A multifacetada artista Tomie Ohtake completaria 110 anos nesta terça-feira. Pintora, gravadora, escultora, Tomie nasceu em Kyoto, no Japão, em 1913, e veio para o Brasil em 1936, quando fixou-se em São Paulo. Sua vasta obra é marcada pelo uso de cores, luzes e sombras. Em suas esculturas, destaca-se o uso de formas sinuosas. No Brasil, Tomie imprime sua marca em grandes cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, através de suas esculturas de grandes dimensões.
A seguir, conheça 5 esculturas de Tomie Ohtake pelo Brasil:
Tomie na 23 de Maio - Instituto Tomie Ohtake / CASACOR
Em homeagem à imigração japonesa no Brasil, a escultura localizada na Avenida 23 de Maio, uma das mais importantes de São Paulo, foi erguida à época da comemoração dos 80 anos da chegada dos japoneses ao país.
Tomie - Reprodução / CASACOR
De formas onduladas, a obra Estrela do Mar se situava na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, entre os anos 1985 e 1990. Posteriormente, aobra foi desmontada e se perdeu na década de 1990.
Tomie Ohtake - Reprodução / CASACOR
Diante do poderoso Auditório Ibirapuera, em São Paulo, cuja obra arquitetônica é assinada por Oscar Niemeyer, a imensa onda vermelha de Tomie Ohtake contrasta com o interior predominantemente branco do edifício.
Tomie - Reprodução / CASACOR
Com 20 metros de comprimento e 15 de altura, a obra localizada na orla da cidade de Santos é uma referência na cidade. A escultura que integra o parque projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake – filho da artista plástica – foi inaugurada em 2009.
Tomie - Divulgação / CASACOR
Já em Santo André, no ABC Paulista, a obra feita de aço carbono de Tomie Ohtake pesa cerca de 15 toneladas, possui 6 metros de largura e 12 metros de altura. Inaugurada em 2013, a escultura fica localizada na praça Cívica, no Paço Municipal de Santo André.
Sobre Tomie Ohtake:Tomie - Reprodução / CASACOR
Tomie Ohtake é uma das principais representantes da arte abstrata no Brasil. Artista plástica, Tomie, que se mudou para o Brasil em 1936, deu início à sua carreira artística aos 37 anos, quando se tornou membro do grupo Seibi, que reunia artistas de descendência japonesa. Sua produção abrange serigrafia, litogravura, gravura em metal, quadros e esculturas. Foi uma das mais premiadas artistas do Brasil, sempre destacando a importância das artes asiáticas em suas obras.
Em 1957, Tomie Ohtake realizou sua primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) a convite do crítico Mário Pedrosa, o que culminou na participação da artista da Bienal de São Paulo, em 1961. Na década de 1970, a artista foi convidada a participar da Bienal de Veneza. Já no final da década de 1980, Ohtake deu início à execução de seus projetos esculturais de grande escala em São Paulo e nas cidades vizinhas.
Nos anos 2000 foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, com o intuito de ser um espaço que pudesse abrigar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design. Embora já com 90 anos, a artista não parou de produzir as suas obras com regularidade. Tomie Ohtake faleceu em 2015, aos 101 anos de idade.