A mostra parte do estudo para um dispositivo expográfico realizado pela arquiteta no início dos anos 1980 para o projeto de reforma do museu
Atualizado em 22 set 2023, 17:53 - Publicado em 24 set 2023, 15:00
(EstúdioemObra/)
No marco de seus 75 anos, o Museu de Arte Moderna de São Paulo traz ao público uma mostra que busca refletir sobre a reforma de sua sede realizada no início dos anos 1980 pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914-1922), e sobre o legado que esse projeto deixou. Com curadoria de Gabriela Gotoda e Pedro Nery, a exposição Lina Bo Bardi e o MAM no Parque ocupa a Biblioteca Paulo Mendes de Almeida até 28 de janeiro de 2024 com documentos e desenhos do projeto de Lina.Ao longo de sua história, o MAM ocupou diversos espaços. Em seus primeiros anos, o museu esteve no edifício dos Diários Associados na Rua Sete de Abril, na região central de São Paulo, em um espaço adaptado pelo arquiteto Vilanova Artigas.
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Depois, o MAM ocupou uma parte do Pavilhão Matarazzo em meados dos anos 1950, época em que a Bienal de São Paulo ainda era um evento do museu. Após a doação de seu acervo à Universidade de São Paulo (USP), o MAM passou por um período de reorganização e reabriu em 1969 em uma nova sede: o espaço instalado sob a marquise do Parque Ibirapuera, onde está até hoje.No texto que acompanha a exposição, os curadores contam que “este espaço integra o conjunto arquitetônico do Parque desde a sua fundação em 1954. Após abrigar o Museu de Cera até, ao menos, o ano seguinte, recebeu a exposição Bahia no Ibirapuera, de Lina Bo Bardi e Martim Gonçalves em 1959, e, depois, foi usado por quase uma década como depósito da Bienal. A partir da concessão para uso do edifício atribuída pela prefeitura em 1968, o MAM convidou Giancarlo Palanti para reformar o pavilhão que se tornaria a sede do museu. Mas foi apenas com a reforma projetada por Lina Bo Bardi (com colaboração de André Vainer e Marcelo Ferraz) em 1982 – entregue em 1983 – que o MAM executou a fachada de vidro que transformaria a sua relação com o Parque Ibirapuera”.