Até 15 de novembro, a edição paulistana da mostra acontece no Parque Mirante, anexo ao Allianz Parque e traz 56 projetos inspirados no tema A Casa Original
Atualizado em 18 out 2021, 10:59 - Publicado em 18 set 2021, 09:55
Sofá Dobra, de Guilherme Wentz, presente na Casa Olaria assinado por Nildo José- CASACOR SP 2021 /(MCA Studio/)
01/56 - Nildo José - Casa Olaria NJ+. Uma homenagem à cerâmica, que acompanha a história das civilizações desde a descoberta do fogo, permeia todo o ambiente de 200 m² do NJ+ arquitetos. Rasgos orgânicos nas paredes abrigam dezenas de peças cerâmicas de artistas brasileiros. O quarto em volume cilíndrico remete à casa-templo, que nos conecta ao que é essencial. Das peças artesanais aos tijolos, telhas e elementos decorativos, a beleza do feito a mão e do imperfeito é valorizada nos tecidos, tapetes, texturas, piso e obras de arte. As peças cerâmicas expostas no ambiente são resultado de uma extensa curadoria realizada em vários estados do país. A construção 100% seca resulta em uma casa que será desmontada com todos os materiais reaproveitados. (MCA Studio)
02/56 - Beatriz Quinelato - Estúdio Terra. O loft da arquiteta que estreia na mostra é um convite ao resgate da sensação de “pé no chão”, relaxamento e contato com a mãe terra; um retorno às raízes e ao significado de essencial. Seu espaço elegante e rústico, de 44 m², reúne living, quarto, cozinha e banheiro. Os tons terrosos nos revestimentos e a decoração monocromática permeada pelo verde das plantas acolhem o visitante, no espaço escolhido para o lançamento de sua linha autoral de objetos de design afetivo Avesso Perfeito. (Renato Navarro)
03/56 - Melina Romano- Casa Alma Duratex. No momento em que questionamos o que nos é essencial, o Studio Melina Romano e a Duratex defendem que “o mais importante é invisível aos olhos” e apresentam uma casa que instiga as sensações para além da estética. Texturas, aconchego, cores claras e minimalismo traduzem pilares do projeto: slowness, well-being e soulful. Ao visitar o espaço de layout fluido, é possível participar de uma experiência tecnológica personalizada que tangibiliza as sensações humanas, resultando em uma obra de arte. Nos 160 m², a ventilação cruzada e a iluminação natural, acentuadas pelas grandes janelas e claraboias, dialogam com a proposta de trazer bem-estar e conexão. (MCA Estudio)
04/56 - Estudio Guto Requena - Casa LG ThinQ. Em parceria com o estúdio Pax.Arq, o projeto open-source de fabricação digital une design, arte, tecnologia e sustentabilidade em uma casa conectada com o futuro. Construída com chapas de compensado naval de pinus, usinadas em máquina CNC e montada por encaixes que permitem uma obra limpa, rápida e sem resíduos. Salas de estar e jantar, cozinha, quarto, duas varandas e o showroom LG receberam mobiliário de design brasileiro e obras de arte selecionadas pelo arquiteto Guto Requena. (MCA Estudio)
05/56 - Gabriela de Matos - Agô. "Uma palavra do idioma iorubá que significa “pedir licença ou permissão” batiza o espaço de boas-vindas, de 45 m². “Ele traz uma perspectiva afro-brasileira e ameríndia sobre a casa, em que os limites da morada não são definidos por paredes, mas pelas relações com o ambiente, nós mesmos e as pessoas ao redor”, conta a arquiteta, agradecendo as parcerias do arquiteto Fellipe Brum, da assessora Paula Motta e da artista e irmã Maré de Matos (que assina a obra produzida por participantes do curso de pintura para mulheres promovido pela Coral e CASACOR). No centro, o banco de taipa feito no local representa a tecnologia milenar e ancestral. (Salvador Cordaro)
06/56 - Fernando Brandão - "ESPAÇO CORAL Uma janela para o amanhã". Ocupando uma área de 200m² no rooftop da mostra, o arquiteto desenvolveu um espaço de contemplação para o lançamento da nova paleta de cores da Coral Colour Future 2022. Uma passarela conduz os visitantes a uma galeria de atmosfera lúdica envolvida por vegetação e totem coloridos suspensos que foram dispostos em ambos os lados. Na cobertura, treliças trabalhadas filtram o sol e criam efeitos interessantes de sombras no chão. O paisagismo por Mônica Costa e a luminotécnica, Guinter Parschaski. (Renato Navarro)
