Chalé em Mairiporã dialoga com a natureza em materiais e transparências
A residência projetada pela Macro Arquitetura no interior de São Paulo traz ambientes acolhedores não marcados por divisões de paredes
Por Giovanna Jarandilha
Atualizado em 26 jan 2022, 10:09 - Publicado em 26 jan 2022, 16:00
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(Victor Affaro/)
Refúgio próximo à capital paulista, este chalé localizado em Mairiporã é agora a nova residência de um jovem casal e sua recém-nascida nascidos no interior de São Paulo. O projeto residencial da Macro Arquitetos, dos sócios Carlos Duarte e Juliana Nogueira, foi inspirado em casas de campo do Uruguai e traz em sua concepção materiais como a pedra, o concreto, a madeira. Menos luxo e mais aconchego: essa era a premissa do morar almejado pela família. Daí se dá o aspecto rústico, ainda que muito polido, da residência. Um outro pedido dos clientes foi para que a obra, de certa forma, se camuflasse na mata em meio aos muitos elementos naturais. A ideia foi criar um espaço onde o trio pudesse se reunir com amigos e familiares em volta de ambientes acolhedores, aconchegantes, sem divisões por paredes – e que, sempre que possível, estes se conectassem visualmente com a natureza. O principal desafio foi trabalhar no terreno sem mexer em nenhuma árvore existente. Para isso, foram feitos diversos testes para preservar os ipês no gramado, a jabuticabeira e a pitangueira que ficaram no deck. Todos os materiais usados são naturais: desde o piso em cimento queimado e teto em concreto aparente, até as paredes revestidas em pedra, os pilares revestidos em madeira carbonizada shou sugi ban, a madeira de demolição nas prateleiras, o deck em cumaru, as esquadrias em ferro pintado de preto e a parede branca com reboco rústico. A área social foi dividida em dois salões: um deles, com o pé-direito mais alto, foi preenchido com a cozinha, a sala de jantar, a sala de estar e a lareira com acesso ao deck e à piscina através de uma grande porta de vidro. Já na laje mais baixa está o salão de jogos, logo atrás do volume da lareira. O espaço dá acesso ao lavabo e, do outro lado, a despensa dá acesso à escada que leva ao subsolo, onde há uma adega. Sobre a arquitetura, vale ressaltar que ela procurou manter – em todos os ambientes – a conexão visual com a natureza, a partir da transparência dos vidros e das portas de serralheria, que permitiram esse diálogo entre interior e exterior.