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Os clássicos do design são enaltecidos na SP-Arte 2018

O setor voltado para design, que teve a primeira edição em 2016, reuniu grandes nomes de mobiliário, iluminação e antiquários

Por Evelyn Nogueira
Atualizado em 18 fev 2020, 07h51 - Publicado em 18 abr 2018, 17h28
(Reprodução/CASACOR)

A SP-Arte 2018 ocorreu na última semana, entre os dias 12 e 15 de abril. A 14ª edição do evento contou com um setor dedicado para performances de longa duração, uma seção voltada para o design e a já tradicional participação de galerias nacionais e internacionais.

O setor de design, iniciado em 2016, dedica-se à história do design no Brasil e fora dele. Com o propósito de destacar mobiliário, iluminação e antiquários, grandes nomes do design clássico chamaram a atenção do público. Confira alguns destes abaixo.

(Reprodução/CASACOR)

Irmãos Campana

A Firma Casa apresentou uma coleção de peças produzidas por Fernando e Humberto Campana. Os irmãos, nascidos no interior de São Paulo, entraram no mercado do design em 1989, com a criação do Estúdio Campana. Fernando e Humberto, formados em arquitetura e direito, respectivamente, gostam de reutilizar materiais em suas peças e são referência no mundo do design. Durante a SP-Arte 2018, as peças expostas foram: a Poltrona Bolotas, de 2016; a Poltrona Shark, de 2000; a Poltrona Leatherworks, de 2007; o Banco Harumaki, de 2007 e a Poltrona AZUL, de 1998.

Banco Harumaki – Fernando e Humberto Campana (Reprodução/CASACOR)

Paulo Werneck

A Etel reuniu peças de renomados nomes do design e da arquitetura. Entre eles, apresentou dois projetos de Paulo Werneck. O pintor foi responsável por introduzir a técnica do mosaico no Brasil. Trabalhou com grandes nomes da arquitetura, como Oscar Niemeyer, os irmãos Roberto, Marcelo Campelo, entre outros. Werneck foi um grande colaborador do Modernismo, e fez mais de 300 painéis em prédios e residências do país. O estande da Etel apresentou o Biombo Oscar e o Projeto Banco Boa Vista.

Biombo Oscar – Paulo Werneck (Reprodução/CASACOR)

Hugo França

O Atelier Hugo França trouxe diversas peças do designer. Nascido em Porto Alegre, Hugo mudou-se para Bahia a fim de levar uma vida mais próxima da natureza, e é essa aproximação com o meio ambiente que seu trabalho evidencia. Suas peças tem um diálogo criativo com a árvore: tudo começa e termina através dela. Hugo se preocupa muito com o desperdício de madeira, principalmente pelas espécies descartadas pela movelaria tradicional, e acredita no reaproveitamento deste material. Dentre as peças expostas, destacamos a Mesa Enduapes, a Poltrona Cará,  e a Chaise Longue Abiurana, todas de 2017.

Chaise Longue Abiurana (Reprodução/CASACOR)

Lina Bo Bardi

Também representada pela Etel, uma das principais arquitetas brasileiras, Lina Bo Bardi, teve seu trabalho exposto na SP-Arte. Responsável por projetar importantes prédios, como o do MASP, do Sesc Pompeia, Teatro Oficina, entre outros, Lina se dedicou à arquitetura, à cenografia, às artes plásticas, aos desenhos de mobiliários e ao design gráfico. A arquiteta projetou sua própria moradia, a Casa de Vidro, localizada no Morumbi, famoso bairro de São Paulo. O Carrinho de Chá LBB compôs a exposição da Etel.

Carrinho de Chá LBB – Lina Bo Bardi (Reprodução/CASACOR)

Oscar Niemeyer

A Etel não poderia deixar de prestigiar Oscar Niemeyer. Um dos mais renomados arquitetos brasileiros, teve sua obra reconhecida nacional e internacionalmente. Nascido no Rio de Janeiro, o profissional é reconhecido pelo projeto do Conjunto Arquitetônico da Pampulha, o Auditório do Parque do Ibirapuera, a sede do Partido Comunista Francês, a Escola de Arquitetura de Argel, entre outros. A poltrona Alta Memorial, de 1980, e a metalogravura “Fodido não tem vez” foram escolhidas para representarem o arquiteto durante a mostra.

Poltrona Alta Memorial – Oscar Niemeyer (Reprodução/CASACOR)

Salvador Dalí

A Micasa, estreante na mostra, une design, arquitetura e arte contemporânea em seu espaço. Expuseram a Cadeira Leda, de Salvador Dalí, feita em 1935. O pintor catalão é reconhecido mundialmente por seu trabalho surrealista. Dalí combinava imagens não-tradicionais com uma técnica similar à dos artistas da renascença, que aprendeu na academia. Além de pintor, o profissional também se destacou com esculturas, no teatro, na moda, na fotografia e no cinema

Cadeira Leda – Salvador Dalí (Reprodução/CASACOR)
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