Ambientes
Fernanda Marques retoma o Brasil original em sua volta à CASACOR SP
Bar-galeria de 160 m² projetado pela arquiteta na CASACOR São Paulo 2024 resgata o Brasil ancestral e destaca a madeira no mobiliário
Por Redação
Atualizado em 18 jul 2024, 19:13 - Publicado em 19 jul 2024, 10:00
08 min de leitura
Fernanda Marques Arquitetura - Terrae Brasilis Hunter Douglas. Projeto da CASACOR São Paulo 2024.(MCA Estúdio/)
Os estudos de Fernanda Marques sobre a ancestralidade do território brasileiro foram o norte do Terrae Brasilis Hunter Douglas, projeto que marcou o retorno da arquiteta à CASACOR São Paulo, após um hiato de onze anos. O nome do espaço é uma referência ao Brasil original e à abundância da madeira de Caesalpinia Echinata, popularmente conhecida como pau-brasil. Da casca dessa árvore era extraída uma resina avermelhada, utilizada por indígenas em pinturas corporais e por portugueses na tintura de tecidos. A cor vermelha brasa da madeira deu origem à nomenclatura do país, que até 1506 era denominado Terrae Brasilis. 
“Retomar as nossas origens me pareceu um caminho natural diante do desafio proposto pela CASACOR 2024 de desviar um pouco o nosso olhar para um novo eixo criativo, menos eurocêntrico e mais original”, afirma Fernanda Marques. A madeira se faz presente no mobiliário e, sobretudo, na gigantesca abóbada presente no espaço, a partir da reprodução da matéria-prima de maneira sustentável. Revestido com lâminas de madeira natural, o produto que é normalmente usado em projetos corporativos foi adaptado de forma inédita por Fernanda em um ambiente residencial, exclusivamente para a mostra. 
No amplo lounge do Terrae Brasilis Hunter Douglas, onde uma sala de estar e um bar se entrelaçam em uma atmosfera acolhedora com a otimização de diversos ambientes, o imaginário nacional é habilmente evocado, transformando o Brasil em uma fonte tanto poética quanto tangível. Ele se expressa no design de móveis, como a coleção de mesas Serras, composta por uma mesa alta e uma mesa de centro, desenhadas por Fernanda para a Breton. Além disso, o Brasil transparece na cuidadosa seleção de obras de arte, destacando artistas de diversas correntes artísticas brasileiras, como Caetano de Almeida, Marcos Amato e Túlio Pinto. Esses elementos convergem para criar um ambiente não apenas visualmente encantador, mas que também evoca a rica tapeçaria cultural do Brasil. 
O desenho do ambiente é centrado em uma peça emblemática de um dos projetos mais recentes da arquiteta: o sofá Landscape, fabricado pela Breton: "Livre e solto, ele evoca a sensação de uma grande ilha, conectando-se à ideia de conceber o Brasil como uma extensão territorial vasta, particular e única em meio à geografia global", explica Fernanda. É ao redor dessas peças que os demais móveis se articulam, "proporcionando vislumbres de outras terras", comenta a profissional, referindo-se às áreas do bar, do lounge e do espaço externo. Para a parte externa do ambiente, a arquiteta criou um jardim de inverno com acesso livre para os visitantes. Em uma das extremidades do lounge, foram criadas molduras para receber as linhas de cortinas da Hunter Douglas e produtos da marca que contam com tecnologia de acionamento por controle remoto, celular ou tablet, permitindo aos visitantes descobrir imagens que remetem às paisagens do Brasil. 
“Herança bem-vinda do período pandêmico, por diversas razões, percebo que o espaço doméstico se tornou o grande centro de entretenimento da família. Se na cozinha muitos se desdobram na produção de seus pratos favoritos, outros querem fazer do bar um grande palco cênico”, observa a arquiteta. As portas do mobiliário da área do bar são revestidas com material metálico perfurado. No interior, o painel translúcido cria um fundo iluminado que traz ainda mais destaque para o ambiente. O lançamento da mesa alta em mármore reforça a ideia de bar e contrasta com os elementos metálicos do entorno. 