07/56 - Alexandre Gedeon e Hugo Schwartz - Loft do Colecionador. Obras artísticas foram o ponto de partida para a elaboração do projeto assinado pelos profissionais da InTown Arquitetura. Hugo Schwartz, um dos sócios, conta que nos últimos anos alguns clientes vinham pedindo sugestões de obras de artes, fazendo com que a dupla se aprofundasse sobre o assunto. Para compor o ambiente destacam-se os trabalhos de Thiago Haidar, Manoela Monteiro, Rizza e Susanne Schirato e a curadoria cuidadosa de peças de design nacional. (MCA Estudio)
08/56 - Gustavo Martins - CASA Å LEVE. Do dicionário norueguês vem a palavra que inspira o ambiente do arquiteto Gustavo Martins. Significa ‘viver’. “A Casa Å LEVE traz em seu nome o conceito do projeto e se concretiza no elo entre o artesão e o designer, ressaltando o ato da criação”, define. Com referências da arquitetura escandinava, o espaço valoriza as texturas e o uso de materiais naturais, como pedra e madeira que promovem conforto e bem-estar. O uso de luzes de LED e a abundante iluminação natural reduzem o consumo energético e trazem conforto visual. (Renato Navarro)
09/56 - Alexandre Squassoni - Bella Vita. Dizem que a cozinha é o coração da casa, porque nela a família se reúne, cria memórias afetivas, estreita laços. Ao redor da mesa é o espaço de celebrações. O arquiteto, que participa pela primeira vez da mostra, explica que Bella Vita foi pensado nessa relação que ficou ainda mais intensa nos últimos tempos. O painel revestido de madeira que envolve a sala do almoço cria uma atmosfera aconchegante e, na cozinha, o brise laqueado traz o verde do jardim para o ambiente. No hall, a obra Ausência, do artista Cholito. (Renato Navarro)
10/56 - Catê Poli e João Jadão - Rooftop CASACOR. Inspirado nos beach clubs rústicos de Mykonos, Tulum e Trancoso, o espaço de 224 m² nasce para trazer um clima de férias de verão pós-pandemia. “Criamos um lugar para o visitante usar, descansar, curtir o céu, admirar a vista e ter um pouco da sensação de esperança de que a pandemia está acabando”, revela a arquiteta paisagista Catê Poli, que assina o ambiente com o paisagista João Jadão. A dupla optou por espécies de plantas adaptadas ao clima e que não exigem muita água além disso, pós o evento, todos os materiais serão reaproveitados integralmente. (Evelyn Müller)
11/56 - Érica Salguero - Espaço Kairós. A nova rotina pós-pandemia e o deus grego do tempo oportuno, Kairós (aquele que não é baseado em horas e sim em momentos de relaxamento e felicidade), são a grande inspiração da arquiteta na suíte master com sala de banho e home office, de 68 m². Na contramão do agito urbano, ela apresenta um ambiente que privilegia os sentidos, o bem-estar, as referências afetivas, a gratidão e o resgate da qualidade de vida. Madeira e palha naturais, além da paleta de cores suaves, estão entre os destaques. (Renato Navarro)
12/56 - BC Arquitetos - Casa Alva. Os sócios e arquitetos Bruno Carvalho e Camila Avelar apresentam uma casa de 180 m², construída em estrutura metálica desmontável, como uma caixa monocromática. O projeto contou com a colaboração do coletivo Estudio Manus e do set designer Aldi Flosi. A casa de traços simples traz elementos delicados e sensoriais, representados por recortes, curvas e texturas que, aos poucos, revelam os espaços (living, cozinha, escritório, suíte, spa e piscina), integrados e conectados pela natureza, a água, o vento e a luz. (MCA Estudio)
13/56 - KalilFerre Paisagismo - Meu Verde Particular. Criado pelos paisagistas Elaine Kalil e Maurício Ferre, o espaço de contemplação é um convite para pausa e lazer durante a visita à mostra. Ali, visitantes desfrutam da generosa área verde distribuída em canteiros, vasos e floreiras cimentícias. A vegetação tropical que compõe o paisagismo traz uma variedade de formatos, texturas e cores. No jardim, uma escultura em forma de árvore, feita de bambu, estende os seus galhos até o teto. O toque lúdico vem dos balanços dispostos ao redor da praça. (Evelyn Müller)
