Arquitetura
José Navarro assina apartamento de 210 m² no Conjunto Nacional, em SP
No mesmo endereço onde acontece a CASACOR SP 2024, o profissional resgata a origem arquitetônica do imóvel neste projeto
Por Nádia Sayuri Kaku
Atualizado em 29 fev 2024, 14:33 - Publicado em 01 mar 2024, 18:00
08 min de leitura
(Leonardo Finotti/)
Este apartamento de 210 m² fica no icônico prédio do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista (SP) – ou seja, no mesmo local onde acontece a CASACOR São Paulo 2024. E foi partindo da localização e da importância histórica da construção que o escritório Navarro Arquitetura (que faz parte do elenco CASACOR SP) assina a reforma de todo o imóvel. 
"Parte da expectativa foi quebrada logo ao entrar no apartamento, que tinha sido reformado e estava repleto de papel de parede, molduras, rebaixamento de gesso, painéis de madeira e elementos decorativos que nada refletiam a essência modernista do edifício – a sensação era de um lugar genérico, que poderia estar em qualquer prédio da cidade", conta o escritório. 
O conceito do projeto, então, começou por restaurar o espaço e evidenciar toda a história por trás do apartamento. A diretriz inicial foi eliminar todos os elementos supérfluos, recuperando a verdade do edifício e buscando uma identidade mais marcante para o apartamento. 
Como os moradores são um casal sem filhos que adora receber amigos – normalmente eles fazem festas para mais de 60 pessoas –, optou-se por transformar um dos quartos em sala de TV, parcialmente integrado à sala, criando um espaço um pouco mais intimista dentro da área social que possui cerca de 110 m². 
Ao verificar as grandes colunas de concreto existentes no apartamento, o escritório decidiu descascar completamente o reboco – que possuía cerca de 10 cm de espessura e revestia também os dutos elétricos mais novos do apartamento – evidenciando o que era intervenção e o que era original, sem se preocupar com eventuais danos ou recuperação total do concreto/tijolos. Essa decisão, no entanto, acarretou na necessidade de um acompanhamento íntimo e diário da obra a fim de minimizar os danos à estrutura. 
"Entre as boas surpresas do processo, podemos destacar a descoberta das pastilhas originais da fachada em um pedaço da sala que originalmente abrigava uma varanda. Em conjunto com os proprietários, optamos por manter o piso e o rodapé, preservando a memória da reforma mais recente do apartamento", contam os profissionais. 
Na sala principal, um sofá-ilha com múltiplas profundidades divide o ambiente e possibilita diferentes maneiras de sentar. Há também peças contemporâneas de design e um sofá de couro que os clientes ganharam de presente de casamento. 
Responsável por trazer cor e aconchego para o espaço, o tapete da sala, feito de patchwork de tapetes antigos, foi um dos primeiros itens escolhidos por caracterizar o conceito buscado no espaço. Em relação às obras de arte, foram escolhidas desde itens antigos como o quadro "Julgamento" posicionado próximo à mesa de jantar, até obras contemporâneas, como o objeto de Antônio Bokel feito de pôsteres retirados das ruas e posicionados no chão junto à entrada.
"Parte da expectativa foi quebrada logo ao entrar no apartamento, que tinha sido reformado e estava repleto de papel de parede, molduras, rebaixamento de gesso, painéis de madeira e elementos decorativos que nada refletiam a essência modernista do edifício – a sensação era de um lugar genérico, que poderia estar em qualquer prédio da cidade", conta o escritório. O conceito do projeto, então, começou por restaurar o espaço e evidenciar toda a história por trás do apartamento. A diretriz inicial foi eliminar todos os elementos supérfluos, recuperando a verdade do edifício e buscando uma identidade mais marcante para o apartamento. Como os moradores são um casal sem filhos que adora receber amigos – normalmente eles fazem festas para mais de 60 pessoas –, optou-se por transformar um dos quartos em sala de TV, parcialmente integrado à sala, criando um espaço um pouco mais intimista dentro da área social que possui cerca de 110 m². Ao verificar as grandes colunas de concreto existentes no apartamento, o escritório decidiu descascar completamente o reboco – que possuía cerca de 10 cm de espessura e revestia também os dutos elétricos mais novos do apartamento – evidenciando o que era intervenção e o que era original, sem se preocupar com eventuais danos ou recuperação total do concreto/tijolos. Essa decisão, no entanto, acarretou na necessidade de um acompanhamento íntimo e diário da obra a fim de minimizar os danos à estrutura. "Entre as boas surpresas do processo, podemos destacar a descoberta das pastilhas originais da fachada em um pedaço da sala que originalmente abrigava uma varanda. Em conjunto com os proprietários, optamos por manter o piso e o rodapé, preservando a memória da reforma mais recente do apartamento", contam os profissionais. Na sala principal, um sofá-ilha com múltiplas profundidades divide o ambiente e possibilita diferentes maneiras de sentar. Há também peças contemporâneas de design e um sofá de couro que os clientes ganharam de presente de casamento. Responsável por trazer cor e aconchego para o espaço, o tapete da sala, feito de patchwork de tapetes antigos, foi um dos primeiros itens escolhidos por caracterizar o conceito buscado no espaço. Em relação às obras de arte, foram escolhidas desde itens antigos como o quadro "Julgamento" posicionado próximo à mesa de jantar, até obras contemporâneas, como o objeto de Antônio Bokel feito de pôsteres retirados das ruas e posicionados no chão junto à entrada. 
01/01 - (Leonardo Finotti)
02/01 - (Leonardo Finotti)
03/01 - (Leonardo Finotti)
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