Para Fernanda, a CASACOR São Paulo, além de principal mostra de design de interiores nacional, é um espaço privilegiado para o debate de questões relevantes na área. “Em última instância, ela reflete nossas dinâmicas de vida. E, a partir do compartilhamento de diferentes visões dos nossos espaços comuns, podemos dar visibilidade a conhecimentos e práticas que fazem parte do nosso cotidiano profissional, mas que podem contribuir para a elaboração coletiva do morar”, conclui a profissional. 
“Retomar as nossas origens me pareceu um caminho natural diante do desafio proposto pela CASACOR 2024 de desviar um pouco o nosso olhar para um novo eixo criativo, menos eurocêntrico e mais original”, afirma Fernanda Marques. A madeira se faz presente no mobiliário e, sobretudo, na gigantesca abóbada presente no espaço, a partir da reprodução da matéria-prima de maneira sustentável. Revestido com lâminas de madeira natural, o produto que é normalmente usado em projetos corporativos foi adaptado de forma inédita por Fernanda em um ambiente residencial, exclusivamente para a mostra. No amplo lounge do Terrae Brasilis Hunter Douglas, onde uma sala de estar e um bar se entrelaçam em uma atmosfera acolhedora com a otimização de diversos ambientes, o imaginário nacional é habilmente evocado, transformando o Brasil em uma fonte tanto poética quanto tangível. Ele se expressa no design de móveis, como a coleção de mesas Serras, composta por uma mesa alta e uma mesa de centro, desenhadas por Fernanda para a Breton. Além disso, o Brasil transparece na cuidadosa seleção de obras de arte, destacando artistas de diversas correntes artísticas brasileiras, como Caetano de Almeida, Marcos Amato e Túlio Pinto. Esses elementos convergem para criar um ambiente não apenas visualmente encantador, mas que também evoca a rica tapeçaria cultural do Brasil. O desenho do ambiente é centrado em uma peça emblemática de um dos projetos mais recentes da arquiteta: o sofá Landscape, fabricado pela Breton: "Livre e solto, ele evoca a sensação de uma grande ilha, conectando-se à ideia de conceber o Brasil como uma extensão territorial vasta, particular e única em meio à geografia global", explica Fernanda. É ao redor dessas peças que os demais móveis se articulam, "proporcionando vislumbres de outras terras", comenta a profissional, referindo-se às áreas do bar, do lounge e do espaço externo. Para a parte externa do ambiente, a arquiteta criou um jardim de inverno com acesso livre para os visitantes. Em uma das extremidades do lounge, foram criadas molduras para receber as linhas de cortinas da Hunter Douglas e produtos da marca que contam com tecnologia de acionamento por controle remoto, celular ou tablet, permitindo aos visitantes descobrir imagens que remetem às paisagens do Brasil. “Herança bem-vinda do período pandêmico, por diversas razões, percebo que o espaço doméstico se tornou o grande centro de entretenimento da família. Se na cozinha muitos se desdobram na produção de seus pratos favoritos, outros querem fazer do bar um grande palco cênico”, observa a arquiteta. As portas do mobiliário da área do bar são revestidas com material metálico perfurado. No interior, o painel translúcido cria um fundo iluminado que traz ainda mais destaque para o ambiente. O lançamento da mesa alta em mármore reforça a ideia de bar e contrasta com os elementos metálicos do entorno. Para Fernanda, a CASACOR São Paulo, além de principal mostra de design de interiores nacional, é um espaço privilegiado para o debate de questões relevantes na área. “Em última instância, ela reflete nossas dinâmicas de vida. E, a partir do compartilhamento de diferentes visões dos nossos espaços comuns, podemos dar visibilidade a conhecimentos e práticas que fazem parte do nosso cotidiano profissional, mas que podem contribuir para a elaboração coletiva do morar”, conclui a profissional.