14/56 - Gregory Copello - Quarto Noah. Pela primeira vez em CASACOR SP, o arquiteto apresenta um lugar cheio de paz: um reduto de adolescente, de 25 m², que inspira a autoconexão, a calma e o descanso. “Usei elementos naturais, tons terrosos, princípios do slow living e cores neutras e suaves para ser adequado a todos os gêneros”, explica. Um dos destaques é o muxarabi iluminado atrás do armário transparente e na cabeceira da cama, que trazem acolhimento. Luz natural e ventilação cruzada completam o clima de tranquilidade. (MCA Estudio)
15/56 - Ana Weege - Living Galeria Perspectiva. Para marcar sua estreia na mostra, Ana Weege desenvolveu seu projeto inspirando-se nos elementos da natureza e em suas formas orgânicas. No terraço sensorial, acomodada sobre o cocho feito de areia, uma esfera de 50 quilos de quartzo hematóide (pedra da cura) evoca saúde. Obras do artista plástico Gian Luca Ewbank, instaladas no piso do hall galeria, conduz os olhares atentos dos visitantes. O sofá Marc desenhado por Ana Weege, faz parceria com o aparador bar, assinado por Gustavo Bittencourt e com a poltrona Fartura, de Tiago Curioni. (Evelyn Müller)
16/56 - Kika Tiengo - Hall Abluo. Em sua estreia na CASACOR, a arquiteta apresenta um ambiente (de 17 m²) que ganhou relevância com a pandemia. O nome Abluo diz tudo: significa limpeza, purificação. “É no hall que lavamos as mãos, tiramos os sapatos, deixamos o mundo para trás e entramos no ninho”, diz Kika Tiengo. O lavatório em cerâmica artesanal é destaque. Cores e texturas lembram o otimismo do Memphis, movimento que marcou o design pós-moderno. Entre as escolhas sustentáveis estão o papel de parede líquido reutilizável e o piso de demolição. (Renato Navarro)
17/56 - Tufi Mousse - Restaurante Terraço. Alinhada com a necessidade de um amplo ambiente arejado e ventilado, o arquiteto Tufi Mousse elaborou o restaurante de 366m2 com arquitetura leve e conectada à paisagem externa. Pórticos e pergolados estruturados em metal e revestidos com laminado geram uma geometria que define o espaço e demarca em contornos todo o projeto. O mote foi oferecer segurança ao cliente do espaço. Destaque para estrutura do projeto chegou pré-pronta à obra, gerando poucos resíduos. Além disso, é desmontável e poderá ser reaproveitada após o evento. (Salvador Cordaro)
18/56 - Studio Roca - Casa Égide. Foi pensando em adaptar a casa às mudanças no mundo e nas prioridades das pessoas que os arquitetos Carlos Carvalho, Rodrigo Beze e Caio Carvalho, do Studio Roca, colocaram a sustentabilidade e a reconexão como pilares do espaço. Nos 80 m² do ambiente que tem o formato em “U” e foi erguido com estrutura metálica desmontável para ser o anexo de uma casa principal, o sentido da palavra ‘égide’ surge como abrigo, amparo e proteção. Um lugar para aproveitar a família, preparar a própria refeição e desfrutar o jardim. Como destaque do espaço o móbile do artista e ex-dançarino Thiago Sancho, que ressalta a ideia de leveza. (MCA Estudio)
19/56 - Elaine Vilela de Sousa - Banheiro Unissex Brasilidade. Em sua primeira vez na CASACOR, a designer de interiores traz a brasilidade como elemento criador de aconchego, representada especialmente na paleta de cores. Tons de verde da floresta amazônica estão no revestimento cerâmico que envolve as paredes do ambiente de 20 m², além da tela solar com iluminação, que se estende pelo hall de entrada. O ripado de madeira e a palha aplicada no forro completam o clima intimista, que prima pelos materiais naturais. (Renato Navarro)
20/56 - Arthur Guimarães - Lounge Comandante Rolim Amaro. No ambiente que marca a entrada da mostra, o arquiteto propõe um lounge de primeira classe para os visitantes “se sentirem em casa”. “Depois de um período de isolamento, quis trazer a aviação como símbolo da nossa mobilidade”, conta. Com sala de estar e jantar, adega climatizada e lavatórios, o espaço de 110 m² apresenta mobiliário contemporâneo, obras de arte, fotografias e tapete produzido a partir de resíduos da indústria têxtil. Destaque para os lavatórios, desenhados por Arthur Guimarães para o ambiente, são de mármore italiano, em coloração vinho vívida e intensa. (Salvador Cordaro)
