Ambiente assinado por Juliana Cascaes preserva a estrutura do edifício e projeta uma galeria de arte contemporânea na CASACOR São Paulo 2024
Atualizado em 25 jun 2024, 11:14 - Publicado em 25 jun 2024, 16:00
Juliana Cascaes Galeria - Martins&Montero. (Camila Santos/)
As colunas de tijolo inglês, feitas de cimento sustentável e na cor terracota, remetem às antigas colunas gregas — reinterpretadas de forma contemporânea. Elas compõem a estética eclética do ambiente junto à porta de latão amassado e as cadeiras clássicas de Maria Tereza Alves com estofado azul, que ainda contrastam com uma obra moderna de Lydia Okumura.
A instalação com a pintura de Lydia oferece uma experiência visual única, que pode ser observada de diferentes ângulos.
Juliana também trouxe uma obra de arte do Mestre Dicinho para evocar a ancestralidade no espaço e dialogar com o tema da CASACOR 2024: “De presente, o agora”. Outro destaque é o piso de madeira de demolição, desenvolvido exclusivamente para o ambiente e confeccionado a partir da queima da madeira — técnica japonesa denominada Shou Sugi Ban, que aumenta a resistência do material e permite totalmente o reaproveitamento do piso após a mostra.A iluminação do projeto foi pensada para realçar as cores das obras de arte e do piso, explica a arquiteta: “As luzes direcionáveis foram instaladas de maneira exposta, valorizando cada peça de arte e objeto de decoração”.
Ao mesmo tempo em que resgata referências dos antepassados, alguns objetos do espaço Galeria de Arte estabelecem uma releitura mais moderna. “Trouxe minha memória afetiva através do trabalho meu avô, Sylvio Sebastiani, que era jornalista político e muito influente na cidade onde morava. A escrivaninha que compõe o ambiente era onde ele escrevia seus artigos e também redigiu três livros”, conta Juliana.