A experiente jornalista escreve sobre as memórias afetivas presentes nos espaços na mostra carioca
Atualizado em 17 fev 2020, 16:49 - Publicado em 11 out 2018, 15:43
Consultório da Psicanalista, por Isabella Lucena e Paula Gusmão.(André Nazareth/)
Um lar com personalidade tem histórias para contar. Objetos adquiridos em viagens e experiências ao longo da vida, fotografias de família, móveis que já estiveram na casa dos pais, avós ou bisavós, criam um lar impregnado de memória afetiva, um lugar bom de se estar. Tendo como fio condutor o tema A Casa Viva, a CASACOR Rio de Janeiro 2018 destaca justamente isso: a harmonia com a natureza e a convivência, um estilo de vida rodeado de memórias afetivas.
Luciana Calaza, jornalista com mais de 15 anos de experiência, visitou a mostra e destacou os elementos dos ambientes que evocam essa atmosfera nostálgica e de lembranças.A arquiteta Bianca da Hora, que assina o Living Sage, diz que a proposta do espaço é um mergulho nas lembranças e na emoção. “Criei um espaço de convívio, para receber amigos, tomar um vinho, que tem muito a ver com o nosso jeito de viver nos dias de hoje".
Ao criar para a mostra o consultório de um psicanalista estudioso, que gosta de viagens, arte e livros, Isabella Lucena e Paula Gusmão também falam do resgate das memórias, convidando os visitantes a uma experiência reflexiva.
Contar a história do morador, dando uma repaginada em algumas peças, se for preciso, é o que a decoradora Lu Kreimer faz. Na mostra, ela assina a Galeria dos Apartamentos, um espaço criado com peças únicas e autênticas, todas de época. “Muitas pessoas têm suas coleções e querem dar destaque a elas. Nem sempre é algo que parece bonito para os outros, mas meu trabalho é justamente criar uma ambientação deslumbrante para esses acervos. Trago um revestimento de tecido, uma pintura. Não jogo nada fora. É isso que faz uma casa ficar diferente da outra”.
Ao criar o Loft do Homem, Maurício Nóbrega acabou incorporando o personagem: todos os objetos do espaço são de sua casa.