21/56 - Paco Alvarez - La Gruta. A busca do lar e dos espaços de trabalho ancestrais costuram os 35 m² da sala criada para acolher os jornalistas durante a mostra. “Quis resgatar uma habitação mais primitiva e natural, e que fosse aconchegante e confortável para trabalhar”, diz o designer de interiores e produto Paco Álvarez. As paredes são revestidas de palha de palmeira (mesmo material aplicado no forro) e uma argila com textura de adobe. O mobiliário e as luminárias são peças feitas a mão, produzidas localmente por artesãos. (Evelyn Müller)
22/56 - Matheus Lima - Sans Tache. Em sua primeira participação na mostra, Matheus Lima, o mais jovem profissional desta edição escolheu para seu projeto peças pontuais com design marcante, como o sofá cor-de-rosa de 4 metros de extensão. “Ele contrapõe toda a composição da sala íntima que está com um conceito bem masculino e uma pegada mais ‘dark’”, explica o designer. A iluminação cênica e o ripado curvo em madeira escura que envolve o espaço reforçam o clima intimista e dramático. O nome que inspirou o projeto do espaço veio do quadro assinado pelo artista Gabriel Wickbold. Do francês, significa ‘sem manchas'. (Renato Navarro)
23/56 - Debora Aguiar - Riserva Todeschini. A arquiteta apresenta um espaço acolhedor como um ninho ou casulo, refletindo a ideia da casa como lugar cada vez mais protagonista em nossas vidas, um refúgio e centro de tudo. Um lar. Em cerca de 250 m², ela distribui living, espaço gourmet, suíte com closet, banho e jardim, além do pergolado. Na atmosfera acolhedora, a madeira escurecida é elemento central: alguns forros abraçam as paredes, o piso de madeira em tábuas largas recebe quem chega e colunas na fachada filtram a luz natural. (Salvador Cordaro)
24/56 - Pedro Luiz de Marqui - Estúdio Liberdade. O estúdio de 60 m² marca a estreia do arquiteto na CASACOR, que se afastou das tendências para manter a liberdade criativa, apegando-se ao emocional, lúdico e extravagante. “A ideia foi aplicar diversos materiais que se contrapõem, representando o passado e o presente, como uma caverna contemporânea”, explica. Mármore brasileiro, cimento, alumínio, bronze, tecidos de lã e veludo e detalhes em barro e madeira estão entre suas escolhas. Uma instalação artística feita em parceria com o designer Lucas Recchia composta por placas de vidro derretido delimita as áreas social e íntima. A montagem do espaço em wood frame garantiu uma construção seca e sustentável. Outro ponto ecofriendly é a utilização de vidros fundidos com energia solar e as peças em mármore remanescente de pedreiras brasileiras. (MCA Estudio)
25/56 - Weiss Arquitetura - Café Petra. Pedra e madeira são os protagonistas e a inspiração fundamental no ambiente de 61 m² que recebe a Dona Deola, criado pelos arquitetos Barbara Carvalho e Tide Junqueira. “Voltamos às origens tanto nos materiais quanto nas referências da arquitetura afetiva das casas do Brasil antigo, dos nossos antepassados”, conta a dupla. Ladrilho hidráulico, mobiliário orgânico e o muxarabi de madeira reforçam o aconchego e as memórias, junto às obras das artistas Lelli de Orléans e Bragança e Lorena Leão. (Salvador Cordaro)
26/56 - Caio Bandeira e Tiago Martins - Sopro Orgânico. O loft de 110 m² se destaca por suas curvas, texturas, formas irregulares e pelo uso de materiais naturais, como o mármore canelado. No projeto desenvolvido por Caio Bandeira e Tiago Martins, do escritório Architects+Co, o espaço foi dividido em um amplo lounge com quarto, closet, banheiro e uma cozinha em conceito aberto. “Unindo soluções modernas, olhar atento às tendências mundiais e a inspiração da natureza, criamos um lugar cosmopolita e urbano, envolvido pelo verde”, explicam os profissionais. (Renato Navarro)
27/56 - Fabiana Ferré - Alameda Jardins. “Criamos um espaço que convida as pessoas a contemplarem o simples, a se deixarem ficar num ritmo desacelerado, encontrando a tranquilidade que o contato com a natureza nos proporciona”, descreve Fabiana. Construído em uma área de passagem, o jardim contemplativo dispõe de um estar externo com pergolado. No caminho da sustentabilidade destacam-se a escolha por materiais recicláveis como o piso da pérgula e os tijolinhos da parede produzidos a partir de lama e resíduos de lâmpadas fluorescentes. (Evelyn Müller)
