Os jardins assinados pelo elenco da mostra foram verdadeiros refúgios de tranquilidade e contemplação da natureza
Por Ana Carolina Harada
Atualizado em 25 dez 2017, 20h27 - Publicado em 25 dez 2017, 20h27
1/26 CASACOR São Paulo 2017 – Yamagata Arquitetura - CASA Niwa. Linhas retas e traços arquitetônicos bem marcados se unem a tons profundos e densos. Aqui o destaque é a estante com pequenos nichos, que abrem e fecham por portinhas que se encaixam, para guardar coleções e objetos afetivos. A palavra japonesa Niwa refere-se ao jardim da casa, projetado em parceria com Alex Hanazaki. (Denilson Machado/CASACOR)
2/26 CASACOR Minas Gerais 2017 – Varanda Green - Droysen Tomich, Marcelo Dias e Octávio Davis. Nas parede do casarão, foram intercaladas telas de vergalhão e placas cimentícias 3D. No piso, foi aplicado minério de ferro. O espaço fica mais acolhedor com a paleta de cores em tons de azul, amarelo e um toque de cinza nas poltronas em cordas náuticas. (Divulgação/CASACOR)
3/26 CASACOR Franca: Espaço de Receber da Chef de Cozinha - Marcelo Diniz, Mateus Finzeto e Deise Pucci. Um terraço coberto pelo brise de madeira com direito a horta de temperos e hortaliças completa o espaço. (Felipe Araújo/CASACOR)
4/26 CASACOR São Paulo 2017 – Ricardo Pessuto - Praça Urbana CASACOR. Com 535 m², tem a dimensão de um parque e permitiu criar um lago de 100 m², rodeado por pedras monumentais. A coleção de bancos desenvolvida pelo profissional é apresentada em meio às plantas tropicais e nativas, como jasmim-manga, aspargos, bromélias, russélias, bambu-negro, estrelítzias. (Evelyn Muller/CASACOR)
5/26 CASACOR Paraná 2017 – Jardim das Artes - Arnaldo Brandão, Luciana Brandão e Maria Helena Brandão. Esculturas de mais de dez artistas locais transformam o espaço de 290m² em galeria ao ar livre. O visitante circula pelos decks de madeira certificada e pode apreciar o paisagismo, somado a experiências sonoras. (Daniel Sorrentino/CASACOR)
6/26 CASACOR Goiás 2017 - Shoraya Canêdo - Jardim Interno. Inspiração para espaços pequenos, o jardim reúne espécies tropicais em vasos e painéis verticais, com irrigação automatizada. O deck em mármore travertino ganha acabamento de pedriscos naturais nas laterais. (Jomar Bragança/CASACOR)
7/26 CASACOR Ceará 2017 - Jardim dos Ventos - Thiago Borges. Pedras naturais e granitos são os revestimentos, além de aço para as contenções, para um ar contemporâneo. Simétrico, o layout organiza espécies exóticas - algumas de grande porte, como palmeiras, tamareiras com 10m de altura e as patas-de-elefante com 25 anos de idade. A composição ainda reúne espelhos d’água de borda infinita, revestidos em pedra natural na cor preta. (Esdras Guimarães/CASACOR)
8/26 CASACOR São Paulo 2017 – Alalou Paisagismo - Espaço Zen. Felipe e Maria Lúcia Alalou propõem uma nova forma de contemplar a vista do Jockey, a partir de um jardim japonês. Pedras rústicas remetem a montanhas e a areia, ao percurso da vida. O protagonista é o bambu, em toras que formam uma cortina. (Renato Navarro/CASACOR)
9/26 CASACOR Goiás 2017 - Fernanda Ogata e Flávia Ogata - Jardim Refúgio. Um retorno às origens orientais das paisagistas e homenagem singela aos seus antepassados. Com 93 m², o jardim se torna convidativo com móveis em madeira e explora os contrastes entre o cinza e o verde. Entre as espécies, surgem tilândsia e bromélias raras, bambu-mossô, aspargo rabo-de-gato, buxinho, cavalinha, agave lisa, abacaxi pendente, jabuticabeira, crinum roxo e pândano. (Jomar Bragança/CASACOR)
