De florestas urbanas a transportes de última geração e arquitetura sustentável, esses projetos moldarão o futuro da vida urbana e sua relação com a natureza
Atualizado em 21 jul 2022, 13:34 - Publicado em 21 jul 2022, 15:00
Ilustração do futuro projeto de jardim urbano linear em Paris / (PCA-Stream/)
Não é novidade para ninguém que as cidades estão sempre em constante mudança. Mas, o questionamento que fica é: como a estrutura das maiores cidades do mundo provavelmente ficarão até 2030? Bom, certamente, elas vão ficar maiores e mais altas, entretanto também irão ficar mais verdes e sustentáveis!
Os grandes desenvolvimentos dos próximos 10 anos incluem muitas medidas anticarros, florestas urbanas em abundância e diversos projetos de geração de energia sustentável. E a boa notícia é que tudo isso já está acontecendo!
A seguir, estão os 10 maiores e mais impressionantes desenvolvimentos urbanos que podem mudar os horizontes do mundo até 2030.
Se tem uma coisa que Paris não é, é verde. As ruas são revestidas de asfalto, concreto e muito calcário. Até mesmo os parques tendem a ser cascalho ao invés de árvores. Em breve, no entanto, o centro da cidade irá passar por uma mudança significativa.
Um projeto liderado pela prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, pretende fazer da capital francesa a cidade mais verde da Europa até 2030. A proposta é inserir uma visão ambientalmente correta da vida na cidade, incluindo desde a proibição da circulação de carros a vastas florestas urbanas.
Além disso, está em andamento o plano de plantar quatro novas "florestas urbanas" ao lado de marcos importantes da cidade, incluindo o Hôtel de Ville, o Gare de Lyon e a Opéra Garnier. Até 2026, serão plantadas mais de 170.000 árvores em toda a capital, com 50% da cidade coberta por áreas verdes até 2030.
Para resolver os problemas de trânsito de uma das cidades mais turísticas dos Estados Unidos, Los Angeles está olhando para o céu em busca de algumas alternativas criativas.
Entre elas, destacam-se as gôndolas que buscam transportar as pessoas de um ponto turístico para outro sem a necessidade de deslocamento via carro, o que já resolveria uma grande porcentagem de trânsito na cidade e, também, o tempo de qualidade dos visitantes dentro da cidade.
Nos últimos anos, a empresa japonesa Toyota investiu centenas de milhões de dólares em tecnologia artificial para carros e robôs, alguns dos quais foram utilizados nas Olimpíadas de Tokyo.
O projeto da empresa é construir uma “cidade inteligente”, chamada Woven City, em Monte Fuji, nos arredores de Tokyo. A cidade será usada para facilitar praticamente tudo o que você pode imaginar: restabelecer a geladeira, tirar o lixo e até realizar exames de saúde.
Para começar, espera-se que 2.000 funcionários da Toyota e suas famílias se mudem para a cidade para testar os sistemas domésticos “automatizados”.
As Olimpíadas de Londres podem parecer muito tempo atrás, mas a London Legacy Development Corporation ainda está tentando continuar o tão esperado legado olímpico.
Seu projeto é construir o chamado "Distrito Cultural e Educacional" no antigo local do Parque Olímpico, no leste de Londres, com museu, escola de dança, campus universitário e empreendimento residencial.
A capital sul-coreana, Seul, acaba de começar a plantar uma série de florestas de “caminhos de vento” que visam melhorar a circulação de ar limpo no centro, e ajudar a reduzir as temperaturas no centro da cidade de Seul em até 7°C no verão.
Uma série de florestas de pinheiros e bordos estão sendo plantadas ao longo de rios e estradas, criando “caminhos” que canalizam ar limpo e fresco das Montanhas Gwanaksan e Bukhansan até o centro. Carvalhos e cerejeiras selvagens também estão sendo plantados para ajudar a purificar o ar, absorvendo partículas (incluindo vários poluentes).
Sydney e Parramatta, na Austrália, devem ter uma nova cidade-irmã nas próximas décadas. Uma área urbana totalmente nova, apelidada de "Aerotropolis", está sendo construída 60 km a oeste do centro da cidade de Sydney, perto do novo aeroporto Western Sydney International (também em construção).
Com o objetivo de ser o "próximo portal global" da Austrália, o Aerotopolis de 11 mil hectares será conectado ao aeroporto e ao centro de Sydney por trem já em 2026, embora a cidade não deva ser totalmente concluída em pelo menos 15 anos.
Quando estiver pronto, terá setores comerciais, agrícolas, industriais e residenciais e espera-se atrair mais de 12 milhões de visitantes por ano.
Erguendo-se da terra como um reino de gelo místico, a Ilha de Cristal proposta por Moscou, na Rússia, seria uma superestrutura como nenhuma outra.
Com 2,5 milhões de metros quadrados de área útil, esta peça projetada pelo renomado arquiteto Norman Foster está atualmente definida para ser o maior edifício do mundo. E graças a uma estrutura externa semelhante a uma tenda, também seria uma das mais ecológicas.
Essa chamada “segunda pele” atuaria como um amortecedor térmico, reduzindo a perda de calor durante o inverno russo rigoroso e permitiria o resfriamento natural durante o verão. Turbinas eólicas e painéis solares também adornam o exterior, fornecendo energia para os escritórios, casas, lojas e espaços culturais alojados no interior.
O projeto está em andamento há mais de uma década e ainda busca mais apoio financeiro para que a construção possa, de fato, começar.
Não só a cidade atualmente abriga o edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, como também está a meio caminho da construção da torre mais alta do mundo – a diferença é que uma torre não é destinada a escritórios ou residências.
Construída pelos mesmos desenvolvedores do Burj Khalifa, a Dubai Creek Tower terá pelo menos 900 metros de altura, tornando-a muito mais alta que a torre Skytree de 634 metros em Tokyo.
O projeto do arquiteto Santiago Calatrava é inspirado na flor de lírio e nos minaretes da mesquita, e contará com um deck de observação de 360 graus e um amplo piso no estilo dos Jardins Suspensos da Babilônia.
Aderindo à tendência florestal, Montreal, no Canadá, acaba de revelar alguns planos deslumbrantes para transformar uma rua importante no centro da cidade em praça pública arborizada.
Com o objetivo de reduzir o efeito de “ilha de calor” da cidade, o projeto desenvolvido por diversos arquitetos envolverá o plantio de centenas de árvores e a criação de vários lagos, bem ao lado do campus da McGill University.
O projeto está programado para começar entre 2023 e 2024.
Poucos skylines são tão icônicos quanto os de Nova York. O escritório de arquitetura francês Rescubika lançou recentemente um projeto para o que seria o edifício mais alto dos Estados Unidos, com 737 metros de altura (160 andares) e também o “sumidouro de carbono” mais alto do mundo.
Assemelhando-se a um gigantesco navio de cruzeiro cheio de plantas, a estrutura seria coberta por 2 mil metros quadrados de painéis solares, 36 turbinas eólicas e arbustos suficientes para garantir que absorvesse mais CO2 do que libera.