A neutralização ocorre por meio do cálculo das emissões de CO2, transformadas em árvores a serem plantadas pela Carbon Free Brasil em áreas de Mata Atlântica do estado de São Paulo. A mata nativa contribui para a promoção de serviços ecossistêmicos, como conservação de água e ar puros. Biólogos e engenheiros ambientais acompanham os plantios e garantem o crescimento das plantas – e, consequentemente, a fixação do carbono.
Equipe da CASACOR participa de plantio conduzido pela Carbon Free Brasil.
O Selo Carbon Free atesta que a CASACOR São Paulo é uma empresa neutra em carbono, conforme as normativas internacionais ISO 14064, GHG Protocol e IPCC. Ele comunica de forma clara ao mercado e aos consumidores que a marca CASACOR participa ativamente da construção de um mundo mais sustentável.
Em 2023, a mostra realizou a compensação de 326 toneladas de carbono, referente às mostras e anuários de 2021 e 2022, através do plantio de 327 árvores , com tutoria de quatro anos pela Carbon Free. No total, as ações representam 6 520 m² de mata nativa restaurados.
Em 2024, a CASACOR São Paulo buscou uma maneira de incentivar que os profissionais do elenco abraçassem a responsabilidade pela compensação de carbono em seus projetos. Para isso, concretizou uma parceria com a Pachamama Trading, especializada em créditos de biodiversidade, que consideram, além das emissões de CO2, outros 26 serviços ecossistêmicos, como manutenção da biodiversidade, regulação de clima, produção de oxigênio, valores educacionais, polinização e outros.
Ao todo, 13 ambientes assinados por profissionais do elenco realizaram a compensação – mais do que os cinco previstos inicialmente. “Fico muito entusiasmado com o fato de CASACOR São Paulo colocar os profissionais no papel de protagonistas da descarbonização e do desenvolvimento de uma economia mais verde”, avalia o João Marcello Gomes Pinto, um dos sócios da Pachamama. Como funciona na prática? Leia aqui!
Três dos ambientes avaliados pela Pachamama da CASACOR São Paulo 2024: Loft Celmar 2064 (Studio Ro+Ca), Quarto Njinga (Kesley Santiago) e Hutukara (Adriana Farias).
Além da compensação de carbono dos ambientes da mostra, em 2024 os visitantes também puderam compensar a pegada de carbono gerada no deslocamento até o evento, pagando voluntariamente o valor extra de R$ 5 na compra do ingresso. “Chegamos em um ponto de nossas iniciativas sustentáveis que, para avançarmos, precisamos engajar mais os profissionais do elenco e também os visitantes. Só assim conseguiremos realmente expandir nossos impactos positivos”, conclui Darlan Firmato.