10/26 CASACOR Franca 2017 - Jardim do Recomeço - Matheus Vilela, Guilherme Mateus e Maria Inês Mendonça. O piso com aspecto de madeira carbonizada, paredes em topázio negro, uma fina cortina d’água e o petit pavet escuro apresentam a natureza degradada. Opondo-se a esse conceito, num esforço por recomeçar, o verde brota em meio às pedras e detalhes do ambiente. Uma pitangueira, palmeiras e xanadus se colocam como símbolo de resistência e boas-vindas aos visitantes, que são levados a uma reflexão ambientalista. (Felipe Araújo/CASACOR)
11/26 CASACOR Pernambuco 2017 - Jardim do Casarão - Lizandra Mendonça Ribeiro, Nathalie Mendonça Ribeiro e Renata Sampaio Romaguera. Um espaço para se contemplar. Ainda que esse ambiente tenha feito parte da edição do ano passado da CASACOR Pernambuco, o jardim não deixou de inovar: uma variedade de vegetação, beocarnes e iluminação direcionada fazem desse espaço um verdadeiro refúgio. (Rogério Maranhão/CASACOR)
12/26 CASACOR São Paulo 2017 – Bia Abreu - Jardim da Casa de Vidro Renault. Poltronas, mesa com lareira e muito verde dão vida ao refúgio. Entre as espécies escolhidas estão samambaias, lambaris, aspargos e véus-de-noiva. Jabuticabeira e palmeiras dão o tom tropical nesta “minimata”. (Renato Navarro/CASACOR)
13/26 CASACOR Ceará 2017 - Jardim das Memórias - Sergei de Castro e Valeria Maldonado. Plantas cultivadas nos tempos das casas com jardins e quintais são incorporadas ao espaço. Papoula, dracena, acácia e palmeira imperial trazem uma memória afetiva e compõem o ambiente, que traz uma estrutura que relembra o conceito original da Central de Artesanato do Ceará (Ceart). (Esdras Guimarães/CASACOR)
14/26 CASACOR Brasília 2017 - Jardim do Chef - Marina Pimentel. Peças ornamentais geométricas formam esculturas no jardim. Ele traz intencionalmente uma vegetação pouco densa, para mais leveza nestes 130m². (Jomar Bragança/CASACOR)
15/26 CASACOR São Paulo 2017 – Alexandre Furcolin - Pátio das Tabocas. O bosque de 530 m² é criado a partir de mais de 500 touceiras, que guardam diversas espécies de bambu, como brasil, jardim, anão e quadrado. No piso, foi utilizado um revestimento drenante, da Braston. (Salvador Cordaro/CASACOR)
16/26 CASACOR São Paulo 2017 – Mauro Cortesini - Jardim do Espaço Bossa. O jardim conecta três espaços e se ajusta de acordo com cada um. Como em um jardim francês, investe nos vasos com topiarias – arte de podar plantas em formas ornamentais -, mas também equilibra força e delicadeza nas floreiras de aço corten. Louro e viburno foram algumas espécies escolhidas, mas as jabuticabeiras também marcam presença. (Marco Antonio/CASACOR)
17/26 CASACOR Pernambuco 2017 - Jardim da Piscina - Luciano Lacerda. O profissional se inspirou no paisagismo contemporâneo para criar esse ambiente. Folhagens ornamentais, ricas em nuances, formas e texturas com plantas exuberantes dão um ar exótico a esse espaço. (Rogério Maranhão/CASACOR)
18/26 CASACOR Brasília 2017 - Jardim de Entrada - Fábio Camargo. O propósito do espaço é seguido à risca: uma praça de boas-vindas e um refúgio do caos urbano. Os 400m² foram paginados com placas cimentícias intercaladas a pisos drenantes, que criam um mosaico. Entre as espécies em evidência, Nolina de grande porte, Pandanus utilis, Cica revoluta, Palmeira Washingtonia e capins, algumas delimitadas pelas estruturas em madeira. (Jomar Bragança/CASACOR)
