Projeto de reabilitação do bairro Giambellino-Lorenteggio - Divulgação / CASACOR
No primeiro semestre de 2021, a
cidade de Milão ganhou um presente e também um desafio: a aprovação do plano de
regeneração do bairro Giambellino-Lorenteggio. O projeto, que foi lançado em abril deste ano, é fruto da união entre Milão e a ALER (Azienda Lombarda di Edilizia Residenziale).
O projeto prevê a demolição e
reconstrução de cinco dos 31 blocos habitacionais do bairro com o objetivo de criar espaços urbanos mais verdes. A expectativa é de fazer a plantação de árvores, criar novas calçadas com canteiros de flores e muitas áreas verdes, além de uma ciclovia que se conecta à San Cristoforo e outras vias importantes.
Projeto de reabilitação do bairro Giambellino-Lorenteggio - Divulgação / CASACOR
Diante da reabilitação, a ideia é criar áreas sociais para o bairro e fomentar a cultura na região. A
Biblioteca Nova Lorenteggio, resultado de um concurso internacional vencido por Grau Magaña Urtzi irá dispor de espaços para leitura e estudo, exposições e espaços para palestras.
Outra obra importante que irá acontecer na região é um
parque cultural no bairro Giambellino-Lorenteggio que será construído em uma área abandonada de 127.000 m².
"O objetivo é criar opções de lazer no entorno por meio de novos pontos de atração como a biblioteca, o mercado, os negócios emergentes e as ciclovias, para garantir que Giambellino deixe para trás sua função original de bairro doméstico", explica Pierfrancesco Maran, Vice-Prefeito de Urbanismo da Cidade de Milão.
Projeto de reabilitação do bairro Giambellino-Lorenteggio - Divulgação / CASACOR
Apesar da proposta ser inspiradora, o
plano apresentado pela prefeitura não coincide com o plano diretor. O bairro Giambellino é considerado como periférico, cujo tecido social é marcado por 4.285 habitantes, onde 40,3% desse número são estrangeiros, 23,3% tem mais de 65 anos e 70% possuem renda Isee-Erp inferior a 14 mil euros.
O resultado foi uma certa desconfiança por parte dos moradores que se sentiram inseguros em relação a
decisão de demolir os cinco edifícios (entre as vias Lorenteggio, Giambellino, Odazio e Inganni) ao invés de reconstruir todos eles, pelo menos parcialmente.
O momento agora está sendo de bastante experimento e discussão com a comunidade para entender quais mudanças podem ser aplicadas à reabilitação para não gerar descontentamento da população local.