28/56 - Très Arquitetura - Aconchegos Portinari. Assinado pelas arquitetas Fernanda Morais, Fernanda Tegacini e Nathalia Mouco, o projeto ocupa uma área de 200 m². A escolha assertiva e equilibrada dos elementos naturais aliados às cores neutras resultou em um ambiente acolhedor e confortável. De forma inovadora, as profissionais apresentam outros jeitos de aplicação para os produtos cerâmicos da Portinari como o uso das lastras no pórtico e porta de passagem e a cerâmica no padrão marmorizado para revestir as paredes. Para economizar energia, toda a iluminação do espaço é de led com automação e a ventilação natural dispensa o uso de ar condicionado. (MCA Estudio)
29/56 - SP Estudio - Casa Ninho. Um lugar leve, fresco e que se traduz em aconchego. As características do espaço projetado pelas arquitetas Patricia de Palma e Fabiana Silveira, do SP Estudio, reforçam a conexão com o tema Casa Original. “A inspiração surgiu do nosso próprio DNA criativo que conta com alguns pilares: personalização, verde de fora pra dentro, texturas, conforto e curadoria de peças especiais”, explicam. Destaque para o piso de madeira natural que reveste a sala e o quarto veio de um apartamento dos anos 60 e depois seguirá para doação. (MCA Estudio)
30/56 - Renata Florenzano - Espaço Terra Brasil. Uma caixa de madeira (cumaru laminada certificada) reveste piso, paredes e forro, acolhendo os visitantes da sala de jantar que traz a brasilidade elegante proveniente da simplicidade dos materiais e da qualidade do design nacional. “Quis mostrar essa sofisticação aconchegante que vem da nossa flora tão rica”, conta a designer de interiores. Mobiliário com linhas arredondadas, couro sustentável e o painel de madeira reaproveitada (assinado por Heloisa Crocco) reforçam a proposta da casa original. (Evelyn Müller)
31/56 - Ticiane Lima - Casa Tempo. Com a residência de 40 m², suspensa sobre um espelho d’água, a arquiteta Ticiane Lima faz sua terceira participação na mostra. Construída sobre uma base em serralheria, traz espaços integrados e décor minimalista. Recortes em pontos estratégicos na arquitetura permitem maior entrada de luz natural e ampliam o contato com a natureza, promovendo o ambiente aconchegante para contemplar a passagem do tempo. O paisagismo que compõe o jardim da casa é assinado por Flávio Abílio. (MCA Estudio)
32/56 - Paulo Azevedo - Living do Apartamento. Inspirado nos luxuosos imóveis no estilo art déco que marcaram as metrópoles nas décadas de 1930 e 1940, o living de Paulo Azevedo traz uma base masculina e tecidos nobres (veludo espanhol nas paredes e seda pura no sofá e nas cortinas). “Fiz um living mais informal, que possibilita outras funções, como o cantinho do computador”, diz o arquiteto. Na paleta de cores reinam os tons terrosos e contrastantes. O tapete de fibra natural recobre os 50 m² do espaço e foi feito a mão com sobras de outras peças. (Salvador Cordaro)
33/56 - Patricia Hagobian - Loft Zéfiro Dunelli. Foi na mitologia grega que Patrícia Hagobian encontrou inspiração para seu projeto. Zéfiro, o deus do vento oeste, de acordo com a lenda, era violento e impetuoso. Para conquistar o coração de sua amada Clóris, deusa da primavera, precisou controlar a sua força, transformando-se em brisa suave. Distribuídos em 140 m², os ambientes foram separados em blocos. Amplas janelas e rasgos próximos ao teto garantem a luz natural e a ventilação do espaço. O ambiente mais amplo do loft, divide-se em sala de TV e home office. Desenhados por Mauricio Bomfim sofá e poltronas complementam o décor elegante. (Salvador Cordaro)
34/56 - Andrezza Alencar - Studio Raiz. Em sua primeira participação na mostra, Andrezza Alencar propõe um convite ao retorno às nossas origens. “Uma celebração da memória, do afeto, e principalmente de onde viemos”. Nessa proposta, a profissional elegeu móveis que enaltecem o design brasileiro para compor os ambientes, divididos em living com home office integrado, adega e jantar. A obra criada pela artista Eva Soban especialmente para o espaço, remete a uma grande raiz, uma alusão ao conceito. Feito a partir de fios de garrafas PET recicladas, o tapete semelhante a um kilim, compõe o décor. (Evelyn Müller)