19/26 CASACOR Franca 2017 - Espaço Shanti - Daniela Muniz. O nome do espaço vem do hinduísmo e significa paz e tranquilidade. O conceito direciona o projeto que valoriza as belezas naturais e culturais da Indonésia. Os quatro elementos inspiraram a criação do jardim do lago. O destaque é uma fonte típica do país asiático. (Divulgação/CASACOR)
20/26 CASACOR São Paulo 2017 – Clariça Lima - Jardim dos Terraços. Três jardins verticais somam quase 2,5 metros de altura e mais de 4 metros de largura. As tramas em serralheria preservam e se adaptam à estrutura original do Jockey, onde se entrelaçam trepadeiras jasmim e guaimbês. Mais de 600 vasos de plantas completam o cenário. (Renato Navarro/CASACOR)
21/26 CASACOR Franca 2017 - Passarela - Sérgio Machado. A Passarela é destaque na fachada da casa. Influenciado pelo tema da mostra, o arquiteto Sérgio Machado buscou inspiração no relevo de Franca para criar um projeto funcional e confortável. Os brises de madeira em formato ondulado, sustentados por estruturas metálicas, facilitam a ventilação e proporcionam iluminação natural. Os moldes do material remetem às três colinas sobre as quais a cidade foi construída. A parede verde, com um mix de folhagens, estabelece um contraponto à geometria da estrutura de metal e madeira. (Felipe Araújo/CASACOR)
22/26 CASACOR Balneário Camboriú 2017 – Píer Seventeen - Bruno Barbieri e Indiara Daros. Com 400 m², o espaço conta com deck que segue os princípios de acessibilidade. Grandes canteiros foram distribuídos e concentram jabuticabeiras, oliveiras e outras espécies. A estrutura externa foi montada com compensados e caibros, que serão reaproveitados em obras futuras de CASACOR. (Lio Simas/CASACOR)
23/26 CASACOR São Paulo 2017 – Alex Hanazaki - Jardim Deca. Produtos da marca foram ressignificados e viram elementos esculturais, como chuveiros que se tornam cascatas. Vinte oliveiras adultas sombreiam o espaço, emoldurado por espelhos d’água com seixos importados da Indonésia. (Yuri Serodio/CASACOR)
24/26 CASACOR Minas Gerais 2017 – Jardins da Entrada - Carla Pimentel e Marina Pimentel. As plantas poderiam possuir no máximo 80 cm de altura, entre outras regras observadas ao intervir em um patrimônio tombado. Nada que intimidasse a dupla, que pensou na composição colorida e aromática de folhagens, laranjinha Kinkan, Manjericão, Lavanda e outras espécies. (Divulgação/CASACOR)
25/26 CASACOR Rio Grande do Norte 2017 – Elemental Garden - Michelle Viana. A imensa placa em mármore, com um desenho único, impacta ao primeiro olhar. O espaço também traz um quê de brutalismo, com o banco em pedra e as formas retilíneas. As plantas se moldam ao redor, nesta sala ao ar livre. (Alberto Medeiros/CASACOR)
26/26 CASACOR Paraná 2017 – Praça CASACOR Paraná 2017 - Melissa Saad e Adriana Mosele. Um momento de pausa é a proposta nestes 500m² repletos de verde. O espaço é delimitado por painéis em aço corten, e o deck pode receber vários tipos de evento. Enquanto isso, as crianças podem brincar no playground em toras de eucalipto. (Daniel Sorrentino/CASACOR)
É difícil imaginar uma cultura que não aprecie jardins. Seja nos Jardins da Babilônia ou nos gramados do Palácio de Versalhes, a proximidade com a natureza agrega beleza e tranquilidade às moradas de todos os tipos.
Em 2017, os jardins deixaram sua marca nas mostras da CASACOR pelo país. Muitos com inspiração oriental, eles ofereceram aos visitantes a possibilidade de sentar, contemplar e refletir. Plantas ornamentais, iluminação e fontes de água ajudaram a criar verdadeiros oásis.
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