Diferentes ângulos geométricos compõem a arquitetura deste edifício em SP
À frente do projeto, o escritório FGMF Arquitetos tratou a arquitetura como a responsável pela criação de ambientes de trabalho que fomentem bem-estar
Por Redação
Atualizado em 04 abr 2022, 19:35 - Publicado em 06 abr 2022, 16:00
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(Fran Parente/)
Com uma estrutura desafiadora assinada pela FGMF Arquitetos, do elenco CASACOR, o Edifício Girassol, localizado na Vila Madalena, em São Paulo, foi desenvolvido para atender à demanda acentuada neste período pós-pandemia por espaços de trabalho mais leves e acolhedores, sendo a arquitetura responsável pela criação de ambientes que fomentem bem-estar, satisfação e produtividade. “A redução das estações tradicionais, fixas e a aderência ao formato remoto acabam reduzindo o contato humano e a noção de pertencimento e isso dificulta a transmissão de valores para a equipe”, conta Lourenço Gimenes, sócio da FGMF.“Os ambientes devem incentivar a socialização e a sensação de bem-estar, gerando aproximação entre as pessoas para aumentar a retenção de talentos e o desenvolvimento de um trabalho mais criativo e dinâmico, especialmente no modelo híbrido”, explica.Assim, os arquitetos criaram um edifício fora do usual, integrado ao meio urbano, gentil com os passantes e confortável para seus usuários diretos. Composto por cinco pavimentos em volumes desencontrados, o espaço carrega um jogo harmônico de ângulos geométricos que formam terraços com qualidades únicas: uns cobertos, outros não, com dimensões e pés-direitos variados, diferentes áreas de permanência e acesso aos jardins externos. Ao mesmo tempo, essa aparente desorganização do volume permite a leitura de um objeto menos vertical, mais atrelado à escala do usuário, amigável para quem caminha na rua e enxerga não apenas o jardim do térreo, mas também os espaços verdes flutuantes na paisagem urbana.Em todos os pisos, a iluminação natural e a circulação de pessoas são privilegiadas, com áreas de acesso abertas, pequenas sacadas com pontos verdes no peitoril e grandes janelas que envolvem a edificação central. O destaque fica a cargo do terceiro pavimento que surge desafiadoramente equilibrado num balanço de 7 metros em estrutura metálica. Seu revestimento de policarbonato lhe confere leveza e uma dose de displicência, contrastando com o concreto aparente dos demais pavimentos, solidamente apoiados uns sobre os outros. Fonte: Archdaily