Canetas de insulina recicladas se transformam em cadeiras plásticas
A iniciativa faz parte da empresa dinamarquesa Novo Nordisk, focada em saúde e sustentabilidade
Por Yeska Coelho
Atualizado em 24 mai 2023, 10:55 - Publicado em 28 mai 2023, 15:00
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(Divulgação/)
Objetos discretos, mas essenciais para pessoas com diabetes, as canetas de insulina são equipamentos que ajudam a dosar o medicamento e facilitam a aplicação no corpo a qualquer hora e em qualquer lugar. No entanto, apesar da praticidade, elas são descartadas com frequência. As canetas contam com 77% de sua composição feita por plásticos que, por questões de saúde pública, não podem ser descartados em uma lixeira de reciclagem tradicional. Com isso, o destino mais comum das canetas de insulina ao fim de sua vida útil, é a incineração. Uma alternativa mais moderna e que devolve o material para uso na sociedade foi desenvolvido por estudiosos na Dinamarca. A empresa dinamarquesa Novo Nordisk desenvolveu o projeto ReturnPen, o primeiro esquema de recuperação e reciclagem de canetas injetoras descartáveis na França. Rica Mello, líder da câmara de descartáveis e precursora do projeto Plástico Amigo, explicou que a iniciativa faz parte da estratégia ambiental “Circular for Zero” e, até agora, foi desenvolvida em outros três países, sendo eles Dinamarca, Reino Unido e Brasil. “Na Dinamarca, em dois anos o programa já coletou 77 mil canetas, enquanto 15 mil foram recicladas no Reino Unido desde o lançamento do programa, em novembro de 2021. A projeção é de que 700 mil sejam recicladas até o final de 2023”. Na Dinamarca, as injeções são processadas e recicladas pela Zirq Solutions, que criou um processo industrial para reciclar até 85% dos materiaise reutilizá-los na fabricação de cadeiras de plástico, cada uma feita a partir de 120 canetas usadas. Até 2024, a empresa dinamarquesa pretende coletar 5 milhões de canetas usadas a cada ano na França.