Decoração, Ambientes
Aconchegante e encantadora, Cabana do Lago é exemplo de décor afetivo
Em sua décima participação na CASACOR, Paulo Azevedo cria um ambiente folk emocionante que celebra o presente através das memórias do passado
Por Chrys Hadrian
Atualizado em 05 jul 2024, 16:16 - Publicado em 04 jul 2024, 11:00
08 min de leitura
Paulo Azevedo - Cabana do Lago. Projeto da CASACOR São Paulo 2024.(Israel Gollino/)
Em mais uma participação na CASACOR São Paulo, o arquiteto Paulo Azevedo desvela nesta edição da mostra um ambiente inesquecível, repleto de toques pessoais e rico em narrativa. Este refúgio nas montanhas é um verdadeiro testemunho a favor do conforto e da personalidade. 
A Cabana do Lago não é apenas um espaço decorativo; é uma viagem no tempo e no espaço. Para se inspirar, Paulo criou a história fictícia do casal Lauro e Frigga, um biólogo e uma voluntária dinamarquesa da Cruz Vermelha. Após se casarem, e com os filhos já independentes, decidiram deixar a Europa em busca de um local mais acolhedor. Construíram este santuário com diversas referências de suas jornadas em um local montanhoso mais isolado, buscando reconectar-se com a natureza e consigo próprios. 
Uma das características que torna este ambiente de 70m2 ainda mais acolhedor é a escolha do teto rebaixado e dos tons suaves de marfim amarelado nas paredes. O uso de padrões tradicionais de estamparia, como florais, listrados e xadrezes, traz uma sensação de nostalgia e se complementa harmoniosamente aos itens da decoração. A paleta de cores, com uma base clara que evoca a simplicidade dos anos 90, é atualizada com toques de azul e vermelho na decoração, criando um equilíbrio entre passado e presente. 
A iluminação quente é distribuída em diferentes luminárias de piso, parede, mesa e pendente, o que permite criar vários cenários distintos. As cúpulas das arandelas, feitas com linho por Polly Blanc, conferem um toque artesanal e aconchegante ao espaço. O piso, uma madeira natural, foi deixado sem proteção e exposto ao desgaste natural da obra, oferecendo uma aparência rústica e vívida. As paredes e a lareira, com uma espécie de pátina e envelhecimento feito à mão pelo próprio arquiteto, contam uma história de tempo e dedicação, como se realmente fosse um espaço habitado. 
As cortinas, criadas com retalhos de tecidos em diferentes larguras, formam um patchwork vertical com acabamento desfiado e babado superior, adicionando mais uma camada na composição de texturas. Alguns elementos muito pessoais compõem a produção, como o quadro de shorts vintage próximo ao bar e as botas Hunter vintage – itens adquiridos pelo próprio arquiteto em uma viagem aos EUA. Outros itens como móveis de antiquário e tapetes orientais antigos mergulham ainda mais na estética folk. 
A identidade olfativa, desenvolvida pela Jo Malone, com o aroma lime basil and mandarin, envolve o espaço, proporcionando uma experiência sensorial completa. Uma curiosidade deste ambiente é que as flores e plantas são artificiais: "se Ralph Lauren pode fazer isso, nós também podemos", brinca o arquiteto. 
Este projeto não se propõe a criar tendências, mas sim a celebrar as histórias que moldam nossas vidas. Cada detalhe da Cabana do Lago lembra a beleza encontrada nas coisas simples e no conforto das memórias compartilhadas. É um lugar onde cada visita é uma nova página em branco, pronta para ser preenchida por novas lembranças. 
A Cabana do Lago não é apenas um espaço decorativo; é uma viagem no tempo e no espaço. Para se inspirar, Paulo criou a história fictícia do casal Lauro e Frigga, um biólogo e uma voluntária dinamarquesa da Cruz Vermelha. Após se casarem, e com os filhos já independentes, decidiram deixar a Europa em busca de um local mais acolhedor. Construíram este santuário com diversas referências de suas jornadas em um local montanhoso mais isolado, buscando reconectar-se com a natureza e consigo próprios. Uma das características que torna este ambiente de 70m2 ainda mais acolhedor é a escolha do teto rebaixado e dos tons suaves de marfim amarelado nas paredes. O uso de padrões tradicionais de estamparia, como florais, listrados e xadrezes, traz uma sensação de nostalgia e se complementa harmoniosamente aos itens da decoração. A paleta de cores, com uma base clara que evoca a simplicidade dos anos 90, é atualizada com toques de azul e vermelho na decoração, criando um equilíbrio entre passado e presente. A iluminação quente é distribuída em diferentes luminárias de piso, parede, mesa e pendente, o que permite criar vários cenários distintos. As cúpulas das arandelas, feitas com linho por Polly Blanc, conferem um toque artesanal e aconchegante ao espaço. O piso, uma madeira natural, foi deixado sem proteção e exposto ao desgaste natural da obra, oferecendo uma aparência rústica e vívida. As paredes e a lareira, com uma espécie de pátina e envelhecimento feito à mão pelo próprio arquiteto, contam uma história de tempo e dedicação, como se realmente fosse um espaço habitado. As cortinas, criadas com retalhos de tecidos em diferentes larguras, formam um patchwork vertical com acabamento desfiado e babado superior, adicionando mais uma camada na composição de texturas. Alguns elementos muito pessoais compõem a produção, como o quadro de shorts vintage próximo ao bar e as botas Hunter vintage – itens adquiridos pelo próprio arquiteto em uma viagem aos EUA. Outros itens como móveis de antiquário e tapetes orientais antigos mergulham ainda mais na estética folk. A identidade olfativa, desenvolvida pela Jo Malone, com o aroma lime basil and mandarin, envolve o espaço, proporcionando uma experiência sensorial completa. Uma curiosidade deste ambiente é que as flores e plantas são artificiais: "se Ralph Lauren pode fazer isso, nós também podemos", brinca o arquiteto. Este projeto não se propõe a criar tendências, mas sim a celebrar as histórias que moldam nossas vidas. Cada detalhe da Cabana do Lago lembra a beleza encontrada nas coisas simples e no conforto das memórias compartilhadas. É um lugar onde cada visita é uma nova página em branco, pronta para ser preenchida por novas lembranças.