35/56 - Zanardo Paisagismo - Alameda das Artes. O projeto desenvolvido pelo paisagista Luciano Zanardo para sua segunda participação na mostra, incorpora arte e vegetação. Distribuídas em quadrantes na área principal, 15 patas-de-elefante dividem o espaço com obras de artistas renomados que marcam presença de forma rotativa. No hall de entrada, o profissional optou pelo minimalismo: dois grandes bancos e duas mesas de madeira maciça têm como pano de fundo costelas-de-adão gigantes plantadas em vasos vietnamitas pretos. (Evelyn Müller)
36/56 - Flávia Cardim - Hall e Escadaria. Em sua primeira participação na CASACOR, a arquiteta resgata a linguagem vintage dos anos de 1970 com um leve toque de design clássico no hall de 55 m². O aparador Pierre Cardin é um dos destaques. “Queremos reacender o conceito de acolhimento e a memória daquele período também de mudanças e rupturas”, conta. Tons terrosos marcam presença na palhinha natural que reveste as paredes e nas poltronas de Mike Álvares desenhadas especialmente para o espaço. (Evelyn Müller)
37/56 - Sabrina Gnipper - Banheiro Toré. Para sua primeira participação na CASACOR, a arquiteta trouxe elementos que fazem alusão à ancestralidade e à cultura brasileira, através de artefatos indígenas e do artesanato regional. Se destacam o banco tamanduá feito por índios do Xingu e as luminárias pendentes de diversos modelos confeccionadas em fibras naturais. Os tons terrosos e o pergolado amadeirado rememoram a cultura do barro, das casas feitas de taipa e das paredes de pau a pique. Da artista Rosana Ciotta, os espelhos orgânicos dentro de troncos de árvore simbolizam a conexão com a natureza e o olhar para dentro de si como forma de cura. (Renato Navarro)
38/56 - Fabio Galeazzo - Loja CASACOR por Westwing. A simplicidade do design mediterrâneo com suas formas puras e orgânicas junto às referências da arquitetura primitiva, foram as diretrizes do projeto do designer Fabio Galeazzo para a loja CASACOR. O destaque é o expositor central de granito rústico, vindo de Minas Gerais esculpido por artesãos canteiros. “A ideia foi trazer um ambiente minimalista, monocromático e calmo, rico em texturas e materiais naturais que exploram a beleza do simples”, define. Estruturas de andaimes de obra civil e madeira de demolição foram adaptados para serem usados como prateleiras. (Evelyn Müller)
39/56 - Studio Costa Azevedo - Sala Bayac. O home office, que ganhou destaque com a pandemia, foi o espaço escolhido como tema do projeto dos arquitetos Josemar Costa Jr. e André Azevedo: “De modo geral, os escritórios tendem a não terem uso fora das horas das rotinas de trabalho. Já em nossa proposta, o ambiente funcionará como biblioteca, sala de leitura e até lugar de convívio familiar." Essa sala multiuso, desenvolvida pela dupla, destaca-se pela arquitetura contemporânea de linhas retas e emprego de marcenaria funcional. (Evelyn Müller)
40/56 - Jonathas Matarelli Miranda - Jardim Nuances. Fazer uma releitura dos jardins de inverno e trazer de volta o verde para dentro de casa foi o mote do arquiteto paisagista Jonathas Matarelli Miranda, do Coletivo Aizó. Cercado de aberturas, o jardim de 19 m² com piso de seixos, floreiras metálicas e espécies tropicais exuberantes oferece nuances em frames diferentes para contemplação. “Visto de fora, a cada ângulo ele nos convida ao prazer do contato com a natureza”, diz o profissional, que faz sua primeira participação solo em CASACOR. (Renato Navarro)
41/56 - Gabriela Mendes - Perspectivas. Lançar uma reflexão sobre as diferentes perspectivas que o cenário pandêmico nos trouxe, compreendendo que a vida é fluida e leve, é o cerne do ambiente de 20 m² da arquiteta. Os tantos caminhos e olhares possíveis, que reforçam a não linearidade da vida, são representados em elementos cotidianos como bancada de granito, paredes e painel de marcenaria, mas em formatos segmentados, quebradiços e não óbvios – complementados pelos tons terrosos e naturais e pelos elementos orgânicos e aconchegantes. (Renato Navarro)
42/56 - Manarelli Guimarães - Atelier Lunettes. Foi no processo criativo de Gustavo Eyewear que os arquitetos Thiago Manarelli e Ana Paula Guimarães, encontraram inspiração para montar a loja. “Pensamos em criar um espaço que contasse um pouco a história de como nasciam os projetos do designer. Um lugar comercial, porém com jeito de ateliê”, conta Ana Paula. No teto iluminado, uma pintura geométrica em tons pastel nas cores da nova coleção capturam o olhar do visitante. A pegada sustentável fica por conta dos materiais utilizados na construção das lojas de óculos nas mostras CASACOR São Paulo e CASACOR Ribeirão Preto serão reaproveitados para montar uma loja física. (Evelyn Müller)
