Na era dos "restaurantes instagramáveis", quando se visita um bar ou restaurante não é só a comida e as bebidas que vão ajudar na avaliação do estabelecimento. O espaço conta (e muito!) e é quase tão importante quanto o preparo dos alimentos – isso porque só é muito melhor degustar novos sabores em um ambiente confortável e que promova bem-estar.

Mas não se trata só de estética: "Diversos fatores precisam ser levados em consideração, como as cores, luzes, presença da natureza e iluminação. E, neste sentido, a experiência do arquiteto faz a diferença”, explica Nathalia Hartung, Head do Archathon, plataforma de contratação de arquitetos.

Além do ambiente onde os clientes se acomodarão, é importante pensar também no design da própria cozinha para garantir mais eficiência, agilidade e fluidez no preparo dos alimentos. Se essas já são características fundamentais para a decoração da cozinha da casa, imagina em um restaurante, que recebe vários pedidos ao mesmo tempo.

Para a arquiteta e urbanista Natália Ferian, fundadora da NeoGourmet Arquitetura, empresa especializada no setor de food service, alguns critérios devem seguir um padrão para qualquer estabelecimento, como a distribuição do espaço – normalmente dedicando um terço à área da cozinha –, e a acústica, que é idealizada para que sons e ruídos não incomodem espaços vizinhos.

Agora, quando se trata da decoração, muitos outros aspectos precisam ser levados em conta para criar a atmosfera perfeita. "Uma cantina italiana tradicional deve apresentar um determinado tipo de enxoval e decorações que remetem às origens desta culinária, enquanto um restaurante italiano que se propõe a ser mais moderno pode explorar outros elementos que fogem do convencional, mesmo que o cardápio seja parecido", exemplifica Natália.

Restaurante Masterchef

A vencedora do primeiro Masterchef Profissionais, Daisy Paparoto, tem um restaurante italiano que leva o seu sobrenome (@paparotocucina) que, em sua construção, contou com a ajuda de profissionais do estúdio de arquitetura Ultra para dar vida ao espaço e a tudo o que ele deveria representar.
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O local foi projetado, construído e decorado com referências à província de Treviso, nordeste da Itália. O objetivo era criar um espaço que promovesse a união e a fraternidade após um longo período de isolamento.
"Desde tapetes, mobiliário com ares de casas da região até a iluminação indireta, buscamos traduzir um pouco do aconchego de Treviso para uma cidade cosmopolita como São Paulo. Os destaques são as referências aos tradicionais arcos de pontes e outras construções presentes na região que inspirou o projeto", conclui o arquiteto Arthur Lauxen, da Ultra.