43/56 - Marcelo Diniz e Mateus Finzetto - A, Dorê Gourmet L' espace AD. “Pensamos que o espaço deveria ser um convite para receber de diversas formas, tanto no lounge com um bar de apoio, quanto na ilha gourmet”, explica Marcelo. A ilha central direcionou todo o projeto. Embutida em sua estrutura, uma mesa oferece duas possibilidades de uso: como prancha de apoio para um receber informal e mesa convencional quando aberta. Os armários foram deslocados para as laterais juntamente com os eletrodomésticos, dando destaque a parede revestida de cerâmica. Posicionada atrás do sofá, a tela da artista Deise Pucci. No bar, a fotografia de Fernanda Naman faz parceria com as prateleiras de Jader Almeida. (MCA Estudio)
44/56 - Henrique Freneda - Eternidade por um Fio. Inspirado em Karim Rashid, o designer de interiores investe em formas orgânicas para definir a marcenaria e o mobiliário de sua sala de estar. As paredes arredondadas em madeira ripada que toca o teto (com iluminação que lembra os raios de sol) conferem aconchego. Sobre os tons claros, as obras de dois artistas dão um colorido ao ambiente: de Ildeu Lazarinni, a arte Eternidade por um Fio dá nome ao espaço de 33 m², e com resíduos de minérios, Rosa Ferrari marca presença com a tela Das Gerais. (MCA Estudio)
45/56 - Leo Romano - Ateliê Deca. O arquiteto assina o ambiente da Deca com o desejo de transmitir uma sensação boa, um abraço em tempo de retomada de novo fôlego na casa, lugar de alento e proteção. “É um espaço de respiro, calmaria e suavidade, criado para parecer uma lanterna e ser um ponto iluminado na cidade”, conta. Em quase 400 m², o núcleo central de estar se abre para quatro estações que são laboratórios criativos e sensoriais do paladar, do olfato, da poesia e da criação. (MCA Estudio)
46/56 - Larissa Abreu - A Loja Essencial. Simplicidade e sofisticação andam juntas no projeto da arquiteta mineira Larissa Abreu, que estreia na mostra. Na loja de essências de 55 m², paredes em tons rosés terrosos ressaltam o quartzito nacional verde bambu, aplicado no balcão central do espaço. Elementos rústicos, como as luminárias pendentes de cestarias, são responsáveis pelo clima acolhedor. No painel da logomarca da loja, a profissional escolheu papel de parede líquido sustentável à base d’água, que pode ser reutilizado. As esculturas em ferro levam a assinatura do artista plástico e designer Rapha Preto. (Evelyn Müller)
47/56 - Luciana Paraiso Arquitetura - Livraria. Um gazebo de estrutura metálica coberto por vegetação aromática surpreende os visitantes e marca a entrada da livraria inspirada nas memórias afetivas das arquitetas e sócias Luciana Paraiso e Luisa Pernet. Com 52 m² e um forro que desenha três abóbadas no pé-direito duplo, o ambiente tira proveito do momento recente delicado, em que ficamos mais em casa, para resgatar o prazer de hábitos como a leitura, em um espaço que exala contemplação e sensação de estar em casa. (Renato Navarro)
48/56 - Mônica Costa - Jardim Nômade. No rooftop da mostra, no entorno da Casa LG ThinQ, a arquiteta paisagista tirou partido do conceito de residência móvel em seu espaço de 340 m². Totalmente desmontável, o projeto cria jardins em vasos com folhagens tropicais, sobre piso drenante e cores neutras, tudo inspirado em viagens pela Europa. O mobiliário, de madeira e tecidos adequados a áreas externas, proporciona conforto para uma pausa agradável nesse momento de transição, após o longo período de isolamento social. (Evelyn Müller)
49/56 - Buriti Arquitetura - Ateliê de Taipa. No projeto da arquiteta Jéssica Martins, do Burti Arquitetura, o espaço de 16m² foi pensado para uma italiana, chef de cozinha, cuja vida agitada e cheia de compromissos mudou com a pandemia. Ao voltar para si, resgatou dois hobbies que amava quando jovem: a pintura e a cerâmica. “É nesse local exclusivo que ela se encontra com sua essência, com um canto para limpar os pincéis, desenhar e pintar suas obras. Lugar para tomar um vinho, enquanto descansa da rotina que retornou ao normal”, descreve. (Rafael Renzo)
50/56 - Letícia Marchizelli - Banheiro Raízes. A arquiteta estreante em CASACOR apresenta um espaço que enaltece o design biofílico e a volta da vegetação ao interior da casa. Os arranjos de kokedama (técnica japonesa) e grandes vasos, além dos materiais, cores e texturas naturais criam a atmosfera de conexão com a natureza. O piso em pedra tem paginação orgânica e o verde ainda marca presença na folhagem sutil do papel de parede. Atrás dos espelhos, o painel de madeira lembra os cobogós cerâmicos e dá o toque de transparência ao ambiente. (MCA Estudio)
51/56 - Dois A Arquitetura e Interiores - Algaroba. As profissionais Ana Paula e Ana Claudia Nonato estreiam na CASACOR São Paulo com o projeto do bar que ocupa uma área de 300m². O ambiente em estilo casual traz espaços que se integram de forma fluida e se destacam pelo uso de elementos naturais e rústicos como o carpaccio de pedras e a madeira presente nos móveis e nos revestimentos. No teto, instalado de forma ondular, o material acústico feito de lã de PET pintado em degradê de tons terrosos faz referência à natureza. (Rafael Renzo)
52/56 - Mauro Contesini - Escadaria Mezzetino. "A rampa de acesso que une os dois pavimentos da CASACOR se transformou em um lugar de contemplação no projeto de Mauro Contesini. Plantas que trazem à memória as casas das avós, como samambaias, avencas e coleus, compõem a vegetação do espaço. Da iluminação vem o clima acolhedor. “Tirando proveito da luz âmbar, criamos a atmosfera com a sensação de pôr do sol. Uma forma poética de receber os visitantes”, diz. Na entrada, a escultura Mezzetino da artista Sônia Menna Barreto, batiza o ambiente. (Divulgação)
53/56 - Leo Shehtman - Social House. Veterano de CASACOR, o arquiteto propõe este ano um loft de linguagem jovem e masculina, representando um morador muito ligado a tecnologia e influências digitais, que usa a casa também como espaço de trabalho e produção de conteúdos como lives e podcasts. Com cores sóbrias, tons escuros, formas orgânicas e materiais que se conectam com a natureza, os 125 m² retratam um estilo contemporâneo brasileiro. A luminária La Festa delle Farfalle, de Ingo Maurer, é um dos destaques do projeto, que reúne ainda mobiliário com peças do Estúdio Mula Preta, +55design e arte de Elizabeth Cerviño. (Salvador Cordaro)
54/56 - Fernanda Rubatino - Quarto La Vie. Para sua primeira participação na CASACOR, a arquiteta trouxe elementos que fazem menção a Minas Gerais, sua terra natal. Em uma das paredes do quarto, pinturas de montanhas da artista Priscila Yoo lembram as paisagens mineiras, enquanto os brinquedos de madeira e capas de almofadas bordadas artesanalmente, tradicionais da região, complementam o décor. Destaque do projeto, uma árvore incorporada ao cantinho da leitura estende seus galhos até o teto fazendo a iluminação do ambiente e para a arte de Elka Andrello, que projeta passarinhos que se movimentam. (Renato Navarro)
55/56 - GDL Arquitetura - Espaço Wellness. "Buscamos explorar a desconexão 'pé no chão - terra', a purificação 'água' e o respiro 'ar' apresentando-se como uma autêntica experimentação sobre a dissolução da arquitetura no espaço natural'', explica Gabriel de Lucca, autor do projeto. O visitante, imerso em uma atmosfera sensorial, é envolvido pelos elementos da natureza, como o ruído das águas, o vento e o brincar das sombras entre os brises e as folhas. Na sustentabilidade se destacam o uso da economia circular e da construção seca. (MCA Estudio)
56/56 - Brunete Fraccaroli - Simplesmente Dourado. Reconhecida pelo uso de cores em seus projetos, a arquiteta decidiu trabalhar com branco e dourado na mostra deste ano. “Ao meu ver eram as cores capazes de transmitir de maneira indireta e sensível as temáticas da atualidade”, explica a profissional. O branco simboliza a paz e está ligado à limpeza, uma questão que sempre foi importante na vida de todos, sobretudo na pandemia. Já o dourado remete ao sol que é fonte de saúde e representa o renascimento alcançado com os avanços da vacinação. (Renato Navarro)